A Seleção Brasileira fez valer sua condição de favorita e conquistou o título do Campeonato das Américas de goalball que terminou na última terça-feira, 23 de fevereiro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
No masculino, o Brasil levou o bicampeonato ao vencer os Estados Unidos por 12 a 2. O primeiro título brasileiro foi em 2017.
Os gols da partida foram marcados por Emerson (1), André Dantas (1), Parazinho (5), e Leomon (5), que terminou o torneio como vice-artilheiro geral, com 31 gols, somente atrás do mexicano Omar Gonzalez, com 32.
“Tivemos uma grande competição, com mais de 100 gols feitos e só nove gols sofridos em todos os jogos. Mostramos que o nosso grupo é muito forte, com uma brilhante campanha do Emerson. Estávamos projetando essa mudança de transição e ficamos muito feliz com este resultado”, afirmou o técnico da Seleção masculina, Alessandro Tosim.
A decisão também marcou a grande rivalidade histórica entre Brasil e Estados Unidos no goalball masculino. Em 2016, o Brasil foi derrotado pelos americanos, por 10 a 1, nas semifinais dos Jogos Paralímpicos do Rio. Depois, os brasileiros venceram os encontros pelo mesmo Campeonato das Américas em 2017 e Mundial de 2018, entre outros duelos.
A competição valia vaga para o Mundial da modalidade, marcado para junho, na China. A Seleção masculina, campeã paralímpica em Tóquio, no ano passado, e atual bicampeã mundial, já estava classificada.
Seleção Brasileira feminina conquista título inédito
Depois de três vice-campeonatos, as mulheres conquistaram o primeiro Campeonato das Américas ao derrotar o Canadá por 5 a 0.
Os gols da partida foram marcados por Jéssica (3), que terminou o torneio como artilheira geral ao anotar 22 gols, e Moniza (2).
Esta foi a quarta edição do Campeonato das Américas de goalball, sendo a terceira disputada na capital paulista (2005, 2017 e 2022). A competição só não foi realizada no Brasil em 2013, quando aconteceu em Colorado Springs (EUA).
O Campeonato das Américas de goalball também marcou a estreia do técnico Jônatas Castro. Paraibano foi auxiliar técnico da equipe entre os anos de 2014 e 2021.
Agora, as mulheres vão focar a preparação para o Mundial da modalidade, que será disputado na China, em Junho. A Seleção feminina não tinha vaga garantida, mas, com o título continental, assegurou sua presença na competição.
Jônatas destacou que a conquista do torneio mostrou que a Seleção Brasileira amadureceu ao passar dos anos. “É um marco, pois sempre chegávamos perto do título, mas não ganhávamos. Todos sabiam da nossa qualidade e falavam que gostavam de nos ver jogar, mas o troféu não vinha. Como eu era auxiliar deste time, eu conhecia esse gosto amargo. No entanto, hoje, podemos dizer que a Seleção é competitiva e campeã”, finalizou o técnico.