A temporada 2021 do Flamengo não foi das melhores. Em termos de título, somente o Carioca veio. Na Copa do Brasil, o algoz foi o Athletico, no Brasileirão alguns tropeços minaram as chances matemáticas, e o desfecho amargo foi a derrota na Libertadores para o Palmeiras, que frustrou os planos dos rubro-negros.
DEPENDÊNCIA DE JESUS
Desde sua a saída no ano passado, depois de uma temporada de 2019 histórica e irretocável, Jorge Jesus passou a ser “fantasma” de todo o treinador que assumiu o comando técnico do Flamengo. Com o “sarrafo” no alto por conta do desempenho alcançado, os profissionais conviveram com pressão da torcida e até mesmo da diretoria.
Após a saída de Renato Gaúcho, o nome do “Mister” passou a ser ventilado com força no clube da Gávea, que sonha com o lusitano para 2022, mesmo diante do “não” destacado na última quarta-feira (22). Tudo isso, impacta negativamente.
TROCA DE TÉCNICOS
A “dança das cadeiras” foi outro fator prejudicial ao Flamengo na temporada. Questionado e longe de ser uma unanimidade nos bastidores e com a torcida, Rogério Ceni vivenciou muita pressão, e acabou não resistindo ao cargo, deixando o clube de forma polêmica.
Poucos dias depois, a diretoria fechou com Renato Gaúcho, que estava no Rio de Janeiro e não titubeou em aceitar o convite. Após o início avassalador, com uma série invicta expressiva, o time rubro-negro começou a tropeçar. Além da queda na Copa do Brasil, alguns tropeços no Brasileirão custaram o título. O estopim foi a derrocada na finalíssima da Libertadores, que culminou no novo desligamento.
LESÕES
Os problemas com atletas no “estaleiro” foram uma tônica no Fla em 2021. Apesar do elenco recheado de peças, o rubro-negro vivenciou momentos amargando quase um time de baixas no departamento médico. Tudo isso, impactou em uma turbulência por críticas ao DM e afetou na sequência da equipe nas competições.
CONVOCAÇÕES
O Flamengo entrou em atrito com a CBF por diversas vezes na temporada em função das convocações nas Datas-Fifa. Após pressão, a entidade chegou a adiar jogos das equipes com jogadores chamados por Tite, contudo, diante do calendário apertado, houve um declínio e os times acabaram sendo desfalcados.
Além dos entreveros com a seleção brasileira, o Flamengo também perdeu Arrascaeta por vários jogos. Dependente do meia uruguaio, o rubro-negro carioca caiu significativamente de produção.
POLÊMICAS NOS BASTIDORES
A temporada no rubro-negro também foi marcada por alguns episódios polêmicos e que conturbaram o ambiente, como por exemplo, o caso de vazamento do áudio, às vésperas de Rogério Ceni ser demitido. Em julho deste ano, Roberto Drummond, até então analista do departamento de scout do clube rubro-negro, disparou contra Ceni, classificando o treinador como “mau-caráter”, “pessoa ruim” e “babaca”.
A pressão que se instaurava para a demissão do técnico, inflamou ainda mais. Primeiro Drummond foi desligado, e poucas horas depois, de madrugada, Ceni teve demissão oficializada.
Nas vésperas da saída de Renato Gaúcho outros bastidores do clube vazaram, com críticas ao trabalho de Portaluppi, que supostamente costumava faltar durante os treinamentos, além de ter pouca variação tática.
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