Home Esportes Olímpicos Bobsled: Edson Bindilatti fala sobre preparação no Canadá e projeta futuro do esporte no Brasil

Bobsled: Edson Bindilatti fala sobre preparação no Canadá e projeta futuro do esporte no Brasil

Visando disputa dos Jogos de Inverno, equipe brasileira de bobsled inicia disputa da Copa América neste fim de semana

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Neste domingo (7) os atletas da CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo) irão iniciar a disputa da Copa América. A competição, que ocorrer em Whistler no Canadá, terá a participação de Marina Tuono (monobob), Nicole Silveira (skeleton) e a equipe brasileira de bobsled 2-man e 4-man. O foco é a busca por pontos para o ranking olímpico, visando a vaga para as a Olimpíadas de Inverno em Pequim em 2022.

PUBLICIDADE

Edson Bindilatti, recordista do país nos Jogos de Inverno (quatro edições) vive a expectativa de disputar mais uma Olimpíada. Em entrevista exclusiva para o Torcedores.com, o atleta deu detalhes sobre a preparação em solo canadense, além de falar sobre recentes mudanças que aconteceram no Brasil, justamente para fortalecer o esporte.

[DUGOUT dugout_id=”eyJrZXkiOiJkakVVZEdBUyIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]

PUBLICIDADE

Torcedores – Como está sendo a preparação da equipe de bobsled no Canadá?

Edson Bindilatti – A preparação no Canadá foi muito boa, fizemos muitos treinos. Já estávamos há três semanas nos Estados Unidos onde fica todo nosso material. Conseguimos fazer alguns ajustes, fazer descidas, mas foi bom para sentir um pouco da velocidade e pilotagem. Já fazia dois anos que não competíamos, porque não pudemos entrar em nenhum país na temporada passada, só o Brasil ficou de fora.

Chegamos aqui no Canadá já começamos a fazer descidas, nos primeiros dias no 2-man. Tivemos que alugar um trenó aqui, porque nosso trenó que está na Europa ainda não tinha chegado, mas deu para sentir a velocidade, aqui é a pista mais rápida do mundo. Descemos no 4-man nessa semana  e foi um excelente treino.

T – Qual a importância de treinar no país que é uma das potências nos esportes no gelo?

EB -Não só aqui no Canadá, uma potência, como nos Estados Unidos, mas só do time inteiro estar junto, estar todos engajados com a preparação, é importantíssimo. Já entra na questão da velocidade, treinamento ,querer evoluir, melhorar. Por serem países de expressão no esporte do gelo é importante, porque nos faz subir o sarrafo, chegar no mesmo nível que eles.

T – Recentemente foi inaugurada uma pista para treinos de arrancada no Brasil. O que isso acrescenta em termos de preparação para a equipe brasileira?

EB – O espaço foi cedido pela prefeitura de São Caetano, já começamos as obras, fizemos as fundações. Falta agora subir a alvenaria. Embaixo vai ser a academia, em cima vai ser a pista de push. Estamos indo atrás de recursos para poder construir da forma mais rápida possível. A Importância dessa pista de largada é gigantesca, porque lá vai ser o centro de treinamento do bobsled skeleton. Vai ter a parte de força, musculação, preparação física, arrancada, vamos poder preparar os atletas de uma forma adequada para ele não se assustar nas competições quando precisar correr no gelo. A pista via ser de borracha, o trenó vai correr em cima de um trilho, mas chega muito perto da realidade. Só muda o piso, mas a adaptação vai ser muito rápida.

PUBLICIDADE

O legal é que não é só o alto rendimento. Vamos trabalhar o social, a inclusão, dessa forma vamos conseguir extrair grandes atletas. Porque hoje só conseguimos fazer um teste de velocidade no Brasil, o atleta passava, chegava aqui e não sabia nem o que era o bobsled. Agora não, o trenó de largada da pista de São Caetano foi feito com a mesma medida e design que usamos. O atleta já vai ter um primeiro impacto com um equipamento oficial.

T – Qual a expectativa para os próximos torneios de bobsled?

EB – A importância para a preparação da equipe brasileira é imensa. É claro, fizemos nossa parte, conseguimos alguns recursos, os atletas conseguiram juntaram recursos para o início das obras, mas agora estamos indo atrás de parceiros para finalizar . Quem sabe conseguimos finalizar em dezembro, quando vamos retornar ao Brasil no dia 22, e fazer duas semanas de treinamento antes da viagem para a Europa, para a segunda parte de preparação para os Jogos Olímpicos.

Nossa expectativa é muito positiva. O time está muito bem preparado fisicamente, todos no peso ideal, tivemos um suporte muito grande do Dr. Paulo Godoy, médico especializado em nutrologia e medicina esportiva juntamente com o Dr. Felipe Caprioti, nutrólogo, mas cuidava mais da parte fisiológica, testes ergométricos, acompanhamento cardiológico dos atletas. Tivemos um suporte muito grande no Brasil.

Fizemos treinos bons, mesmo antes dos nossos trenós chegarem aqui. Tivemos o melhor tempo nos treinos, mas isso nem levamos em consideração, já que estávamos testando os trenós, não trabalhamos nas lâminas. Mas isso é importante porque nos faz ter expectativa para a competição positiva para competição. Temos pés no chão, sabemos como vai ser difícil, mas estamos prontos, preparados para fazer coisa boa para o bobsled no Brasil.

PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM:

Brasil garante vaga na repescagem do Mundial de curling após nova vitória contra o México
Atleta olímpico do Brasil é internado em estado grave com quadro de infecção generalizada
Eric Takabatake e Rafaela Silva são destaques do Brasil no Grand Slam de Baku
Sem emprego no esporte, medalhista olímpica vira motorista de aplicativo em São Paulo