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Técnico do Barcelona, Ronald Koeman concedeu uma entrevista coletiva inusitada nesta quarta-feira (22).
Na véspera de enfrentar o Cádiz pelo Campeonato Espanhol, Koeman não respondeu perguntas dos jornalistas e apenas fez um pronunciamento para a torcida.
O técnico está sendo bastante contestado pela torcida devido às atuações abaixo da média dos últimos anos. Contra o Granada na última segunda-feira (20), a equipe por 1 a 1 no Camp Nou depois de cruzar mais de 50 bolas na área.
Com apenas oito pontos na tabela de classificação, a equipe catalã precisa da vitória para não permitir distanciamento maior do líder Atlético de Madrid (14) na tabela de La Liga.
Pronunciamento de Ronald Koeman
“O clube está comigo em uma situação de reconstrução. A situação econômica está ligada à situação em campo. Nós, como equipe, temos que reconstruir a equipe sem grandes investimentos e isso leva tempo. Os jovens talentos podem ser estrelas mundiais em alguns anos. Os jovens terão oportunidades, como Xavi [Hernandez] e [Andres] Iniesta tiveram, mas é preciso paciência.”
“Além disso, terminar nas posições de cima da tabela de classificação seria um sucesso. Na Champions League não podemos esperar milagres. A derrota contra o Bayern de Munique deve ser vista sob esse prisma. A equipe deve ser apoiada, em palavras e ações. Sei que a imprensa reconhece esse processo, não é a primeira vez na história que isso acontece.”
“Contamos com o vosso apoio nestes momentos decisivos. Estamos muito, muito felizes com o apoio dos adeptos, como foi o caso com o Granada. Vamos, Barcelona!”
Koeman abriu o jogo sobre o impacto da saída de Lionel Messi
Apesar desta entrevista coletiva inusitada para os jornalistas catalãs, o técnico concedeu entrevista exclusiva para o canal Esport3 da Holanda (gravada logo após a derrota para o Bayern de Munique e exibida nesta semana) onde abriu o jogo sobre a situação que se encontra o Barcelona atualmente.
Koeman desabafou também sobre o processo que foi a saída de Lionel Messi para o PSG, pois acabou escancarando os diversos problemas do Barcelona. Por fim, confessou que “ninguém tem que sentir” pena dele no comando técnico da equipe.
Sobre a saída de Messi: “Messi disfarçou todos os problemas. Ele era muito bom e estava ganhando. Claro que tinha bons jogadores ao seu redor, mas sempre fazia a diferença. Graças a ele, todos pareciam melhores. Isso não é uma crítica, mas uma observação.”
Em relação à cobrança na Espanha: “Também não acho que seja ótimo perder contra o Bayern de Munique. Mas você tem que ver isso com sobriedade. As críticas aos técnicos na Espanha são extremas. O treinador que perde é sempre derrotado taticamente pelo treinador que vence. Foi um pênalti contra ele no último minuto e você esteve melhor nos 90 minutos? Isso é tática.”
Sobre o Barcelona: “Não me importo com isso e ninguém precisa sentir pena de mim. Se você trabalha aqui, tem que vencer. É tão simples. Sabia que a situação financeira não era boa, mas não que fosse tão ruim. O novo presidente Joan Laporta também não sabia disso. Ficou tão surpreendido como eu.”
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