Grupo do diretor de futebol, Carlos Belmonte, está insatisfeito com o presidente do São Paulo, Júlio Casares (Foto Divulgação/SPFC)
O São Paulo não teve um abalo apenas no futebol com a goleada histórica sofrida para o Fluminense, de 6 a 0. Um dia depois da derrota, o clima político no clube ganhou mais uma crise, com conselheiros da oposição que formalizaram um abaixo-assinado pela renúncia do presidente Julio Casares.
A lista de assinaturas deve contar com uma parte da base de apoio do dirigente, que avalia fazer parte do movimento. Segundo a ESPN, há grande insatisfação com o atual momento. Especialmente o grupo do diretor de futebol, Carlos Belmonte, que entregou o cargo nesta sexta-feira (28), assim como outros dois dirigentes
Leia também: Craque Neto antecipa promessa de usar tanguinha ao vivo; confira o vídeo
Ele e Casares estão em rota de colisão há alguns meses, diante de pensamentos distintos sobre vários temas relacionados ao futebol do São Paulo. Um dos motivos para a briga interna tem a ver com um projeto para a divisão de base que envolve um aporte de um fundo de investimentos.
Sucessão do São Paulo em disputa
O movimento da oposição tenta antecipar em um ano a troca na presidência. Casares tem mandato até o fim de 2026 e já há discussões sobre candidatos tanto da situação quanto da oposição.
A crise financeira no Tricolor é um dos principais pontos para a insatisfação de conselheiros quanto à atual gestão. E o desempenho do futebol, com uma série de resultados ruins e problemas físicos, só aumenta os ataques.
Insatisfação dos jogadores e recado à diretoria
Pressionado na política, Casares também vê o aumento cada vez mais crescente da irritação dos jogadores do elenco. Há, inclusive, atraso em pagamentos de direitos de imagem, algo comum ao longo de 2025.
Após a goleada do Fluminense, Luiz Gustavo fez um forte desabafo com críticas à diretoria, considerada omissa com o atual momento. Inclusive, alguns dirigentes não têm ido aos jogos
“Esse clube é muito grande, que merece ter uma direção, um plano claro, o que queremos do início ao fim de uma temporada, do que queremos como pessoas aqui neste clube. Está na hora de o São Paulo começar a colocar as caras. Quem precisa colocar, assumir responsabilidade, todo mundo tem responsabilidade, assumir de cima para baixo para que esse time volte a ser grande no futebol”, disse.
Executivo do futebol, Rui Costa, que estava no Maracanã, tentou conter o incêndio ao afirmar que o volante falou “de cabeça quente”. Ainda pediu desculpas ao torcedor, sem comentar a situação administrativa nem os atrasos.
Uma reunião entre diretoria e elenco do São Paulo está programada para esta sexta-feira para tratar do atual momento. Afinal, a postura do time em campo também incomodou os dirigentes.
Protestos da torcida
A pressão em Casares também vem de fora, via torcedores. Os protestos contra a atual gestão do Tricolor aumentam a cada partida.
Após o vexame no Maracanã, torcedores picharam os muros do Morumbis nesta madrugada. “Acabou a paciência” era uma das frases. Além disso, o presidente de uma das organizadas mostrou preocupação com 2026 e acusou o atual presidente do São Paulo de levar o clube ao rebaixamento na próxima temporada.

