Emily Lima, ex-técnica da seleção brasileira feminina de futebol, está livre no mercado da bola desde o dia 3 de agosto de 2022, quando comunicou a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) que não iria renovar seu contrato para ficar à frente da equipe nacional.
Desde então, a treinadora vem avaliando propostas para voltar a trabalhar ainda nesta temporada. Emily Lima tem conversas avançadas para comandar uma seleção estrangeira. O destino ainda é mantido em sigilo para não atrapalhar a negociação.
“Trabalhar em outro país, com outra cultura e outra realidade, é um desafio muito interessante. Meu sonho sempre foi ter a oportunidade de trabalhar na Europa. Estou negociando com algumas seleções e espero que em breve possa anunciar onde vou trabalhar”, revelou Emily Lima em entrevista ao canal “OurSports”, no YouTube.
A carreira de Emily Lima
2011 – 2012: Juventus-SP
2013 – 2015: Brasil Sub-17
2015 – 2016: São José-SP
2016 – 2017: Brasil
2018 – 2019: Santos
2020 – 2022: Equador
Emily Lima, que foi demitida da seleção brasileira em 2017, após apenas dez meses de trabalho, disse que não pensa em voltar a trabalhar tão cedo no Brasil. Ela afirmou que a estrutura do futebol feminino no país é deficiente e que isso prejudica a evolução das atletas.
“A falta de investimento e de organização são os maiores problemas do futebol feminino no Brasil. Temos talentos incríveis, mas não temos uma estrutura adequada para desenvolvê-los. É preciso que haja mais apoio e mais investimento para que possamos competir em igualdade com as seleções estrangeiras”, disse.
Títulos na carreira
Torneio Internacional de Futebol Feminino: 2016
Campeonato Paulista Feminino: 2015 e 2018
Campeã dos Jogos Abertos do Interior e Regionais: 2015 e 2016
A ex-técnica da seleção brasileira também criticou a falta de planejamento e de continuidade no trabalho das comissões técnicas. Desde sua saída, a equipe canarinha teve dois treinadores: Osvaldo Alvarez e Pia Sundhage.
“O trabalho de um técnico não pode ser avaliado em poucos meses. É preciso ter um projeto a longo prazo e dar tempo para que ele seja desenvolvido. Infelizmente, no Brasil, isso não acontece”, finalizou.

