Home Extracampo Técnico português do Avaí desabafa: “Estar aqui só por estar não vale a pena”

Técnico português do Avaí desabafa: “Estar aqui só por estar não vale a pena”

Derrotado na decisão da Recopa Catarinense, em casa, antes da estreia no Estadual, Augusto Inácio detalha problemas do Leão da Ressacada e fala em sair do clube

Patrick Monteiro
Repórter do Torcedores com passagens por: jornal O Fluminense (Niterói/RJ) e diário Lance. Comentarista e narrador na extinta Rádio Fluminense AM 540, onde apresentou os programas "Futebol Internacional" e "Jornada Esportiva". Ex-colunista do site Chelsea Brasil. Cobriu, in loco, a Copa do Mundo FIFA 2014, incluindo a grande final (Alemanha x Argentina), entre outros eventos, como Rio Open de tênis, Copa Brasil de Vela e Conmebol Libertadores.

A temporada do Avaí começou com taça sendo disputada. Jogando em casa, na Ressacada, o Alvianil recebeu o Brusque, em partida única, mas acabou sendo derrotado, por 2 a 0, no último domingo (19). Foi também a estreia do técnico português Augusto Inácio, que, em entrevista ao canal A Bola TV, de seu país, não escondeu o descontentamento em solo brasileiro.

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“Se eu fosse escolher, nunca iria jogar aquela final nesta altura, mas o jogo já estava marcado. Foi muito fácil o Avaí ter perdido. Com nove dias de treinos, só tive oportunidade de fazer um treino de conjunto”, iniciou o luso para, em seguida, expor os problemas da equipe de Florianópolis.

“Estamos muito debilitados em termos de opções. Os meus três atacantes têm 20 anos, os extremos que vieram estão lesionados. Dos sete novos jogadores que jogaram contra o Brusque, cinco deles há muitos meses que não tinham competição. Já o nosso adversário surgiu com cinco amistosos disputados, os seus jogadores estavam muito frescos fisicamente e nós não tivemos pernas. E por isso perdemos bem”, explicou.

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Nesta quarta-feira (22), o Avaí faz a primeira partida pelo Campeonato Catarinense. Na Arena Condá, visita a Chapecoense, às 21h30 (de Brasília). O treinador já vê dificuldades para encarar o torneio local.

“Estamos muito limitados também para o Estadual. Não estou arranjando desculpas, apenas constatando fatos. Vamos fazer a pré-temporada em competição. A torcida quer ganhar, mas nada se faz de um dia para o outro. Já falei com o presidente: ‘Ou há soluções ou as coisas não têm pernas para andar’. Vim com uma missão, mas, para ser cumprida, temos de ter jogadores. Estar aqui só por estar não vale a pena”, disse Inácio, que já chegou percebendo carências no elenco e pedindo reforços aos dirigentes.

“Apresentaram-me um plantel. Aquilo que pedi de forma urgente foi um extremo e um ponta de lança. Sei que estamos trabalhando, o clube paga por tempo e horas, embora não possa pagar muito. A ideia é poupar no investimento nesta fase de Estadual para, depois, apostar no campeonato da Série B”, destacou.

Augusto Inácio espera realizar um trabalho digno no Brasil. Contudo, o desânimo do técnico está estampado. Ele falou até mesmo na possibilidade de deixar o clube de Santa Catarina.

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“Vou ter mesmo de inventar na estreia no Estadual. Sem extremos, como é que vou poder jogar no meu sistema preferido de 4-2-3-1? Sou português, sei que a expectativa é bastante grande. Mas se sentir que não vem mais ninguém, o melhor é dar o lugar a outro. Os portugueses podem ser bons, mas não fazem milagres”, finalizou.

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