Home Esportes Olímpicos Velejador Jorge Zarif é pego em exame antidoping e corre risco de perder Olimpíadas

Velejador Jorge Zarif é pego em exame antidoping e corre risco de perder Olimpíadas

Em comunicado oficial, o velejador Jorge Zarif informou que aceitou a suspensão preventiva da ABCD – Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem

Rodrigo Nascimento
Colaborador do Torcedores.com, amante dos esportes americanos e do automobilismo.
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O velejador Jorge Zarif foi pego em exame antidoping e aceitou ser suspenso preventivamente pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), em decorrência de um resultado analítico adverso para a substância tamoxifeno. Ele corre risco de perder os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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O atleta esclarece que em junho de 2019 submeteu-se a um tratamento indicado por seu mastologista, contendo a substância Tamoxifeno, para combater sintomas de ginecomastia bilateral que lhe causavam dores e debilitavam seus movimentos. Explica que se preparava para campeonatos importantes e o medicamento era a alternativa de tratamento para uma cirurgia que o afastaria das competições em torno de 45 dias.

Zarif testou positivo para a substância em um evento-teste na raia de Enoshima, no Japão, um mês e meio após o término de seu tratamento.

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Jorge Zarif está de posse de todos os documentos e históricos médicos que comprovam o quadro de ginecomastia bilateral, incluindo fotos, exames e recomendações de cirurgia por mais de um profissional da área médica.

Confira abaixo na íntegra, o depoimento do velejador Jorge Zarif:

“Gostaria de esclarecer o ocorrido no Japão, e ressaltar que jamais fiz uso de uma substância proibida para obter qualquer vantagem indevida. Fiz uso do Tamoxifeno para tratar de uma condição médica que estava me deixando com dor e com os movimentos limitados.

Segundo os médicos e especialistas, o uso do Tamoxifeno não me renderia vantagem na prática do meu esporte ou em treinos regulares, até porque apenas utilizei o medicamento por 20 dias no mês de junho, bem antes da competição realizada em agosto no Japão. Estou aberto a todos os esclarecimentos e de posse de todos os documentos para provar que não agi de má fé ao fazer o uso do medicamento.

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Ressalto que optei pelo uso do tamoxifeno porque a outra opção seria a cirurgia, que me obrigaria a ficar quase dois meses afastado, sem poder mexer meus braços, perto de duas competições importantes.

Sempre estive à disposição das autoridades antidopagem. Meu histórico esportivo, desde os 15 anos de idade servindo à Equipe Brasileira de Vela, demonstra isso. Por isso, de boa-fé, decidi pedir a suspensão esportiva para aguardar a decisão do caso, que já está sendo conduzido por meus advogados.”

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