Home Extracampo Daniel Alves e Emerson Sheik teriam recebido verba milionária do Governo para ‘ONGs de prateleira’

Daniel Alves e Emerson Sheik teriam recebido verba milionária do Governo para ‘ONGs de prateleira’

Dois jogadores extremamente importantes no cenário nacional teriam recebido uma verba do Governo para ONGs ‘de prateleira’

Roni Molinari
Apaixonado por futebol, pai do Oliver e atleta amador nas horas vagas, não necessariamente nesta ordem.

Dois jogadores de renome nacional e mundial estão envolvidos em polêmica com o Governo Bolsonaro por conta do recebimento de uma verba milionária para ONGs ‘de prateleira’, como costumam ser chamadas.

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Os jogadores em questão são o atual lateral do Barcelona, Daniel Alves e o ex-atacante com passagens por Corinthians e Flamengo, Emerson Sheik. Os dois atletas, de acordo com a publicação do jornal Folha de São Paulo, estariam envolvidos no repasse das verbas.

A assinatura dos dois convênios para os atletas só foi possível por conta das “ONGs de prateleira”. Até o momento, a verba já foi empenhada, mas ainda não foi paga.

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Entenda o que são as ‘ONGs de prateleira’ que recebem verbas do Governo

As “ONGs de prateleiras” são usadas como válvulas de escape para regras que estabelecem a necessidade de entidades da sociedade civil existirem há pelo menos três anos para firmar acordos com o governo federal. Ou seja, são criadas apenas para receber os repasses do Governo e não precisam, necessariamente, realizar projetos sociais.

Os dois atletas (Daniel Alves e Emerson Sheik) assumiram os institutos pouco tempo antes de apresentarem as propostas de convênio ao Governo Bolsonaro. Com intuito de comprovar a capacidade técnica para administrar e executar os projetos, os dois jogadores listaram em sua grande maioria seus feitos como jogadores e a imagem dentro do mundo do esporte.

O Instituto Emerson Sheik, novo nome da ONG, apresentou em julho do ano passado seu primeiro projeto e, no final do ano, foi assinado o convênio para a instalação de três núcleos esportivos em duas cidades: Mangaratiba (RJ) e Queimados (RJ). O valor do repasse foi de R$ 2,7 milhões.

Daniel Alves, por sua vez, firmou contrato de R$ 3,5 milhões no ano passado para instalar três núcleos de basquete na Bahia, Pernambuco e Distrito Federal. A ONG assumida pelo lateral do Barcelona, estava inativa desde 2016.

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