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Saiba quanto o árbitro de VAR ganha no futebol brasileiro

A arbitragem de vídeo opera no Brasil desde a temporada 2018 e, apesar de evitar injustiças, continua a criar polêmicas no futebol

Marcel Rauen
Marcel Rauen é um jornalista formado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) que atua na área esportiva há cerca de 15 anos. É fã e praticante de esportes em geral, mas principalmente de futebol. Escreve no Torcedores desde 2015 sobre o dia a dia dos clubes brasileiros e sobre a mídia esportiva

VAR é utilizado no Brasil desde 2028 - Rodrigo Ferreira/CBF

Usado no Brasil desde 2018, o VAR a cada dia que passa segue gerando um sentimento misto de justiça e injustiça nos torcedores, já que não vem sendo utilizado da melhor forma no futebol brasileiro. Mas quanto é que os responsáveis por operar o árbitro de vídeo recebem por partida no país?

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A resposta foi dada pelo árbitro de vídeo Daniel Nobre Bins em entrevista ao canal do Duda Garbi, no YouTube.

“Por jogo, para o árbitro-Fifa VAR, a taxa é de R$ 4.160 na Série A do Brasileirão. Aí tem mais a diária, dá em torno de R$ 5 mil. Pega quatro jogos em um mês, ou quando tem rodada quarta e domingo, mas você tem que ter desempenho que te leve a estar escalado. Dependemos do nosso desempenho. Porque se errar… Assim como um mês você pode fazer oito jogos, em um mês não pode fazer nenhum, aí não tem a renda“, explicou Daniel Nobre Bins.

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Para o árbitro, o caminho para a profissionalização da arbitragem no Brasil vai ocorrer mais cedo ou mais tarde.

“Vai se encaminhar, nossa associação tem trabalhado para ter a profissionalização, para que consigamos ter tempo para se dedicar especificamente. Na Argentina, os árbitros de elite ganham valor fixo por mês mais as taxas. Sabe que tem o salário mensal, dá tranquilidade nesse sentido. Não sei se eu vou pegar a profissionalização, mas trabalhamos para chegar nisso, para o árbitro ter mais tempo para se aperfeiçoar“, avaliou o juiz, que no entanto acredita que as discussões sobre determinadas marcações continuarão a acontecer.

“As polêmicas vão acabar? Não. As discussões não vão acabar. Mas vai melhorar o nível de assertividade. Quem ganha é o futebol, que está acima de todos nós. Trabalhamos para o bem do futebol, esse é o nosso objetivo“, completou o árbitro de VAR, que revela atualmente, mesmo não sendo profissional, viver da arbitragem.

“Tenho uma franquia de picolé em Passo Fundo, mas hoje a fonte de renda principal, desses árbitros-Fifa, até porque passamos quarta e domingo, fiquei um mês lá fora (na Copa América). Antes era professor na rede municipal de Novo Hamburgo, tive que me exonerar porque não conseguia mais conciliar, pelo volume de jogos e viagens. Em uma viagem da Conmebol você tem que chegar dois dias antes, perde quatro ou cinco dias de viagem. Hoje sim a principal função nossa é arbitragem“, explicou.

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