Home Futebol Ana Thaís comenta caso Vini Jr. e faz observação: “Não dá pra achar que futebol é só ‘campo e bola'”

Ana Thaís comenta caso Vini Jr. e faz observação: “Não dá pra achar que futebol é só ‘campo e bola'”

Comentarista foi mais uma a falar sobre o caso de racismo que Vini foi vítima na Espanha

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

A jornalista e comentarista Ana Thaís Matos, na segunda-feira, foi mais uma a dar apoio Vinícius Júnior em meio a mais um caso de racismo sofrido pelo atleta.

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Ela fez alguns destaques e aliou a publicação e uma campanha de funcionárias da Globo, o Movimento Esmeralda, que denuncia casos de assédio na emissora.

“Não reproduzamos enquanto jornalistas o comportamento da mídia espanhola, da repórter que não queria tocar no assunto de racismo na entrevista de Carlo Ancellotti. Também não sejamos a repórter que perguntou ao mesmo treinador se Vinicius em outro momento devesse ter tomado cartão vermelho por comportamento; nao sejamos como mtos dos nossos que usam o recurso de humilhação e também do silêncio”, pediu Ana Thaís aos profissionais sobre isso.

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Além disso, ela fez outra observação. Para ela, está mais do que provado que futebol “não é mais só campo e bola”.

“Se preparem pra ser antirracista, estudem. Não dá mais pra achar que futebol é só pra falar de “campo e bola” ou ficar naquelas frases clichês “isso é um absurdo”, “aí isso é muito triste”.”

Veja o texto completo publicado por Ana Thaís Matos

““Mulheres de todas as raças, culturas e cores: construamos uma outra história”. Lema do IV encontro feminista Latino Americano e Caribenho.

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A gente só tem fórmula para o outro “Real Madrid saia de campo”, “força Vini”, “força, amiga”. E você? Qual é o seu papel na história? Ninguem aguenta mais ter força. A gente luta pra parar de lutar, não pra lutar mais e mais.

Não reproduzamos enquanto jornalistas o comportamento da mídia espanhola, da repórter que não queria tocar no assunto de racismo na entrevista de Carlo Ancellotti. Também não sejamos a repórter que perguntou ao mesmo treinador se Vinicius em outro momento devesse ter tomado cartão vermelho por comportamento; nao sejamos como mtos dos nossos que usam o recurso de humilhação e também do silêncio. Cobre jogadores, jornalistas, técnicos, comunicadores. Que todos se preparem pra luta antirracista. Todo mundo que trabalha nessa área tem que ter na ponta da língua o que é que não se pode ouvir de um racista. Não sejamos cúmplices desse crime. Vamos parar de desejar força aos negros e sejamos mecanismo dessa luta ingrata e solitária. Só vale esse nosso espaço conquistado se for pra gente questionar, se é pra beijar a boca do patriarcado racista, não adianta.

O mesmo vale para casos de assédio, violência de gênero, homofobia. Não duvidem das colegas, não de seu microfone pra ouvir nenhum tipo de violência! sejam empáticas, não pense que a humilhação de um, o silêncio de uma de nós é o espaço que você vai ocupar. O assédio com uma é a violência com todas.

Se preparem pra ser antirracista, estudem. Não dá mais pra achar que futebol é só pra falar de “campo e bola” ou ficar naquelas frases clichês “isso é um absurdo”, “aí isso é muito triste”.

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O que você faz pra ser diferente do que já está aí e não serve mais?”

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