Um apaixonado por NFL aos 25 anos. Antes de ser um produtor de conteúdo e, agora, empresário no meio do futebol americano, Gabriel Golim é um grande fã que passou a disseminar a bola oval aos quatro cantos do Brasil. Agora, preparando uma cobertura especial aos seus mais de 130 mil seguidores nas redes sociais, para a rodada divisional que começa amanhã, às 18h30, com Titans x Bengals, Golim é hoje um dos maiores nomes quando falamos de NFL no país.
Com diversos vídeos no canal Golim Sports, no Youtube, ensinando noções básicas do futebol americano e falando sobre cada momento da temporada da NFL – e offseason, Golim passou a acompanhar a principal liga da modalidade graças ao Mundial de Rúgbi, ‘primo próximo’ da bola oval. E não faz muito tempo.
“Conheci a NFL graças ao rúgbi, em 2015, pelo Nerdcast, quando fizeram um episódio sobre a Copa do Mundo. Amei os All Blacks e acompanhei o Mundial. Quando acabou a Copa, eu estava mudando de canal e vi a NFL passando. Fiquei maluco. Não me lembro qual era o jogo. Mas lembro que amei e fui fazer o que sempre faço quando quero entender alguma coisa: ir para o Youtube”, revelou Golim que, a partir disso, passou a acompanhar alguns jogos e assistiu ao Super Bowl XLIX (49) completo. “Estava torcendo para aquele time de azul e branco, mas eles iam perder, porque a bola estava na linha de uma jarda e os Seahawks tinham um corredor muito forte. Passaram a bola e foram interceptados. E o time que eu escolhi torcer, ganhou. Fiquei muito feliz.”
Começo do Golim Sports e da produção de conteúdo
Golim sempre teve o Youtube como um meio de entretenimento muito forte. Além de consumir a plataforma, em 2011, aos 15 anos, já fazia vídeos para seu canal de videogames, falando, inclusive, sobre Pokémon. Mas, a partir do momento que começou a acompanhar NFL, sentiu que faltava conteúdo ensinando sobre o esporte, em português.
“O Youtube me ajudou a escolher a faculdade que eu fiz: Rádio e TV. Então, a minha vida toda mudou por causa da plataforma. E, principalmente, devido ao futebol americano. Isso porque eu vi que tinha pouco conteúdo disso. E eu criei justamente o que estava buscando, que era ensinar o futebol americano. Conforme eu ia aprendendo, fui gravando e fazendo os vídeos, em 2017.”
Hoje, 5 anos após o início da produção de conteúdo, Golim criou uma comunidade de fãs do futebol americano. São 90 mil inscritos no Youtube e mais de 20 mil no Instagram e no Twitter.
Pessoal, com a temporada começando, também vamos voar na campanha #GOLIMSPORTS100K!
Vamos rumo aos 100 mil inscritos no YouTube! Recomenda o canal pra um amigo, e a gente chega lá. https://t.co/NEcQw6Nxlc
— Gabriel Golim (@Golim_) September 10, 2021
“Minha família não me aguentava mais falando de futebol americano. Então, criei o canal para falar com alguém”, revelou Golim, que hoje conversa com quem está assistindo como se estivesse batendo um papo com seus amigos mais próximos.
E isso se reflete, também, na crescente que teve nos últimos anos. Inclusive, com a live do Draft de 2021 chegando a 4 mil pessoas simultâneas no canal Golim Sports.
“Esse foi o momento mais marcante do canal. Isso porque o Draft é um evento super americanizado. Mas esse tanto de gente acompanhando me mostrou que eu quero fazer isso para o resto da minha vida. Não precisa ter tanta gente, mas se estiver muito legal, já vai me fazer bem feliz.”
Depois que começou a acompanhar cada vez mais a NFL – e torcer para os Patriots – Gabriel convenceu, também, seu pai a acompanhar a mesma paixão. Eles assistiram ao Super Bowl LI (51) juntos, entre Patriots e Falcons. E, para Golim, esse momento foi muito icônico.
“Meu pai é um herói para mim. Lembro que estávamos assistindo ao jogo, que estava 28 a 3 para os Falcons, contra os Patriots. O show da Lady Gaga foi excelente, apesar de eu estar triste. Mas, quando os Patriots viraram, foi incrível. Nunca vi uma coisa assim. Foi simplesmente maluco”, ressaltou. “Mas, sem ser clubista, também preciso falar de Rams x Chiefs, da semana 11 de 2018, que foi o jogo mais divertido que assisti sem torcer para nenhuma das equipes. E o jogo foi 54 a 51.”
Quando começou o canal, Golim não esperava ter o sucesso que hoje bate na porta. Por mais que gostasse do Youtube e, mais ainda, de falar sobre futebol americano, sabia que o esporte era nichado e muito ‘americanizado’ para o público brasileiro.
“As pessoas têm uma certa resistência quando veem o nome, uma resistência quando veem que o jogo pausa muito, e outra resistência quando veem que usam armadura, são várias resistências. De 2017 para hoje, 5 anos depois, ver esse crescimento é algo maluco para mim. Isso porque é um sonho que virou realidade graças às pessoas que acompanham.” – revelou.
Indo além da produção de conteúdo no Youtube
Hoje, além de produzir conteúdo em suas plataformas, Golim se tornou, também, um empresário: CEO do portal Golim Sports, site voltado para notícias diárias sobre o futebol americano, que está próximo de completar 1 ano de existência.
