Home Futebol Facincani analisa retorno de Romário ao gramados e avisa: “Não tem solução”

Facincani analisa retorno de Romário ao gramados e avisa: “Não tem solução”

Jornalista destacou anúncio do ‘Baixinho’ como “brincadeira de mau gosto” e revelou qual imagem isso passa do futebol brasileiro

Luciano Ferreira
Jornalista formado pelo Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da Universidade Paulista e com especialização em Jornalismo Esportivo em curso pela Faculdade Cásper Líbero. Sou apaixonado por futebol e amo escrever. Desde 2018 escrevo para blogs e sites, além de produzir conteúdo sobre esportes em geral para o Torcedores.com, onde ingressei em 2020 e passei a ter uma maior regularidade nas publicações em 2022. Experiência com cobertura de futebol e basquete para a Wecel Mídia.
Romério

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Ícone do futebol brasileiro, Romário comemorou na manhã desta quarta-feira (17) o seu retorno aos gramados, após 15 anos de sua retirada profissional da cancha, para defender o América-RJ. O ‘Baixinho’ usou o X (antigo Twitter) para comunicar que seu nome já aparece oficialmente no Boletim Informativo Diário (BID). Mas a informação foi vista por Felippe Facincani como um desrespeito ao Mecão.

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Durante o programa Opinião Placar, do canal de YouTube Placar TV, Facincani analisou a repercussão do comunicado do principal protagonista do tetracampeonato mundial da seleção brasileira, em 1994. Na análise do jornalista, esse tipo de atitude demonstra “amadorismo” do futebol do Brasil.

Fellipe Facincani avalia anúncio de Romário

“Uma coisa é você jogar amador, como ele tem jogado”, iniciou o comentarista esportivo, tendo o discurso aprovado pelos colegas de bancada, que relembraram que o Baixinho passou por um processo de “secagem” recentemente e não teve preparação para um retorno profissional aos campos.

Além disso, o jogador está com 58 anos de idade, fator que complica ainda mais a presença do ex-camisa 11 da seleção brasileira, Barcelona, Vasco e Flamengo nas quatro linhas.

“Cara, eu não sei até que ponto isso a gente pode levar muito a sério. Eu acho muito bonito, pô: ‘quero jogar com meu filho e tal’. Mas faz um amistoso, né, o América entra em campo…” opinou o ex-comentarista dos canais da Disney.

Vale lembrar que, embora seja Senador pelo Estado do Rio do Janeiro, Romário também é presidente do América-RJ. E no clube que preside, joga seu fillho Romarinho, de 30 anos, com quem deve dividir o ataque na equipe.

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“Acho assim, a partir do momento que ele [Romário] entra para tentar salvar o América, subir o América [para a elite do futebol carioca] e tudo mais, a gente tem que lembrar um pouquinho que apesar de hoje, sei lá, 80% da geração não tem noção do América”, argumentou Facincani.

“Nós que vivenciamos os anos 80 e 90, a gente pensa em tratar de um clube que tem uma história no Campeonato Carioca e principalmente um clube que foi considerado por muito tempo a quinta força do futebol local. Um clube que tem torcida, de torcedores ilustres, inclusive”, sentenciou.

Falta de respeito à história do América-RJ

Diante desse cenário, o jornalista tratou esse retorno do Romário aos gramados pelo Mecão, como uma falta de respeito ao clube.

“Então assim, a partir do momento que o Romário depois de tudo isso: ‘ah vou jogar profissionalmente, oficial’, meio que, de novo, mostra que o futebol brasileiro me parece nonsense em muitas coisas. O América sendo tratado de novo como, sei lá… uma brincadeira de mau gosto”, prosseguiu Felippe Facincani.

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“Aí você quebra completamente os paradigmas da serenidade. Tudo bem, o Romário e seu pai são americanos e etc., maravilha, história lindíssima. Mas ‘ah eu vou jogar, vou contratar meu filho, vou não sei o quê’… aí gente, pera um pouquinho…”, discursou.

Dessa forma, Facincani avaliou que, por contas dessas atitudes que demonstram falta de “seriedade”, vê que o futebol brasileiro não “tem solução”.

“Você começa a ver que quando amplia o leque para o interior do futebol brasileiro, para esses cantos que infelizmente estão longe da mídia, você vê que o país não tem solução” completou Felippe Facincani, enfatizando que as pessoas no Brasil não tem um “pingo de seriedade” quando estão fora dos holofotes.