Home Futebol Juiz anula expulsão do sócio Adilson Durante que usou termos racistas e empresário retorna ao Santos

Juiz anula expulsão do sócio Adilson Durante que usou termos racistas e empresário retorna ao Santos

O empresário e sócio do Santos, Adilson Durante Filho, teve sua expulsão do clube anulada pelo TJ-SP

GV
Colaborador do Torcedores

A exclusão do empresário Adilson Durante Filho do quadro de sócios do Santos foi anulada pelo juiz José Wilson Gonçalves, da 5ª vara Cível de Santos. Em 2019 o Peixe havia expulsado o empresário do quadro de sócios por conta de um áudio do WhatssApp vazado em que Adilson chamava pessoas pardas de ‘’mau-caráter’’.

PUBLICIDADE

A repercussão do caso em 2019 foi bem grande, tendo em vista que Adilson era conselheiro do Santos e secretário de Turismo da cidade. Na época, José Carlos Peres, presidente até então, excluiu Adilson como conselheiro do clube. Após a decisão da Justiça de anular a punição que o empresário sofreu, o Santos tem quinze dias contados para devolver a cadeira cativa dele na Vila Belmiro e reintegra-lo ao Peixe.

“Tenho convicção que se restabeleceu a justiça, pois sofri uma verdadeira perseguição política, em uma situação completamente descontextualizada. Tenho uma boa formação familiar e sempre procurei fazer o bem, com respeito e sem discriminar ninguém. Quem me conhece sabe disso”, declarou ontem o empresário.

PUBLICIDADE

RELEMBRE O CASO

“Sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é, não é aquele negão, também não é o branquinho. É o moreninho, da cor dele. Desses caras, tem que desconfiar de todos. Todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo. Todo pardo, todo mulato, tu tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro, o Pedro é tipo índio, tipo chileno, essas porras. Estou dizendo mulato brasileiro, entendeu, dos pardos brasileiros. São todos mau-caráter. Não tem um que não seja’’.

Após ter sido exposto na internet, o empresário do ramo da construção civil, afirmou ter se arrependido das palavras e que era vítima de perseguição política no Santos.

PUBLICIDADE

“[Foi] um comentário infeliz, grotesco, que não deve ser feito jamais. Errei, mas quem nunca errou na vida? Sofri um verdadeiro linchamento moral, minha vida profissional foi devastada, as pessoas não imaginam o quanto eu e minha família sofremos. Mas é fácil apontar o dedo. Nesse mundo da lacração, quanto mais a pessoa é humilhada, parece que as pessoas ficam mais felizes”, afirmou o empresário, que também perdeu o cargo na prefeitura de Santos.

Por contas ofensas racistas, Adilson foi processado pela Defensoria Pública de São Paulo e foi condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais coletivos.

Após a divulgação do áudio, o Peixe abriu um inquérito interno e três dias depois Edilson foi excluído do quadro de conselheiros do clube, aceitando um pedido de afastamento feito pelo próprio empresário por razões de ‘’foro íntimo’’. Na sequência, Adilson fez outro protocolo pedindo para voltar e não obteve resposta. O juiz considerou então que o Santos ignorou o estatuto do clube para casos de expulsão e anulou a exclusão.

Leia também:

Principais clubes do Brasil tiveram um déficit superior a R$ 1.2 bilhão em 2020

Clubes do Brasil têm um potencial de receitas digitais superior a R$ 850 milhões

Flamengo pode sofrer punição na Libertadores após jogo contra o Barcelona-EQU; entenda

Mercado da bola: André surpreende e pede para sair do Sport

Fluminense pede liberação de 20 mil torcedores à prefeitura para o jogo contra o Fortaleza pelo Campeonato Brasileiro

Futebol mundial movimenta mais de US$ 300 bilhões, mas Brasil representa menos de 2% desse total

Seleção brasileira: Atacante sente lesão e é cortado de jogos das Eliminatórias