No próximo domingo, a partir das 15h45, a RBSTV manterá a sua série de reprise de jogos históricos da dupla Gre-Nal com a vitória do Inter por 1×0 sobre o Barcelona no Mundial de 2006. Mas você, colorado, sabe até os mínimos detalhes daquela conquista? O Torcedores.com lista abaixo 10 histórias que talvez você não saiba.
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Fernando Carvalho queria Vargas no lugar de Alexandre Pato
No que dependesse do desejo do presidente colorado Fernando Carvalho, a escalação colorada teria um volante a mais no time, com Vargas no lugar de Pato. Mas o técnico Abel Braga bancou a marcação pressão desde o início com Alex, Fernandão, Pato e Iarley.
“Eu queria o Vargas e não o Pato. Mas o Abel, de forma brilhante, tendo assistido dois jogos que o Barcelona perdeu, contra Chelsea e Real Madrid, viu que ambos marcavam a saída de bola. Ela saía do Thiago Motta, com Iniesta, com Deco e o Abel encaixou a marcação contando com a disciplina tática do Fernandão. O Fernandão abriu mão das funções ofensivas, exceto a bola parada”, destacou o ex-dirigente ao canal Vozes do Gigante.

Ronaldinho Gaúcho usaria camisa gremista na comemoração para provocar o Inter
Apesar das conhecidas polêmicas, Ronaldinho Gaúcho sempre se disse torcedor gremista. E, segundo o jornalista da Bandeirantes, Leonardo Meneghetti, o craque homenagearia o ex-clube em caso de título do Barcelona. Ele já tinha combinado com um funcionário do clube, que levaria a camisa tricolor do vestiário ao gramado durante a festa do título.
“Ele planejou depois do jogo realizado, com a esperada vitória do Barcelona, subir na rampa da premiação com a camisa do Grêmio. Pediu a autorização para os dirigentes do Barcelona, alegando o histórico de rivalidade contra esse adversário. E que, portanto, gostaria de receber a medalha com a camisa do Grêmio. O Barcelona entendeu e permitiu. O boato de que ele jogou com a camisa gremista por baixo não é verdade. Mas quando a delegação vai para o Japão, ele leva uma camisa do Grêmio na mala e faz o pedido para um dos dirigentes. E ele recebeu a autorização. A camisa ficou no vestiário e um dos funcionários levaria o uniforme até ele durante a comemoração”, revelou recentemente o comunicador.

Iarley e Fernandão foram no quarto de Carvalho acalmar o presidente
Carvalho se desesperou quando viu o Barça fazer 4×0 no América do México na semifinal. Temia sofrer o mesmo, mas se acalmou quando Fernandão e Iarley foram ao seu quarto antes da decisão.
“Queria o Alex jogando na vaga do Fernandão, o Vargas mais atrás e o Fernandão na função do Pato. Mas os jogadores foram no meu quarto no dia anterior para me acalmar. O Fernandão disse que o Motta não iria tocar na bola. Eu não escalava o time, mas tinha minhas opiniões, me manifestava”.

Gabiru colocou “corrente da sorte” na meia
Na época, as regras sobre vestimenta dos jogadores não eram tão rígidas como agora. Herói do título, Adriano Gabiru costumava usar uma “correntinha da sorte”, que foi vetada pelo quarto árbitro quando ele se preparava para entrar. Abel, então, sugeriu ao meia que a colocasse dentro do meião.

Alexandre Pato recebia somente R$ 15 mil mensais do Inter
Com 17 anos na época, Alexandre Pato já era tratado como uma grande joia para o futuro. E só começou a jogar no profissional quando, em novembro de 2006, renovou o contrato até 2009. A nova assinatura fez o seu salário pular de R$ 2 mil para R$ 15 mil, segundo GaúchaZH.
Índio voltou para o jogo de manga curta
Depois de fraturar o nariz em uma bola aérea em choque com o colega Edinho, Índio sujou de sangue toda a camisa branca e, naturalmente, precisou trocá-la para voltar a campo. Na pressa, os funcionários do clube trouxeram um novo uniforme de número 3, mas de manga curta. O zagueiro colorado terminou a partida sem manga longa ou camisa térmica por baixo, como usavam os demais colegas.

Marcelo Boeck, terceiro goleiro, jogou de lateral em treino
Reserva de Clemer e de Renan, o terceiro goleiro colorado Marcelo Boeck atuou como lateral-direito improvisado em um treinamento preparativo no Japão. Isso porque, no específico dia, Elder Granja – reserva de Ceará – acordou indisposto e com mal-estar. Esta foi a forma que Abel encontrou para completar os times.
Léo trocou o Caribe pelo Japão
Contratado pelo Inter junto ao Paulista, de Jundiaí, campeão da Copa do Brasil de 2005, Léo não recebeu muitas chances ao longo da temporada de 2006, mas sempre esteve à disposição do grupo. Em tese, não viajaria ao Mundial e chegou a marcar de passar as férias com a família em Aruba, no Caribe. De última hora, foi convocado para viajar na vaga de Rentería, que havia lesionado o tornozelo.
Rubens Cardoso treinou na folga para estar pronto para o Mundial; foi titular contra o Barcelona
Desaconselhado até pelo preparador físico Paulo Paixão, que o recomendou ficar com a família na folga, o lateral-esquerdo Rubens Cardoso insistiu para treinar no Beira-Rio nos dias seguintes ao fim do Brasileirão e antes da viagem. Ele voltava de lesão e queria estar 100% para atuar no Japão – inicialmente, o titular era Hidalgo, que se machucou na semi contra o Al-Ahly. Rubens contou esta história em entrevista exclusiva recente ao Torcedores.

Abel usou exemplo de dois outros gigantes da Europa que ganharam do Barcelona
Nas palestras pré-jogo, Abel Braga encorajou os jogadores ao citar os recentes exemplos do Chelsea e do Real Madrid, únicos a vencerem aquele poderoso Barcelona em grandes jogos recentes. Ambos também marcaram pressão a saída de bola, algo repetido pelo Inter em 17 de dezembro.
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