O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) renovou para agosto o prazo para as investigações contra a Globo por um suposto monopólio no futebol. A novidade no caso acontece apenas três dias depois da emissora anunciar que comprou os direitos de transmissão da Libertadores até 2026.
De acordo com o site Notícias da TV, a justificativa para a ampliação do tempo no processo é de que os autos precisam ser analisados “com calma” por serem complexos. O coordenador do conselho, Felipe Neiva Mundim, foi quem participou da decisão pela prorrogação.
Essa foi a primeira novidade nas investigações desde 14 de abril de 2021, quando o jurídico da Globo trabalhou indagando sobre a legitimidade do processo. Desde então, o inquérito havia sido congelado sem qualquer atualização ou averiguações no canal. A única exceção foi observada em março, quando o Cade renovou a ação por 60 dias.
“Das informações registradas nos autos até o momento, a devida compreensão dos fatos, demanda uma análise mais extensa e cuidadosa, ainda mais considerando os aspectos específicos de cada uma das condutas imputadas”, afirmou o documento consultado pelo jornalista Gabriel Vaquer.
Quando o processo contra a Globo começou?
As investigações começaram em 2019 com as denúncias dos clubes da WarnerMedia de que a Globo estaria pagando menos àqueles que fechavam com a concorrente. O principal envolvido no processo foi o Fortaleza, cuja defesa entendia que a agremiação estava tendo uma desvantagem no contrato do Brasileirão.
O grupo estadunidense citado no inquérito deixou de transmitir as partidas da Série A em 2022. Os duelos eram exibidos na TV por assinatura por meio da TNT e no serviço de streaming, no HBO Max. Os narradores, comentaristas e apresentadores contratados eram os mesmos do antigo Esporte Interativo.