Home Automobilismo Pilotos da Fórmula E citam dificuldades em mudança de motor e campeão mundial elege Rubens Barrichello como maior ídolo

Pilotos da Fórmula E citam dificuldades em mudança de motor e campeão mundial elege Rubens Barrichello como maior ídolo

Estreia do chamado GEN3 foi na última temporada e apresentou série de mudanças 

Victor Rocha
Tenho paixão pelo jornalismo esportivo. Trabalho há mais de 10 anos na área de comunicação e já escrevi para sites como R7, Yahoo! e atuei na agência de relações públicas CDI. Possuo formação em Análise de Desempenho pela CBF Academy e participei como pesquisador do livro Doutor Sócrates, de Andrew Downie.
Félix da Costa na etapa de São Paulo da Fórmula E

Félix da Costa na etapa de São Paulo da Fórmula E

A Fórmula E realizou mais uma etapa bem-sucedida de seu circuito em São Paulo no último sábado (16). Com um final emocionante, a vitória do inglês Sam Bird, da Neom McLaren, veio na última volta. Ele não vencia uma corrida na categoria há quase três anos. Desde a implementação do motor GEN3 na última temporada, que revolucionou a categoria, aumentando a velocidade máxima em mais de 100km/h e promovendo a frenagem nas quatro rodas, somente quatro das 11 equipes conseguiram mais de uma vitória, em 20 provas disputadas: Jaguar TCS, Tag Heuer Porsche, Andretti e Envision. O piloto brasileiro Sette Camara, da ERT, citou os maiores componentes da mudança geracional na sua opinião.

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“Em relação à mudança geracional, do GEN2 para o GEN3, foi absurda. Eu demorei para me adaptar, uma mudança gigantesca. O top speed aumentou muito, a parte da frenagem, os controles do carro, tudo mudou bastante. Principalmente a parte da frenagem, no começo apanhei demais. Agora já estou mais acostumado. A velocidade máxima em corrida está beirando aos 280km/h, agora, já cheguei a quase bater esse número. As pistas da FE são curtas, o carro poderia ir ainda mais além em sua velocidade máxima.”, explica em entrevista ao Torcedores.com.

Ele citou ainda que, mesmo sendo dentro da mesma categoria, a transição foi mais brusca do que quando saiu da Fórmula 2.

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“A parte de guiar é mais tranquila, afinal de contas não deixa de ser um carro. Mas, para mim, foi mais fácil para mim sair do Fórmula 2 para o GEN 2, que é a Fórmula E antiga, do que do que GEN2 para o GEN3, acabei sentindo muito mais essa mudança de geração que teve na Fórmula E. Só depois de um ano que comecei a me adaptar melhor”, conta. 

O piloto português Félix da Costa, da Porsche, campeão mundial da categoria na temporada 2019/20 e que ficou na 6° colocação no São Paulo e-Prix, também falou com exclusividade ao Torcedores.com a respeito do GEN3 no Sambódromo do Anhembi e revelou que seu ídolo no automobilismo é um brasileiro. 

“Foi uma mudança enorme a nível tecnológico. Agora temos um motor na frente do carro também, quando freamos regeneramos com as quatro rodas, não só com o eixo traseiro como era antes. Isso foi uma mudança grande, temos mais potência, menos peso, o que mostra a velocidade que está a evoluir a modalidade elétrica. O carro ficou mais rápido, mas o grip não aumentou tanto. Então ficou um carro um pouco mais difícil de conduzir. Meu ídolo no automobilismo? É o Rubens Barrichello”, diz.