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Tyler Glasnow culpa nova política da MLB por sua lesão

Arremessador dos Rays tem uma ruptura parcial de ligamento na mão

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Em entrevista coletiva, o arremessador do Tampa Bay Rays, Tyler Glasnow, culpou a nova política da MLB de banir substâncias pegajosas pela sua lesão na mão. Nesta terça-feira (15), Glasnow foi colocado por 10 dias na lista de machucados, após ser diagnosticado com um rompimento parcial do ligamento colateral ulnar (que fica entre o dedão e a palma) e uma torção de uma dos tendões da sua mão direita.

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Ainda não foi divulgado quanto tempo exatamente o arremessador de Tampa Bay vai ficar fora do time. Os médicos avaliaram que ele pode fazer fisioterapia e evitar a cirurgia Tommy John. Mesmo com esse prognóstico positivo, Glasnow não escondeu seu descontentamento: “Quero ganhar um Cy Young. Eu quero ser um All-Star e agora f***** tudo. Agora acabou. Agora eu tenho que me reabilitar e tentar voltar para os playoffs. Estou claramente frustrado.”. Ele ainda fará mais consultas com médicos na próxima sexta-feira para avaliar a gravidade da lesão.

O jogador revelou que, por conta das investigações e das maiores restrições em relação ao uso de substâncias pegajosas, ele parou de utilizar protetor solar e resina nas duas últimas partidas que fez. Segundo o atleta, essas são as únicas substâncias que ele usa para ajudar no controle dos seus arremessos.

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Por conta disso, Glasnow disse que precisou mudar sua mecânica e a forma como segura a bola: “Tive que colocar minha bola rápida mais fundo da minha mão e segurá-la com mais força. Em vez de segurar minha bola curva na ponta dos dedos, tive que enfiá-la mais fundo na mão.”.

Isso, segundo o titular dos Rays, foi o que acabou resultando na sua lesão. “Eu realmente acredito 100% que foi por isso que me machuquei. Estou frustrado que a MLB não entende. Você não pode simplesmente nos dizer para não usarmos nada. É uma loucura.”.

Após jogar 7 innings contra os Nationals, em 8 de junho, Glasnow afirmou que sentiu dores onde nunca tinha sentido antes. Seis dias depois, contra os White Sox, mais uma vez ele sentiu um desconforto e precisou deixar a partida após 4 entradas. Nesses dois jogos, o arremessador teve um bom desempenho, o que, para ele, indica que o uso do protetor solar e da resina não ajudam na sua performance, mas somente auxiliam a segurar melhor a bola.

Um dos principais pontos da sua reclamação é o momento que a MLB escolheu para restringir o uso das substâncias. “Faça isso na pré-temporada. Dê uma chance de nos ajustarmos a isso. Eu joguei 80 entradas, e então você me diz que não posso usar nada no meio do ano. Tenho que mudar tudo o que tenho feito a temporada inteira. Estou dizendo que realmente acredito que é por isso que me machuquei.”. 

Na última terça-feira, a liga informou aos times que, a partir de 21 de junho, os arremessadores serão submetidos a avaliações aleatórias e, se alguma substância for encontrada, eles estarão sujeitos a multas, expulsões e punições mais pesadas. Essa é mais uma das medidas que foram adotadas pela MLB para controlar o uso de substâncias pegajosas pelos arremessadores, o que vem crescendo nos últimos anos e tem dificultado a vida dos rebatedores.

Ainda na entrevista coletiva, Tyler Glasnow disse que não vê problema em proibir algumas substâncias, como o spider tack, por exemplo, que ajuda a dar mais rotação na bola. No entanto, ele diz que é necessário ter algo, seja o que for, para ajudar a controlar os arremessos. “Tivemos uma reunião sindical, 36 representantes estavam lá. E foi como: ‘Alguém tem problemas com protetor solar e resina?’ Não. Nem uma única pessoa disse que havia um problema com isso. Os rebatedores disseram: vá em frente e use.”.

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