O árbitro Rodrigo Crivellaro utilizou seu perfil no Instagram na noite da última segunda-feira (18) para questionar a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TDJ-RS) que aplicou a punição de 730 dias (dois anos) ao jogador William Ribeiro, que o agrediu no confronto entre Guarani-RS x São Paulo-RS no último dia 4, válido pela segunda divisão do Gauchão.
Classificando o gancho ao atleta como leve, Crivellaro se mostrou incomodado e enfatizou que correu risco de vida por conta da agressão sofrida em Venâncio Aires. O árbitro ainda pediu para que os seguidores o ajudasse a compartilhar o vídeo de desabafo.
“Eu sou obrigado a vir na internet, porque é uma vergonha apenas dois anos de pena para o atleta que me agrediu, onde eu poderia ter morrido. Espalhem esse vídeo pelo Brasil pelo mundo inteiro, porque é uma vergonha. Eu também sou pai de família, também não tenho dinheiro como esse cara não tem, que foi o que justificaram. Na psicologia não existe raça, gênero, se é preto, branco, gordo, magro, então é uma vergonha essa lei brasileira. Tinha que ser banido do futebol, porque eu podia ter morrido e não estar contando isso pra vocês. É uma vergonha”, disse Crivellaro.
PUNIÇÃO
William Ribeiro foi julgado na noite de ontem (18) pela Primeira Comissão Disciplinar do TJD-RS, onde ficou definida a punição de dois anos de afastamento. O jogador ainda aguarda o encerramento do inquérito policial, que definirá se ele será ou não indiciado pelo ato. Minutos após o ocorrido no jogo, o atacante de 30 anos foi preso de flagrante por tentativa de homicídio e chegou a passar algumas horas preso em Venâncio Aires.
No julgamento, o jogador pediu desculpas pela atitude, e revelou ter sido ofendido por Crivellaro.
“Aconteceram várias situações dentro de campo que muitas vezes o pessoal de fora não sabe. Estou muito arrependido disso. Na hora me deu um apagão e reagi daquela forma. Eu não sei explicar o que me deu na hora. Simplesmente me escureceu a vista. Até já estou procurando para tratar o meu psicológico”, disse William Ribeiro, que ainda pode recorrer da decisão de suspensão.
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