Tiago Nunes explica opção por Jhonata Robert, diz o que atrapalha o trabalho e lamenta derrota: “Empate seria justo”
Técnico gremista Tiago Nunes concedeu coletiva de imprensa depois de Grêmio 0x1 Athletico
Foto: Reprodução/YouTube
Em sua primeira partida como mandante no Brasileirão de 2021, o Grêmio deixou a desejar e perdeu por 1×0 para o Athletico neste domingo em resultado que, segundo o técnico Tiago Nunes, teria como placar mais justo o empate. Em coletiva pós-jogo, o treinador explicou a escolha por Jhonata Robert desde o início, lamentou que o trabalho tenha sido severamente atrapalhado pelos casos de Covid-19 e minimizou o “fator casa” quando ainda não se tem a presença de torcedores:
As dificuldades do Grêmio no jogo:
“A equipe adversária neutralizou nossas principais jogadas ofensivas. Enfrentamos um time organizado e com ritmo competitivo até maior que o nosso. Tivemos a volta de alguns jogadores, como Rafinha, Ferreira, Luiz Fernando, Diego Souza. Teve o Matheus voltando da Seleção. Bastante tempo sem atuar 90 minutos. Acabou sendo um somatório de fatores que não nos deixou criar chances. Tivemos número de chances e de finalizações parecido com o do adversário. Enfrentamos uma linha de cinco de defesa, e precisávamos de mais infiltração e criatividade. Não tivemos a sorte necessária e a eficiência neste quesito”
Empate seria justo:
“Precisamos ter mais profundidade pelas laterais, mais combinação nas entrelinhas do adversário, mais volume de troca de lado de bolas, não só na bola curta e também na bola diagonal longa. São fatores a serem construídos no dia a dia. A derrota traz a pressão do resultado negativo. E o resultado talvez mais justo fosse o empate. Temos que buscar um padrão de equipe. E voltarmos a vencer que é o mais importante”
Jhonata Robert na vaga de Jean Pyerre:
“O Jhonata tem o enfrentamento de 1 contra 1 e tem uma boa batida na bola. Com potencial de finalização. É um meia mais atacante, enquanto o Jean Pyerre é mais armador. As características de ambos são complementares em alguns momentos. Hoje optei pelo Jhonata porque queria mais jogadas individuais para tentar quebrar a marcação rival. O pouco tempo de trabalho e o alto número de jogos fazem a própria partida ser um laboratório. Vamos seguir no dia a dia buscando as melhores soluções para a equipe”
Fator casa e dificuldades com Covid-19:
“Esse contexto de ser em casa a gente sabe que culturalmente é importante vencer. Mas hoje não temos o torcedor. Então é um fator que se constrói pelo campo. Os fatores locais vão se alternando em função do gramado. Precisamos buscar os resultados fora para compensar os pontos. Qualquer contexto de derrota é ruim. Sabemos a magnitude do tamanho do Grêmio. Não posso dizer em que estágio estamos. Vencemos o Gauchão, passamos em 1° na Sul-Americana e tivemos 15 casos de Covid-19, que quebra o processo, atrapalha a evolução. É um trabalho contínuo que muitas vezes o treinador fica dependente desses fatores externos”
Titularidade:
“A questão da titularidade é circunstancial. O momento do atleta, o rival que vamos enfrentar, o contexto do grupo. Há uma série de fatores no dia a dia que nos dá os indicadores de quem deve jogar ou não”
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