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Como os atletas estão lidando com o calor nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Com temperaturas beirando os 35 graus, os atletas estão sofrendo com o calor durante as Olimpíadas

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Durante os primeiros dias dos Jogos Olímpicos, o calor e a alta umidade em Tóquio têm chamado a atenção. No sábado, um dos dias com o clima mais extremo, os termômetros marcaram 34° C, com umidade na casa dos 80% e sensação térmica acima dos 40 graus. 

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Os atletas estão sofrendo com essas condições, principalmente aqueles que precisam atuar ao ar livre. No vôlei de praia, a organização passou a molhar a quadra com uma mangueira, depois que os atletas reclamaram que a areia estava queimando o pé. No tiro com arco, a russa Svetlana Gomboeva desmaiou por conta da temperatura.

Já no tênis, Novak Djokovic disse que foi muito difícil jogar nessas condições, pois a quadra retém todo esse calor. Para driblar as altas temperaturas, o russo Daniil Medvedev levou um ar-condicionado portátil e toalhas com gelo para usar nos intervalos da sua partida. Outros tenistas seguiram seu exemplo e passaram a usar um sistema de ventilação para se refrescar.

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Os ciclistas da prova de estrada, que tiveram que pedalar por 234 km debaixo do sol, também comentaram sobre o calor extremo. “Com o calor e tudo, foi um dos dias mais difíceis que tive em uma bicicleta”, disse o ciclista australiano Richie Porte.

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MEDIDAS PARA DIMINUIR O CALOR

Para se preservarem antes e depois das provas, os atletas em Tóquio estão usando bolsas e banheiras de gelo, sombrinhas, máquinas de geladinho e ventiladores portáteis, além de mudar o horário dos treinamentos para evitar o sol mais quente. A organização das Olimpíadas também distribuiu balas de sal para evitar quedas de pressão, coletes resfriadores para os juízes e sistemas de refrigeração para os atletas e até para os cavalos de competição.

No caso do Brasil, o COB deu um “kit refrigeração” aos atletas do país. Ele conta com um colete, um colar e um chapéu nos quais você pode colocar pedras de gelo e assim resfriar o corpo. Ao todo, são 50 kits que estão sendo revezados entre os brasileiros. Lucas Verthein, do remo, e Letícia Bufoni e Rayssa Leal, do skate, já fizeram uso do colete durante os Jogos Olímpicos.

Ainda em 2019, já prevendo o calor, as provas da marcha atlética e da maratona foram mudadas de Tóquio para Sapporo, cidade 800 km ao norte, onde as temperaturas são mais amenas. Sobre essa mudança, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, falou: “Admito que entendo as preocupações das pessoas de Tóquio, que estavam se preparando de maneira entusiasmada e eficiente para os Jogos Olímpicos. Eu adoraria pedir aos cidadãos que entendam que o COI teve que tomar essa decisão para resguardar a saúde dos atletas. Isso é a prioridade máxima para o COI”.

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