Em entrevista ao podcast “Pod Pai Pod Filho”, de Téo José, Emerson Sheik comentou a punição sofrida pelo Corinthians após o duelo com o São Paulo. Por conta de cânticos homofóbicos na Neo Química Arena, o time alvinegro, através do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi condenado a disputar uma partida com portões fechados. Neste cenário, a medida deve ser aplicada diante do Vasco, na 18ª rodada, no dia 30 de julho.
Ainda que a CBF esteja agindo para diminuir os atos de preconceito, Sheik mencionou que a situação está enraizada dentro do futebol nacional. Dessa forma, no próximo reencontro entre Corinthians e São Paulo, os torcedores do Timão vão repetir o mesmo comportamento.
“Se você ver os cantos das torcidas, todos eles são preconceituosos. Tudo tem preconceito e estão tirando um pouco da cultura que tem dentro do estádio e o caminho que o futebol está indo, me parece um caminho muito ruim. O torcedor corintiano vai ser punido agora, o torcedor vai cantar de novo. Não vai mudar. Quando ele estiver bravo, ali não é amor, é paixão. O cara vai estar puto pra caramba, vai estar perdendo para o São Paulo, ele vai estar lá fazendo as brincadeiras que já existem há muitos anos. E não são todos que são homofóbicos”, disse.
Mesmo brilhando na final da Libertadores de 2012, Sheik rechaçou o posto de “herói”. Diante disso, ele fez questão de apontar que todos os atletas do Corinthians foram importantes para a conquista histórica, e ainda fez questão de destacar o aspecto de “futebol raiz” envolvendo o título.
“Não teve um herói. A participação minha, assim como a de todos os outros, foi importante para o Corinthians ganhar o seu primeiro título da Libertadores. Não teve uma estrela que brilhou mais. A preparação, do primeiro jogo até a final, ali cada um contribuiu de uma maneira. Todos estavam muito preparados. O VAR iria estragar tudo (risos). Talvez, seja uma das últimas imagens, cada um tem a sua opinião, de um futebol mais raiz. Um futebol sem toda hora parar porque bateu no dedo, aí temos que ver se foi pênalti… Eu não sei se concordo com o VAR. Acho que tirou um pouco da magia do futebol. Não querendo ser e não sou malandro porque é direito de igualdade. Sem o VAR a malandragem do time preto, o time branco também tem. Então é igual para os dois “, afirmou.

