A Uefa anunciou nesta sexta-feira punições financeiras a oito clubes que descumpriram as regras de fair play financeiro no gerenciamento de suas atividades entre 2018 e 2022.
O maior punido pela entidade é o Paris Saint-Germain, que foi multado em 10 milhões de euros (R$ 51,5 milhões pela cotação do euro nesta sexta-feira) e cuja punição pode chegar a R$ 65 milhões (R$ 334,8 milhões) caso o clube descumpra regras de adequação às normas da entidade.
A Uefa não especificou quais foram as regras descumpridas pelo clube de Neymar, Mbappé e Messi e pelos demais adversários. O dinheiro será retido das cotas de direitos de transmissão que a entidade repassa pela participação das equipes nas suas competições – a Liga dos Campeões, a Liga Europa e a Conference League, criada na última temporada.
Ao todo, o montante retido chega a 172 milhões de euros, ou cerca de R$ 885 milhões. Outros clubes tiveram punições menores e ainda condicionadas a acertos no próximo balanço.
Veja abaixo os oito clubes e quanto cada um terá de pagar (entre parênteses, a multa variável):
Paris Saint-Germain (FRA) – 10 milhões de euros (65 milhões de euros)
Roma (ITA) – 5 milhões de euros (35 milhões de euros)
Inter de Milão (ITA) – 4 milhões de euros (26 milhões de euros)
Juventus (ITA) – 3,5 milhões de euros (23 milhões de euros)
Milan (ITA) – 2 milhões de euros (15 milhões de euros)
Besiktas (TUR) – 600 mil euros (4 milhões de euros)
Olympique de Marselha (FRA) – 300 mil euros (2 milhões de euros)
Monaco (FRA) – 300 mil euros (2 milhões de euros)
A Uefa lançou neste ano um novo documento atualizando as regras de fair play financeiro. A ideia é evitar que clubes pertencentes a conglomerados bilionários e a fundações ligadas a países, casos do Paris Saint-Germain com o Catar e do Manchester City com os Emirados Árabes, inflacionem o mercado usando o dinheiro disponível sem parcimônia.
A ideia da Uefa é que os clubes sejam sustentáveis apenas com vendas de ingressos e planos de associação, direitos de transmissão das partidas e contratos de patrocínio, além da eventual negociação de jogadores, sem que haja injeção de dinheiro “externo” para manter no azul o caixa de clubes pertencentes a donos ou países endinheirados.

