Home Futebol Mancini explica mudança tática e elogia atuação de Luan: “foi excelente no clássico”

Mancini explica mudança tática e elogia atuação de Luan: “foi excelente no clássico”

Técnico optou por uma escalação com três zagueiros no empate do Corinthians contra o São Paulo

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Pressionado por conta da derrota para Peñarol, Mancini foi para o Majestoso pressionado. Uma derrota para o São Paulo poderia causar a demissão a demissão do treinador. Por isso, o técnico optou por uma formação inédita, com três zagueiros.

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Apesar de alguns problemas, o esquema tático deu resultado, tanto que o Corinthians só não saiu com os três pontos por conta de uma penalidade já nos minutos finais do zagueiro João Victor. Além disso, o clássico teve Luan como destaque. Autor de um lindo gol, o jogador também deu um passe importante para o segundo gol da equipe. Após o jogo, Mancini elogiou a atuação do atleta.

Confira os principais trechos da coletiva do técnico Mancini

Luan

“Eu não tenho dúvida que o Luan fez um grande jogo. Não só pelo gol e pelo passe para o segundo gol, o que todos nós esperamos do Luan é exatamente isso. A grande mudança e o que me chamou muita atenção não foi o lance do gol, porque sei que ele é capaz daquilo, até por acompanhá-lo diariamente nos treinos. Não foi o lance do segundo gol, em que ele enfia a bola para o Fagner, que atravessa, e o Gustavo faz o gol, porque a gente acompanha o Luan no dia a dia. A grande mudança do Luan foi a participação no jogo. Ele, hoje, teve uma excelente participação, brigou, dividiu, disputou bola no alto, que é o que todos nós queremos.

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“Isso é o mais fácil de você tirar do jogador. Você ter um jogador diferenciado somente na parte técnica talvez não represente, em muitos jogos, a superioridade da sua equipe. Mas, quando você tem esse jogador brigando e jogando com alma, ele se torna um jogador extremamente interessante e acaba sendo, dentro de uma sequência de jogos, o fiel da balança de uma forma positiva”.

Corinthians com time titular definido?

“O time titular pode ter mudado muito em função daquilo que foi apresentado no jogo de hoje. O futebol, o futebol moderno, não funciona muito com titular e reserva. Você tem que montar um esquema para o jogo. O São Paulo tinha um sistema diferente e nós nos adequamos à partida. Usei as peças que se encaixavam nisso. Não quer dizer que esse esquema vai ser mantido em todas as partidas. Abrimos a página de um leque interessante. É fundamental que quanto mais cartas eu tiver na manga, sabendo usar, a gente ganhe com isso. O time foi agressivo, competitivo e bobeou no primeiro gol do São Paulo. Teve muita coisa boa, teve muitos méritos, pressionou e o São Paulo chegou pouco ao nosso gol.”

Partida do Corinthians

“Não tenha dúvida de que a avaliação é altamente positiva, embora a gente tenha tido dificuldade no começo da partida, o que é natural. Porque, além de você optar pela mudança de esquema, também teve a entrada de alguns atletas, em um clássico. Não era uma missão fácil, mas, acima de tudo, foi uma tarefa bem executada. Essa dificuldade foi imposta porque, no começo do jogo, o São Paulo foi muito agressivo na marcação. A gente não estava conseguindo uma estabilização que toda equipe precisa quando tem uma mudança de sistema de jogo. A partir de meia hora, a equipe se soltou um pouco mais, chegamos mais à frente e fizemos o gol de empate ainda no primeiro tempo”

“Na segunda etapa, eu vi um Corinthians melhor do que o São Paulo, com uma força e uma saída de bola acima. Então, dentro do que foi a partida, a gente teve um pouco de dificuldade no começo, mas soube administrar e melhorar durante a partida”.

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Mudança tática

“A partir do momento em que estudamos o São Paulo, percebemos que espelhar a marcação nos daria a possibilidade de quebrar um pouco o sistema de jogo do São Paulo. Eu tinha a característica dos jogadores, com o João Victor de um lado e o Raul do outro, com o Jemerson no meio. A equipe já vinha jogando com esses jogadores, mas com o Piton em uma linha de quatro. Foi só nós acrescentarmos a figura do Fagner de um lado e adiantarmos o Piton do outro para que o sistema fosse executado”.

Pênalti de João Victor no fim do jogo

“Acabou acontecendo um lance, em que eu nem tenho certeza se a bola sobraria para a finalização do Luciano ou não, mas o João acabou segurando. A conversa que a gente sempre tem é olho no olho. No vestiário do Corinthians, não existe o ‘disse me disse’, não existe aquilo que se fala só em particular. Existem alguns casos que sim, mas a maior parte deles é falada em frente de todo mundo, para que todos aprendam”.

“Foi uma pena tomar o gol no último minuto, mas eu acho que mostrou que o Corinthians pode se recuperar muito de jogos como foi na quinta-feira [Peñarol] e apresentar 72 horas depois um futebol que convença e que seja produtivo”.

“Eu sempre falo para eles que não é necessário que você aprenda só com os seus erros, você pode aprender com os erros dos outros. Nesse caso específico, o João fez uma grande partida e acabou bobeando no último lance, mas que isso sirva para o crescimento dele.”

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Atuação Fagner

“O Fagner foi meu atleta em 2010 no Vasco e ele tinha um pouco de dificuldade na marcação. Ao longo do tempo, ele evoluiu muito. Hoje talvez ele seja o melhor marcador que joga nessa função no futebol brasileiro. Ele tem bons passes, chega no fundo com facilidade. Talvez seja o momento de darmos pra ele uma forma diferente de trabalhar. Não quer dizer que o Corinthians vá jogar todas as partidas assim, mas é uma possibilidade. Temos uma situação de acréscimo ao sistema que foi escolhido para a noite de hoje”.

Mais informações do Corinthians

Com o empate, o Timão segue invicto nos clássicos no Paulistão. Além disso, Mancini consegue aliviar a pressão por sua demissão, principalmente por conta da mudança tática. Além disso, a equipe já tinha garantido não só a primeira colocação do Grupo A como também a classificação para a fase decisiva do estadual.

Agora a equipe se foca na partida contra o Sport Huancayo, quinta-feira (6), pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. E com apenas um ponto em duas partidas, a situação na competição é bem complicada. O Corinthians tem chances matemáticas, mas não depende só de si para garantir a classificação no grupo. Terá que vencer seus jogos e torcer por tropeços do Peñarol.

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