Uma das mulheres pioneiras do telejornalismo da TV brasileira, Glória Maria morreu na manhã de hoje (02). Um dos rostos mais conhecidos da Globo, a jornalista carioca estreou na emissora em 1971 e participou do primeiro link ao vivo e à cores no Jornal Nacional.
Além das tradicionais reportagens que fazia pelo Brasil e pelo mundo, Glória Maria também atuou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio. Além disso, apresentou o Fantástico e atualmente estava no Globo Repórter, programa em que trabalhava desde 2010. Ao longo de sua trajetória, a profissional da imprensa visitou mais de 100 países.
Desde 2019, Glória Maria Matta da Silva lutava contra um câncer no pulmão. Embora tivesse tido êxito no primeiro tratamento, a repórter da Globo enfrentou metástases cerebrais. De acordo com comunicado do Hospital Copa Star, onde estava internada no Rio, a jornalista não reagia mais às medicações contra as metástases, deixando de fazer efeito nos últimos dias.
Presidente da CBF destacou cobertura esportiva de Glória Maria em um “ambiente quase exclusivo dos homens”
Diante da perda, a CBF emitiu uma nota lamentando a morte da repórter. “É com profundo pesar que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lamenta o falecimento da jornalista Glória Maria, um ícone do jornalismo brasileiro. A entidade presta sua solidariedade a todos os familiares e amigos da jornalista”, diz o texto.
Nesse sentido, o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues se manifestou: “Recebemos com muita tristeza a notícia da morte da jornalista Glória Maria. Além de ser uma das maiores jornalistas do país, ela foi um exemplo de força para todos os negros. Acompanhei de perto a carreira de destaque da repórter”, disse o mandatário da entidade.
Por fim, Ednaldo enfatizou uma barreira quebrada por Glória Maria. “Ela sempre nos surpreendeu. Vale destacar também suas coberturas esportivas na época um ambiente quase exclusivo dos homens. Em nome de todos os colaboradores da CBF me solidarizo com os familiares e amigos pela perda irreparável”, concluiu. A jornalista trabalhou em várias edições dos Jogos Olímpicos, como Los Angeles em 1984 e Atlanta em 1996, além da Copa do Mundo de 1982 na Espanha e em 1998 na França.
