Durante os primeiros dias dos Jogos Olímpicos, o calor e a alta umidade em Tóquio têm chamado a atenção. No sábado, um dos dias com o clima mais extremo, os termômetros marcaram 34° C, com umidade na casa dos 80% e sensação térmica acima dos 40 graus.
Os atletas estão sofrendo com essas condições, principalmente aqueles que precisam atuar ao ar livre. No vôlei de praia, a organização passou a molhar a quadra com uma mangueira, depois que os atletas reclamaram que a areia estava queimando o pé. No tiro com arco, a russa Svetlana Gomboeva desmaiou por conta da temperatura.
??Calor em Tóquio está duro!!
Arqueiras sofreram hoje no ranqueamento! pic.twitter.com/Y7UfFSoyoy— Os Olímpicos (@osolimpicos) July 23, 2021
Já no tênis, Novak Djokovic disse que foi muito difícil jogar nessas condições, pois a quadra retém todo esse calor. Para driblar as altas temperaturas, o russo Daniil Medvedev levou um ar-condicionado portátil e toalhas com gelo para usar nos intervalos da sua partida. Outros tenistas seguiram seu exemplo e passaram a usar um sistema de ventilação para se refrescar.
Os ciclistas da prova de estrada, que tiveram que pedalar por 234 km debaixo do sol, também comentaram sobre o calor extremo. “Com o calor e tudo, foi um dos dias mais difíceis que tive em uma bicicleta”, disse o ciclista australiano Richie Porte.
MEDIDAS PARA DIMINUIR O CALOR
Para se preservarem antes e depois das provas, os atletas em Tóquio estão usando bolsas e banheiras de gelo, sombrinhas, máquinas de geladinho e ventiladores portáteis, além de mudar o horário dos treinamentos para evitar o sol mais quente. A organização das Olimpíadas também distribuiu balas de sal para evitar quedas de pressão, coletes resfriadores para os juízes e sistemas de refrigeração para os atletas e até para os cavalos de competição.
No caso do Brasil, o COB deu um “kit refrigeração” aos atletas do país. Ele conta com um colete, um colar e um chapéu nos quais você pode colocar pedras de gelo e assim resfriar o corpo. Ao todo, são 50 kits que estão sendo revezados entre os brasileiros. Lucas Verthein, do remo, e Letícia Bufoni e Rayssa Leal, do skate, já fizeram uso do colete durante os Jogos Olímpicos.
Ainda em 2019, já prevendo o calor, as provas da marcha atlética e da maratona foram mudadas de Tóquio para Sapporo, cidade 800 km ao norte, onde as temperaturas são mais amenas. Sobre essa mudança, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, falou: “Admito que entendo as preocupações das pessoas de Tóquio, que estavam se preparando de maneira entusiasmada e eficiente para os Jogos Olímpicos. Eu adoraria pedir aos cidadãos que entendam que o COI teve que tomar essa decisão para resguardar a saúde dos atletas. Isso é a prioridade máxima para o COI”.
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