O Brasiliense vai pedir a anulação da partida contra a Ferroviária, realizada no último sábado, em Araraquara. A partida foi válida pela segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. O Torcedores.com apurou que o clube reclama de supostos erros de arbitragem na derrota por 1 a 0 no estádio Fonte Luminosa.
A partida ficou marcada pela controversa arbitragem de Antônio Márcio Teixeira da Silva. O árbitro mineiro marcou pênalti para a equipe da casa aos 22 minutos do segundo tempo. De antemão, ele apitou a infração com convicção, mas apontou falta fora da área de Júlio Vitor em Alex Murici.
Cercado por jogadores dos dois times, ele consultou seus auxiliares. A indecisão da equipe causou confusão generalizada em campo. Ao todo, foram 11 cartões mostrados ao longo da partida. A Ferroviária recebeu três amarelos. O Brasiliense, por sua vez, teve as expulsões de Zé Love, Gustavo Henrique e o técnico Luan Carlos Neto.
Após 13 minutos de paralização e muito bate-boca, o juiz assinalou o pênalti que garantiu a vitória para a Ferroviária e eliminou o Brasiliense da Série D do Brasileirão.
O que diz a súmula?
Na súmula da partida, falou pouco da confusão e da decisão tomada. No entanto, Antônio Márcio Teixeira da Silva fez citações diretas ao gerente de futebol do Brasiliense, Paulo Henrique Lorenzo, que criticou a atuação da equipe de arbitragem após a marcação do pênalti.
“Informo que aos 22 minutos do segundo tempo o Sr. Paulo Henrique Lorenzo, que se encontrava na arquibancada, começou as desferir as seguintes palavras a equipe de arbitragem: ‘marca direito, vocês são ruins, fracos, estão nos roubando’. Após o gol, o Sr. Edgard Montemor Fernandes Filho começou a provocar o banco de reservas da equipe do Brasiliense dizendo as seguintes palavras: ‘aqui somos nós, fica quieto aí’”, relatou o árbitro na súmula.
Qual a posição do Brasiliense?
A polêmica eliminação na Série D do Campeonato Brasileiro revoltou a diretoria do Brasiliense. Com exclusividade ao Torcedores.com, a vice-presidente Luiza Estevão não escondeu o seu descontentamento com a atuação do árbitro Antônio Márcio Teixeira da Silva.
“Antes de mais nada, estamos trabalhando desde sábado para tentar corrigir esse erro grotesco de arbitragem. Não foi um erro comum de arbitragem. Por isso, nós estamos entrando na justiça porque houve claramente interferência externa. O assistente, a princípio, não correu para o meio de campo e, após 15 minutos de pressão, o árbitro e o bandeira mudaram de posição e deram o pênalti. Nessa fase da competição não tem VAR e se houvesse consulta esse lance não teria sido marcado”, revelou.
Apesar de reconhecer a qualidade do adversário, Luiza Estevão promete ir até as últimas consequências para pedir a anulação da partida contra a Ferroviária.
“A Ferroviária é um time muito capacitado e o nosso também. Nós jogamos de igual para igual nas duas partidas. Infelizmente o que determinou a nossa eliminação na competição não foi a bola. Nós formos eliminados no apito. Então, foi um erro grotesco que nós temos de correr atrás para anular a partida. A Ferroviária tem todo o mérito de ter um baita time e está no direito deles de ganhar o jogo, mas nós estamos trabalhando para anular o jogo já que nosso direito que foi violado”, finalizou.
