Um jogador surge como sensação nas categorias de base de um time grande. Seu talento ganha manchetes na imprensa. A torcida, empolgada, exige a presença do jovem craque no time profissional.
A nova versão deste roteiro, tão conhecido no futebol brasileiro, tem como protagonista da vez o atacante Endrick, revelação do Palmeiras na Copa São Paulo. Alguns anos atrás, uma história parecida acontecia com Lulinha, então no Corinthians. Porém, o futuro se provou bem menos brilhante para o meia entre os profissionais.
“Meu medo é só não colocar tanta pressão nele. Ainda tem 15 anos, muito novo, é muito jovem ainda”, revelou Lulinha ao falar sobre Endrick, em participação no programa Mesa Redonda, na noite do último domingo.
O meia, hoje com 31 anos, relembrou o início de sua carreira. “Eu subi num momento muito complicado do Corinthians, em 2007”, disse. “É muito mais fácil subir quando a equipe é qualificada do que quando a equipe já não é tão preparada assim”, comparou, acreditando que o momento do Palmeiras pode ajudar Endrick a fazer a transição entre promessa e realidade.
Lulinha aconselha Endrick a ser paciente
“Eu acho que agora é ter paciência, como eu disse. Talvez, no momento, eu poderia ter falado até com meu empresário na época, que eu acho que é até o mesmo que o do Endrick, o Wagner Ribeiro, ter falado ‘calma, vamos devagar que as coisas vão acontecer naturalmente'”, refletiu. “Claro que empresário já pensa no business, pensa em outras coisas, também, mas meu conselho para ele é continuar fazendo o que ele faz, sem pressão”.
Sem nunca ter se firmado, Lulinha teve passagens por diversos clubes. No Brasil, chegou a defender o Bahia, Ceará, Bragantino, Criciúma, Botafogo e Mogi Mirim, além do Corinthians. Também jogou no futebol coreano e da Arábia. Seu time mais recente foi o Montedio Yamagata, da segunda divisão japonesa. Atualmente, o jogador está sem contrato.
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