O Santos terá que abrir os cofres para arcar com uma derrota na Justiça, tendo sido condenado a pagar US$ 490 mil (R$ 2,3 milhões) a Ricardo Ichikawa, que cobrou o clube judicialmente por uma participação na contratação de um dos mais polêmicos jogadores a vestir a camisa do clube recentemente.
Neste caso, a contratação foi a de Christian Cueva, feita em 2019, que envolveu o pagamento de cerca de US$ 7 milhões (R$ 26 milhões) pelo meia peruano ao Krasnodar (RUS), que nunca se firmou jogando no Peixe. Ichikawa, também conhecido como ‘Japa’, alega que o clube deveria lhe pagar tais valores por conta de um acerto assinado pelo então presidente José Carlos Peres de pagar 7% de comissão pelos valores da compra do jogador.
Santos é condenado a pagar comissão milionária por contratação de Cueva.https://t.co/jsCPd1FYUS
— Diário do Peixe (@diariodopeixe) May 31, 2022
Segundo o Diário do Peixe, o clube tentou contestar na Justiça o processo de ‘Japa’, afirmando que a negociação fora feita diretamente com o clube russo, além de apontar que o intermediário não faz parte da lista de agentes oficialmente registrados juntos à CBF e que não há contrato formal que alegue a obrigação de tal pagamento. Mas isto não foi suficiente para convencer a Justiça.
O juiz encarregado do processo, Luiz Gustavo Esteves, acabou acatando ao pedido afirmando que um documento que atestava tal pagamento fora assinado por Peres e isto já vincularia o pagamento, além do fato de que o tribunal não teria competência para julgar a regularidade ou não do envolvimento do empresário como agente oficializado pela CBF.
Além disto, apontou que o Santos deveria entrar com ação contra seu ex-presidente caso acredite que a assinatura do acordo de cessão da comissão para Ichikawa tenha sido lesiva ao clube e não imputando qualquer ‘penalização’ para o empresário que fez o requerimento para receber os valores desejados.
Não há informação sobre chances do Peixe recorrer. Ainda há outro processo envolvendo Cueva, mas este sobre a polêmica saída do meia para o Pachuca, na qual a decisão deve sair em junho.