Home Automobilismo F1: chefe da Haas fala sobre a saída de Mazepin: “Não poderíamos tomar outra decisão”

F1: chefe da Haas fala sobre a saída de Mazepin: “Não poderíamos tomar outra decisão”

Em uma atitude arriscada, equipe rescindiu contrato com patrocinador que tem relações com presidente da Rússia

Bruno Bravo Duarte
Bruno Bravo Duarte é um jornalista que atua como editor, redator e repórter há mais de dez anos. Formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 2004, teve passagens por EQI Investimentos, Naspistas.com, Jornal Povo, Jornal do Rock e Niterói TV. Atualmente no Torcedores.com

O chefe da Haas, Guenther Steiner, analisou a dispensa do piloto russo, Nikita Mazepin, e do seu patrocionador, a Uralkali, empresa administrada por Dmitry Mazepin (pai de Nikita). Para o norte-americano, era necessário romper vínculos no período de guerra na Ucrânia, já que a companhia mantém relações com o presidente russo, Vladimir Putin.

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A quebra contratual sepultou a carreira do piloto na Fórmula 1, que encontrou um espaço na Haas como um “pay driver”. Por outro lado, a equipe pôde fechar contrato com Kevin Magnussen, que contabilizou uma série de bons resultados no decorrer da última temporada, o que inclui a pole position para a Sprint Race do Grande Prêmio do Brasil, realizado em Interlagos.

Apesar do atual bom momento, a situação era um tanto quanto arriscada no início de 2022. Existiam dúvidas sobre o progresso da Haas, que não contaria com um patrocinador titular.

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“Não poderíamos tomar outra decisão após a invasão da Ucrânia. Acho que, olhando para trás, acho que fizemos a coisa certa. Mas não, não teve nenhum impacto financeiro”, declarou em entrevista ao Speedcafe.com

“Certamente impactou o início da temporada. Havia muito trabalho a ser feito para voltar para onde queríamos estar. Mas, por outro lado, quando começamos a correr no Bahrein, você pode ver como as coisas mudam rapidamente na F1. Nunca houve arrependimento, apenas seguimos e tiramos o melhor proveito disso. Tivemos uma oportunidade, mas foi um desafio. Focamos nisso e seguimos em frente”, completou.

Steiner está bastante otimista com o novo patrocionador da Haas, a financeira “MoneyGram”.

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“Em primeiro lugar, não é apenas o financeiro, mas a MoneyGram é uma empresa muito sólida e boa que, embora seja uma empresa americana, faz 75% de seus negócios globalmente. Portanto, o fato deles quererem fazer parte disso, mostra o quão boa é a F1, e eles escolheram a Haas porque acham que estamos em um bom caminho”, declarou.

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“Isso mostra aos nossos funcionários e aos fãs, que a Haas veio para ficar, porque no ano passado houve perguntas difíceis. Acho que agora temos uma das equipes mais sólidas do paddock. Existem dez equipes sólidas no grid e a Haas é uma delas.”

“É também um reconhecimento do que estamos fazendo, do fato de eles escolherem ir conosco. A MoneyGram é uma empresa sólida. Portanto, acho que, no geral, não há pontos negativos, apenas pontos positivos”, finalizou Steiner.

Better Collective