A homenagem do Corinthians ao Dia Mundial do Combate à Homofobia gerou polêmica nas mídias sociais hoje (17). Isso porque o post em alusão à data foi ilustrado com o arco-íris, que é um dos símbolos da comunidade LGBTQIA+, porém a cor verde acabou sendo ‘escondida’ da bandeira.
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A decisão tomada pelo setor criativo digital do clube causou um desconforto entre os torcedores. Segundo eles, a rivalidade com o Palmeiras, conhecido por ser alviverde, não tinha espaço numa publicação cuja pauta é a tolerância. “O que é o mais importante?”, questionou o jornalista Reinaldo Gottino, da RecordTV.
Corinthians passou a mensagem
Na legenda do post, o Corinthians destacou que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ do mundo. A informação foi publicada originalmente na semana passada por meio do relatório produzido com dados de diversas entidades que tratam do assunto. Ao todo, foram 316 assassinatos reportados em 2021.
“Respeite quem só quer viver”, completou o clube de Itaquera na publicação. Além dele, outros gigantes do Brasileirão reforçaram o combate à homofobia neste 17 de maio, incluindo o próprio Palmeiras, envolvido indiretamente na polêmica. A data é celebrada ao redor do mundo.
Confira o post e as reações:
O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Respeite quem só quer viver.
17 de maio – Dia Internacional de Combate à Homofobia pic.twitter.com/TzI4gnvwGr— Corinthians (@Corinthians) May 17, 2022
amg, o cinza não faz parte da bandeira lgbt
— 👑 parmerinha 🏆🏆🏆 (@separmerinha) May 17, 2022
Até em uma ação importante como essa meu rival inventa de não colocar o verde…
Verde é realmente a cor da inveja
Time minúsculo demais
— Central do Palmeiras (@CentralDaSEP) May 17, 2022
Um dia tão importante e vocês tiraram o verde do arco-íris 🌈? O que é o mais importante ? https://t.co/1S5wz4zglA
— Reinaldo Gottino (@RGottino) May 17, 2022
Por que 17 de maio?
O 17 de maio é lembrado como uma data histórica pelas comunidades LGBTQIA+. Foi nesse mesmo dia, há 32 anos, que a OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de incluir a homossexualidade na lista de doenças internacionais. Essa revolução só foi possível depois de muito debate e manifestações públicas.
Ainda assim, o dia é encarado com resistência até mesmo dentro do futebol. Um exemplo disso foi a postura adotada pelo meia senegalês Idrissa Gueye, do PSG, na penúltima rodada do Campeonato Francês. Segundo a imprensa local, ele se recusou a jogar com a bandeira de arco-íris estampada na camisa.

