Home Games FIFA pode estar planejando jogo próprio em meio a disputa com EA

FIFA pode estar planejando jogo próprio em meio a disputa com EA

O possível fim do casamento entre EA e FIFA, que durou décadas, seria o valor cobrado pela organização mundial do esporte para renovação da marca que expira em dezembro deste ano

Carlos Alberto Jr
Colaborador do Torcedores.com.
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Uma disputa bilionária vem mexendo com a indústria de games e do futebol. Na semana passada, após o The New York Times expor que a FIFA e a desenvolvedora Electronic Arts (EA), parceiras em um dos jogos mais consumidos do planeta, estariam em um impasse quanto aos valores negociados para o licenciamento de uso de marca, a entidade máxima do futebol se pronunciou apontando mudanças na forma como fará a gestão de suas propriedades intelectuais voltadas à tecnologia.

“O futuro dos games e dos e-sports para os fãs do futebol precisa envolver mais que um grupo controlador e explorador dos direitos”, disse a federação internacional de futebol, em comunicado divulgado na última sexta-feira.

Atualmente, a EA paga US$ 150 milhões anuais para a entidade futebolística que, por sua vez, entende que pode faturar até US$ 1 bilhão por ano com direitos para games. O contrato em questão expira em 2022 após a Copa do Mundo do Catar e estima-se que, nos últimos 20 anos, o jogo FIFA tenha movimentado mais de US$ 20 bilhões.

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Além de valorizar sua marca, a FIFA também quer ampliar fontes de receitas com outros ativos tecnológicos, entre eles os NFTs, que se tornaram um elemento importante de receita dentro dos games.

Bruno D’Angelo, CEO da WIP, startup que desenvolve propriedades intelectuais para entretenimento, EIP´s, na sigla em inglês, alerta que essa disputa coloca em atenção toda a indústria de games, já que com o crescimento acelerado do consumo de jogos eletrônicos, ter uma propriedade intelectual é sinônimo de receita.

Um novo jogo de futebol da própria FIFA vem aí?

Segundo o site PC Gamer, a FIFA está em contato com vários membros da indústria de videogames, incluindo desenvolvedores, investidores e analistas. O objetivo seria construir o que a entidade chamou no comunicado de “visão de longo prazo do setor de jogos, esportes eletrônicos e entretenimento interativo”.

O fim do acordo pode prejudicar mais a entidade de futebol do que a desenvolvedora. De acordo com análise da reportagem do PC Gamer, alguns executivos da EA podem manter a percepção que o estúdio fez mais para solidificar a marca da FIFA nas últimas décadas do que a própria FIFA.

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