Home Mídia Esportiva e bastidores Principal jornal da Espanha ‘esquece’ e não dá destaque ao caso de racismo sofrido por Vinícius Júnior

Principal jornal da Espanha ‘esquece’ e não dá destaque ao caso de racismo sofrido por Vinícius Júnior

Um dos maiores veículos do mundo não deu destaque ao escândalo do final de semana

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O maior jornal da Espanha, o El País, não deu grande importância ao escândalo de racismo no país no final de semana, onde grande parte dos torcedores que estiveram no estádio Mestalla chamaram o atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, de ‘mono’, ou em português, ‘macaco’.

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O jornalista Thomas Traumann, do Poder 360, destacou que o El País não destacou em sua primeira página o fato ocorrido. Para ele, inclusive, “morre a importância da mídia tradicional. Veja:

Assim morre a importância da mídia tradicional. O principal jornal da Espanha não destacou na sua primeira página o principal fato ocorrido na Espanha.

O El País preferiu dar ênfase a acordos políticos e assuntos sequer relacionados ao país em sua primeira página, como por exemplo a ida do presidência da Ucrânia, Volodimir Zelensky, à reunião do G7, no Japão.

El País, depois, subiu o tom

Com a entrada do governo brasileiro na crise envolvendo Vinícius Júnior, cobrando explicações à embaixadora da Espanha e atitudes das autoridades locais, o El País subiu o tom, especialmente em sua edição online.

Esteve em seu destaque online no período da tarde a seguinte manchete: “Brasil eleva o tom contra a passividade da Espanha ante os ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior.”

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Vale lembrar que o presidente Lula, em reunião do G7, abriu sua entrevista coletiva de domingo se solidarizando com Vinícius. A atitude gerou agradecimento oficial do próprio Real Madrid.

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“Um gesto de solidariedade ao jogador brasileiro jovem, negro, que joga no Real Madrid, que no jogo no estádio do Valencia foi chamado de macaco. Não é possível que quase no meio do século 21 a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa (…) É importante que a Fifa e a liga espanhola tomem sérias providências, porque nós não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem conta dos estádios”, apontou o presidente do Brasil.

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