Na data em questão, vários torcedores adentraram nas dependências onde jogadores e comissão técnica do Sporting trabalhavam. Dessa forma, iniciou-se uma sequência de agressões e o atual treinador do Flamengo foi um dos afetados. A fúria se deu por conta do clube ter perdido a vaga para a Liga dos Campeões na última rodada do Campeonato Português.
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Diante disso, Jorge Jesus prestou depoimento nesta terça-feira (7) no Tribunal de Almada, em Portugal. O comandante rubro-negro afirmou que foi fortemente agredido na ocasião e que não conseguiu contar quantos estiveram no local para promover os atos de violência.
O julgamento pode condenar os envolvidos por terrorismo, dano com violência, porte ilegal de arma, ameça agravada e invasão de lugar proibido. 44 acusados estão sendo julgados e tem chances de arcar com as consequências das agressões na cadeia.
“Era um dia normal até o momento da invasão. Eram tantos… Lembro-me perfeitamente que comecei a correr direto ao vestiário. Havia gritos por todo o lado. Não os vi a entrar, eram muitos, a maior parte da cabeça coberta. Os últimos quatro elementos que fizeram a invasão vinham de cara destapada, um deles reconheci: o Fernando Mendes. Mais de 20 eram de certeza. Parecia uma marcha de um pelotão de guerra. Não consegui chegar ao vestiário, onde estavam os jogadores, porque fui agredido. Levei um soco na cara, caí e fiquei com o nariz sangrando. O Fernando Mendes estava perto de mim. Depois apareceu outro indivíduo, um que levou um carro lá para dentro, também me viu levando o soco. Não o conhecia, sei agora quem é porque depois vi as imagens. Depois levei com um cinto, meio no ombro, meio na cara. O que me deu o soco? Lembro-me que tinha calções e tênis, não tinha mais que 23, 24 anos”, declarou.
Além disso, Jorge Jesus revelou que o clima entre os jogadores foi de revolta, e um dos mais abalados foi o atacante Bas Dost.
”Parecia um filme de terror. No vestiário, estava tudo virado ao contrário, os jogadores alterados e sem saber o que fazer. O Bas Dost foi o único que vi a chorar, mas todos estavam revoltados”, acrescentou.
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