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Hernán Crespo, técnico do São Paulo, escreveu ao La Nacion sobre alguns dos principais assuntos abordados nos últimos dias, nos dois países.
O técnico analisou a Seleção da Argentina e o melhor encaixe de jogo, para que Messi e seus companheiros mais técnicos possam sobressair e levar a seleção mais longe.
“…a Argentina gosta da bola, precisa dela para se desenrolar. Pela concepção dos jogadores, pelo perfil deles, pela sensibilidade que conhecemos do Leandro Paredes, do Rodrigo De Paul, do Gio Lo Celso e do Leo, claro. A equipe se sente confortável com a posse de bola e a partir desse controle constrói profundidade”, escreveu.
O técnico do São Paulo demonstrou estar acompanhando de perto a seleção do seu país, com ideias muito claras do que pensa para o time argentino, sem se esquecer da importância que o título teria para Messi e toda essa geração.
“Aquele Lionel Messi que quer vencer a Copa América. E todos nós queremos junto com ele. Todos, atrevo-me a dizer, independentemente da nacionalidade dos fãs e da crítica. Porque todos sabemos que o futebol lhe deve um título com a seleção argentina”, completou o treinador.
Brasil, Tite e a Copa América
Crespo comentou sobre a repercussão da Copa América no Brasil, partindo de alguém que vive nossa rotina.
“É uma Copa América especial, o contexto não pode ser ignorado. Não devemos. No Brasil, ninguém esperava esse torneio, mas de repente, quase em um piscar de olhos, a torcida o encontrou na frente de suas telas de televisão”.
“…Não há clima, não há atmosfera competitiva. Mas sabemos como o futebol age sobre as emoções: se o Brasil avançar e sua proposta crescer, vai alinhar a torcida e os torcedores ficarão atentos à Copa” disse Crespo.
O treinador elogiou a Seleção Brasileira, lembrando do longo trabalho de Tite a frente da seleção, para Crespo o Brasil está em outro nível, destacando também a identificação entre comandante e seus jogadores.
Na última semana a Seleção treinou no CT da Barra Funda, do São Paulo, na oportunidade os técnicos conversaram e Tite revelou um pouco mais do que pensa sobre realização da Copa América. Em seu artigo, o treinador do São Paulo contou sobre a conversa.
“Não apareceu em seus planos ou nos de seus jogadores(a disputa da Copa América). Não concordaram ou não concordam com a decisão, mas ele me deu uma explicação muito sensível: ‘Vamos respeitar a camisa, vamos respeitar o sonho de jogar pela seleção. Mas pela empatia, pelo lado humano, não faz sentido jogar essa Copa América. ‘ E ele me disse isso com pesar, com angústia genuína”, contou Hernán Crespo.
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