“O portal Golim Sports vai fazer um ano e é um projeto que eu sempre sonhei em ter. Meu conteúdo era muito voltado para o audiovisual, mas eu queria atingir mais gente, o público que lê a mídia escrita. Tive a ideia e abri vagas para quem quisesse escrever. Esperava umas 20 pessoas, mas recebi mais de 400 aplicações para escrever de graça, devido à vontade de falar sobre futebol americano. Hoje temos uma equipe grande de mais de 20 pessoas, com editores-chefe e editores”, destaca Golim, que agora caminha rumo ao próximo passo do portal, que é um dos principais do Brasil voltados apenas para o futebol americano. “Agora, estamos chegando no 2º passo que é o meu maior objetivo: remunerar as pessoas. E, graças ao crescimento do portal Golim Sports, isso vai começar mês que vem. Ainda estamos terminando de bolar tudo, mas me deixa muito feliz.” – contou ao Torcedores.com.
Playoffs da NFL em ritmo frenético
Nada melhor para o fã do futebol americano do que assistir aos Playoffs da NFL. Principalmente quando as partidas são disputadas até o fim e os times conseguem feitos marcantes, que entram para a história da liga. Na rodada divisional, a ESPN, o Star+ e o NFL Gamepass vão transmitir as partidas de: Bengals x Titans, Bills x Chiefs, Packers x 49ers e Buccaneers x Rams. Jogos que prometem tirar o fôlego do torcedor. O que não aconteceu muito na rodada de Wild Card da liga, sem zebras.
“Deu muito a lógica até agora. Eu diria que os 49ers passarem dos Packers seria uma zebra, mas não acho que isso vá acontecer. Vou contrariar, inclusive, o meu próprio Super Bowl Challenge. Acho que, em uma possível final de conferência de Tampa Bay x Packers, quem deve passar são os Packers. É um time muito forte. E, na AFC, a minha torcida é para os Bengals. Mas o meu palpite frio é o Bufallo Bills. Se jogarem como jogaram contra os Patriots, têm grandes chances. E seria merecido. A cidade de Buffalo já ficou 4 Super Bowls seguidos sem vencer. Então, seria muito bacana se vencerem.” – ressaltou Golim.
Tom Brady MVP?
Fã dos Patriots e, claramente, de Tom Brady, Golim vê os prêmios de MVP da temporada de uma forma segmentada, entre quem merecia e quem deve ganhar a nomeação realizada ao melhor da temporada da NFL.
“Quem eu gostaria que levasse é o Tom Brady. Para mim, é absolutamente fora do normal que um cara de 44 anos tenha feito 45 touchdowns e liderado a NFL em TDs e jardas, em um time que ele está no 2º ano, sendo que, no 1º, ganhou um Super Bowl. Nunca veremos um cara como Tom Brady, e isso tem que ser celebrado. Ele tem tudo, mas não tem tantos títulos de MVP. Então, seria legal se vencesse”, declarou Golim que, inclusive, entrevistou Adrian Colbert, jogador que esteve no Training Camp de New England. “Porém, acho que será o Aaron Rodgers que vai ganhar o MVP. Porque, principalmente na reta final, ele foi muito bem e é muito talentoso. Isso se não for o mais talentoso da NFL por uma certa margem, ainda. E os Packers tiveram muitos problemas nessa temporada. Muitos por culpa do Rodgers, por causa da vacinação. E ainda assim é um time que chegou ao Seed 1, com jogadores de folga. Vai dar trabalho nos Playoffs”, completou.
A paixão é por futebol americano, não apenas NFL
Quando começou a acompanhar a NFL em 2017, Golim não esperava o fenômeno que se tornaria no mundo digital. E, muito desse público, está envolvido, também, com a modalidade no Brasil. Jogadores e treinadores assistem ao Golim Sports para acompanhar o que aconteceu no fim de semana da liga, para entender um pouco mais sobre o esporte e para, claro, acompanharem o maior canal de NFL no Brasil.
E se engana quem acha que Golim gosta apenas da NFL. Ele, que já jogou no Caniballs Football, clube de São Paulo nas modalidades full pads (equipado) e flag football, conquistou diversos amigos no meio do futebol americano.
“Acompanho o futebol americano nacional e eu acho incrível. As pessoas que o acompanham, na maioria, vêm pela NFL. Mas muita gente acompanha porque alguém da família está jogando. Alguns assistem apenas por pura diversão e tem uma galera que fala ‘eu quero jogar esse negócio’. E acho isso fantástico, porque faz muita diferença. Analistas e comentaristas também mudam e ajudam no crescimento, mas é quem joga que vai fazer mais gente praticar. O legal é que o futebol americano dá oportunidades para qualquer um jogar, por ser super democrático. Temos também o flag, que tira o peso do custo de equipamento. Sou muito fã de tudo isso.”
Ainda, sempre antenado no cenário nacional da modalidade, Golim ajudou a divulgar a Liga MGFL, que acontecera em 2021, marcando a volta de uma competição estadual no Brasil, devido à pandemia do Covid-19.
“Joguei no Caniballs e gosto muito dos meus amigos do Galo, também. Sou fã. Fico muito feliz com o desenvolvimento do futebol americano no Brasil, e triste porque a pandemia tirou muito disso. Além disso, preocupado com a divisão deste ano nos campeonatos nacionais. Mas fico muito animado com o crescimento do esporte.”
Todas as semanas, Golim publica diversos vídeos no canal Golim Sports, além de, hoje, ter o Golim Sports como uma consistente fonte de informação para quem gosta de acompanhar a NFL. E, com diversos projetos caminhando em paralelo e um crescimento contínuo, uma coisa é certa: a vontade de continuar contribuindo ativamente para o desenvolvimento do futebol americano no país.
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