Home Esportes Olímpicos Paralimpíadas: Daniel Dias celebra medalha coletiva em dia de dois pódios

Paralimpíadas: Daniel Dias celebra medalha coletiva em dia de dois pódios

Nadador chegou a 27 medalhas paralímpica na carreira com dois bronzes conquistados nesta quinta-fiera

Fernando Cesarotti
Jornalista, professor universitário e fã ardoroso de qualquer esporte. Autor do OlimpCast, podcast sobre esportes olímpicos.

Daniel Dias viveu mais um dia especial nas Paralimpíadas de Tóquio nesta quinta-feira. Primeiro, conquistou a medalha de bronze nos 100m livre da classe S5, sua 26ª medalha paralímpica na carreira. Três horas depois, caiu de novo na piscina para ajudar o Brasil a ficar com o bronze no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos.

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Daniel foi o segundo a cair na água, depois de Patrícia Pereira dos Santos (S4) e antes de Joana Neves (S5) e Talisson Glock (S6). A contagem leva em conta o número que acompanha a classificação funcional de cada atleta. A soma não pode passar 20 e é preciso ter dois homens e duas mulheres.

“As conquistas individuais são bacanas, mas equipe é sempre demais. Estou feliz de estar aqui com eles, de vivenciar esse momento, de aproveitar, de nos divertir. Era meu último revezamento e eu queria esse pódio”, contou Daniel.

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Talisson conseguiu o bronze na batida de mão, fechando a prova com 2min24s82, apenas sete centésimos à frente da Ucrânia. “A gente sabia que a prova seria definida no final. Cada um deu o máximo e o Talisson fechou representando todos ali. Formos coroados. Isso é o revezamento”, disse.

Final feliz

Daniel Dias ainda disputa mais três provas de 50m: borboleta, costas e livre. Pode ampliar ainda mais sua coleção de 27 medalhas: 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze, três conquistadas em Tóquio.
Aos 33 anos, ele se aposenta após as Paralimpíadas e está curtindo a festa.

“Vou entregar o melhor e ver o que isso vai nos trazer, mas encerro a carreira com paz, entre amigos, e esse revezamento veio coroar isso”, disse Daniel.

Alegria da equipe

Os demais participantes também celebraram o feito. “Sempre gostei de nadar em equipe. É uma prova sensacional. Parece que o nosso fogo sobe mais, dá aquela vontade de buscar para ajudar o grupo. Se ganhar, o restante ganha também”, afirmou Joana Neves. Ela compensou a chateação pelo oitavo lugar nos 100m livre. “Sabia que medalha não viria, mas queria fazer meu melhor tempo e não fiz.”

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Patricia, por sua vez, celebrou a chance de ganhar sua segunda medalha – também esteve no revezamento misto que foi prata no Rio-2016. “É a medalha dos meus ídolos. De uma fã ao lado de ídolos. Eu me sinto realizada, com um sonho concretizado. Não poderia me sentir tão privilegiada como estou nesse instante.”

Talisson, que mais cedo havia sido sexto colocado nos 200m medley, afirmou ter dado o máximo para virar a prova, depois de começar na quinta posição. “É o primeiro revezamento que fecho. E ainda calhou de ser o último do Daniel. Toda a equipe fez bonito. Entreguei tudo o que tinha. Quando vi o resultado, nem acreditei.”

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