Neymar completou cinco anos de Paris Saint-Germain nesta quarta-feira. Anunciado em 3 de agosto de 2017 como objeto de maior transferência da história do futebol, avaliada em cerca de 222 milhões de euros.
Nesse período, Neymar levantou 13 taças pelo PSG – mas não a mais esperada, da Champions League, cujo melhor desempenho foi em 2020, quando o time chegou à decisão e foi derrotado pelo Bayern de Munique.
Mas o craque também foi afetado por diversas lesões nestes cinco anos, o que o deixou com números bons, mas de certa forma discretos: são 102 gols em 145 partidas, uma boa média, de 0,7 por jogo – além de 60 assistências, o que aumenta para mais de uma participação em gol por partida.
Ainda assim, a média de 29 jogos por temporada é vista como baixa para a agenda recheada do PSG, que dificilmente faz menos de 50 partidas a cada temporada. E a média em baixa, nas duas últimas temporadas, faz parte da torcida desconfiar da real efetividade de Neymar para o clube.
2017/2018: Bons números e lesão antes da Copa
A primeira temporada de Neymar pelo PSG foi até hoje a mais efetiva, com 28 gols marcados em 30 partidas disputadas, média muito perto de 1 gol por jogo, além de 16 assistências. Mas uma fratura no metatarso sofrida em fevereiro tirou o camisa 10 não só do jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, quando o time acabou eliminado pelo Real Madrid, como do restante da temporada.
Neymar só voltaria a jogar em junho, pela Seleção Brasileira, na Copa do Mundo. E, pelo PSG, jogaria apenas em agosto.
2018/2019: Nova lesão e título perdido nos pênaltis
Neymar começou sua segunda temporada animado e manteve uma média parecida de gols com a inicial. Mas machucou-se novamente em fevereiro e, sem ele nas duas partidas, o PSG caiu nas oitavas de final da Champions, diante do Manchester United.
Mas Neymar voltou a tempo de disputar as rodadas finais da Ligue 1, celebrando mais um título. O ponto baixo do retorno foi a derrota nos pênaltis para o Renner, na final da Copa da França. Ele fez um gol durante a partida, que terminou 2 a 2, e acertou o seu na série decisiva, mas o time acabou batido por 6 a 5 e ele acabou saindo como um dos mais criticados. Terminou a temporada com 28 jogos, 23 gols e 13 assistências.
2019/2020: Começo com atraso, pandemia e frustração em campo na Champions
Contundido e com problemas pessoais, Neymar não disputou a Copa América de 2019, no Brasil. Mas isso não o ajudou a voltar em forma ao PSG: ao contrário, reapresentou-se machucado e só foi estrear na temporada em setembro Na fase de grupos da Champions, fez apenas os dois últimos jogos.
Sofreu uma nova lesão em fevereiro, mas esta foi mais leve e ele pôde fazer os jogos das oitavas de final, em que o PSG eliminou o Borussia Dortmund, marcando um gol em cada partida. Mas a pandemia de covid-19 interrompeu a Ligue 1, com o PSG levando a taça após 27 das 38 rodadas, e encurtou a fase final da Liga dos Campeões, disputada em jogos só de ida em Portugal.
O PSG passou por Atalanta e RB Leipzig, com assistência de Neymar nos dois jogos, mas caiu na decisão diante do Bayern de Munique, na primeira frustração europeia do craque em campo pelo clube. Terminou a temporada, mais curta, com 27 jogos, 19 gols e 12 assistências.
2020/2021: Nem a Ligue 1 veio
A quarta temporada de Neymar pelo PSG mostrou uma queda em termos numéricos: ele jogou mais, com 31 partidas, mas marcou menos gols (17) e deu menos assistências (11). Pior: o time perdeu a Ligue 1 para o Lille e na única conquista, a Copa da França, ele estava ausente da final, suspenso, e não participou da vitória por 2 a 0 sobre o Lyon.
Foi um ano marcado por novas lesões, inclusive uma muscular, em fevereiro, que revoltou a torcida, já que pelo quarto ano seguido o craque se machucava no mesmo período – próximo ao do carnaval no Brasil, ainda que as festas tivessem sido suspensas por causa da pandemia.
Neymar perdeu os duelos contra o Barcelona, nas oitavas de final da Champions, mas voltou a tempo de participar dos confrontos contra o Bayern de Munique, nas quartas – deu duas assistências na vitória por 3 a 2 fora de casa, no jogo de ida –, e Manchester City, nas semifinais. Passou em branco nas duas partidas.
2021/2022: Com Messi, a temporada menos efetiva
A grande bomba da janela de transferências do verão europeu de 2021 foi a chegada de Messi ao PSG. Sem conseguir renovar com o Barcelona, o argentino reencontrou Neymar – e o brasileiro teve, com seu grande parceiro, sua temporada menos efetiva em números.
Foram somente 28 jogos, em 50 possíveis, com 13 gols marcados e oito assistências. A lesão desta vez veio em dezembro e a recuperação foi até fevereiro – recuperou-se a tempo para estar em campo nos jogos contra o Real Madrid, nas oitavas de final da Champions, em que o time novamente foi eliminado e ele terminou com duas assistências, uma em cada partida.
