Ainda que o Grêmio se ampare em uma normativa da CBF sobre a “isonomia” de disputas dos jogos com e sem torcida, o clube gaúcho corre um “risco gigante” de punição caso não entre em campo no dia 15, no Maracanã, diante do Flamengo, que segue com uma liminar permitindo a volta parcial do público neste jogo da Copa do Brasil. A análise foi feita pelo jornalista e especialista em Direito Esportivo, Andrei Kampff.
Em linhas gerais, Kampff avalia que, embora o Fla vá contra o combinado prévio entre os demais clubes brasileiros, a liminar neste momento é um agravante jurídico que pode gerar danos ao Grêmio se tomar a decisão de não jogar.
“Hoje, eu não tenho dúvidas de que o Grêmio corre mais riscos (de punição), pois o Flamengo está amparado pela liminar. Não entrar em campo com essa liminar a favor do Flamengo é um risco gigante para o Grêmio”, disse o jornalista à Bandeirantes, antes de ampliar:
“Mover um processo contra o clube carioca enquanto não for derrubada essa liminar é um caminho complicado. Jogar e acionar juridicamente depois é complicado. O Grêmio está se posicionando politicamente junto com os outros clubes e isso provoca uma pressão sobre o STJD”.
O que diz o presidente do Grêmio sobre o fato em si
Em entrevista publicada pelo site GZH, o presidente tricolor Romildo Bolzan Jr explicou o pensamento do clube sobre a polêmica:
“O Grêmio examina, por uma questão de equidade, não comparecer à partida se o Flamengo insistir em colocar público. O Grêmio se encontra amparado pelo protocolo que definiu o regulamento da competição. É uma situação necessária fazer por questão de justiça e de estabelecer a igualdade nos dois confrontos. Caso isso não seja observado, o Grêmio poderá organizar uma situação de não comparecer ao jogo”, declarou o mandatário.
A normativa da CBF da qual o Grêmio se baseia para não aceitar a volta do público no dia 15 diz o seguinte:
“Em partidas ida e volta (mata-mata), no caso de um dos clubes envolvidos não ter autorização pelo órgão sanitário local para receber público no estádio, ambas as partidas não terão público. Exemplo: Clube A da UF 1 tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público máximo de 20% do estádio, enquanto Clube B da UF 2 não tem permissão pela autoridade sanitária local para receber público (0% do estádio). No caso de confronto entre as equipes em formato eliminatório ida e volta, nem Clube A nem Clube B poderão receber público nos seus respectivos estádios; c. Solicitações diversas de modificação das tabelas das competições”.
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