Home Futebol Sheik minimiza homofobia nos estádios após punição ao Corinthians: “Estão tirando um pouco da cultura”

Sheik minimiza homofobia nos estádios após punição ao Corinthians: “Estão tirando um pouco da cultura”

Ex-jogador acredita que cenário envolvendo cânticos preconceituosos não vai mudar dentro do futebol nacional

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Em entrevista ao podcast “Pod Pai Pod Filho”, de Téo José, Emerson Sheik comentou a punição sofrida pelo Corinthians após o duelo com o São Paulo. Por conta de cânticos homofóbicos na Neo Química Arena, o time alvinegro, através do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi condenado a disputar uma partida com portões fechados. Neste cenário, a medida deve ser aplicada diante do Vasco, na 18ª rodada, no dia 30 de julho.

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Ainda que a CBF esteja agindo para diminuir os atos de preconceito, Sheik mencionou que a situação está enraizada dentro do futebol nacional. Dessa forma, no próximo reencontro entre Corinthians e São Paulo, os torcedores do Timão vão repetir o mesmo comportamento.

Se você ver os cantos das torcidas, todos eles são preconceituosos. Tudo tem preconceito e estão tirando um pouco da cultura que tem dentro do estádio e o caminho que o futebol está indo, me parece um caminho muito ruim. O torcedor corintiano vai ser punido agora, o torcedor vai cantar de novo. Não vai mudar. Quando ele estiver bravo, ali não é amor, é paixão. O cara vai estar puto pra caramba, vai estar perdendo para o São Paulo, ele vai estar lá fazendo as brincadeiras que já existem há muitos anos. E não são todos que são homofóbicos”, disse.

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Mesmo brilhando na final da Libertadores de 2012, Sheik rechaçou o posto de “herói”. Diante disso, ele fez questão de apontar que todos os atletas do Corinthians foram importantes para a conquista histórica, e ainda fez questão de destacar o aspecto de “futebol raiz” envolvendo o título.

“Não teve um herói. A participação minha, assim como a de todos os outros, foi importante para o Corinthians ganhar o seu primeiro título da Libertadores. Não teve uma estrela que brilhou mais. A preparação, do primeiro jogo até a final, ali cada um contribuiu de uma maneira. Todos estavam muito preparados. O VAR iria estragar tudo (risos). Talvez, seja uma das últimas imagens, cada um tem a sua opinião, de um futebol mais raiz. Um futebol sem toda hora parar porque bateu no dedo, aí temos que ver se foi pênalti… Eu não sei se concordo com o VAR. Acho que tirou um pouco da magia do futebol. Não querendo ser e não sou malandro porque é direito de igualdade. Sem o VAR a malandragem do time preto, o time branco também tem. Então é igual para os dois “, afirmou.

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