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Veio a público nesta quarta-feira (8) a notícia da morte do piloto espanhol Jorge Lis, aos 46 anos, de covid-19. A informação foi divulgada pela sua família à agência EFE na última terça-feira. Jorge, que foi vice-campeão espanhol da categoria 125 cilindradas, era negacionista e anti-vacinas e só aceitou o tratamento quando a doença piorou.
Depois de 45 dias internado na unidade de terapia intensiva do hospital La Fe, em Valência, Jorge não resistiu e veio a falecer. O jornal português Mais Futebol noticiou que na fase mais avançada do covid-19, o espanhol admitiu se arrepender de não acreditar na ciência em um primeiro momento.
A irmã do piloto, Elena Lis, falou sobre a radicalização de Jorge, que mergulhou de cabeça nas teorias da conspiração promovidas pelas redes sociais, o que o tornou um negacionista e anti-vacinas.
“O Jorge e eu discutimos várias vezes sobre a covid-19. Na verdade, era o único motivo de discussão. Ele, que no início da pandemia vivia com medo, repentinamente deu uma guinada e foi infectado por um vírus invisível e muito perigoso: o vírus das teorias que negam a existência da covid-19 ou relativizam os seus efeitos. Ele deu ouvidos aos chamados gurus que se gabavam em lidar com informações privilegiadas. Entretanto, a vacina apareceu e, na mesma linha, ele a recusou. Até tentou fazer com que o resto da família, incluindo a minha mãe de 84 anos, também não se vacinasse” – contou Elena.
