Home Futebol Encostados no Vasco custam quase R$ 900 mil por mês em salários

Encostados no Vasco custam quase R$ 900 mil por mês em salários

Seis jogadores estão fora dos planos, sem futuro definido no Vasco

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.
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Com as finanças apertadas e a contratação de poucos reforços, o elenco conta com 40 jogadores, e pelo menos seis deles não estão nos planos do técnico Abel Braga. O Torcedores.com apurou que eles custam aos cofres do clube quase R$ 900 mil por mês só de salários. A situação que mais preocupa o presidente Alexandre Campello é a do meia Bruno César, que sozinho custa quase a metade desse valor.

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O Vasco não teve custos para tirar o jogador do Sporting. Afinal, Bruno César rescindiu o contrato com o clube português para assinar um vínculo de dois anos com o Gigante da Colina. Atualmente, ele recebe R$ 380 mil por mês, o que tem dificultado algumas negociações. Recentemente, o Atlético-GO, Coritiba e Sport fizeram uma consulta pelo atleta. Porém, não toparam o acerto nem se tivessem de pagar metade do valor. Bruno César não foi inscrito em nenhuma competição e tem contrato até dezembro deste ano.

O presidente Alexandre Campello tenta encontrar uma solução para rescindir os contratos antes que o problema se torne ainda maior. Essa é uma questão que também precisa ser resolvida. Afinal, mesmo que um acordo seja costurado, o Vasco teria de pagar rescisões trabalhistas. Além disso, o clube também tem pendencias financeiras com todos os jogadores encostados.

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A manutenção dos sete jogadores prejudica o clube na busca de reforços para a sequência da temporada de 2020. Além disso, o Vasco pode ter problemas mais adiante na Justiça do Trabalho. Até porque, o clube sofre com sucessivas reclamações trabalhistas. Nesse ínterim, o número de credores só tem aumentado. A lista inclui o zagueiro Anderson Martins, o volante Lenon, o atacante Manga Escobar, além de diversos ex-funcionários do clube que trabalharam na gestão Eurico Miranda.

Saiba mais sobre a situação dos jogadores que estão encostados no Vasco

Willian Maranhão

O volante foi contratado do Boavista, em 2018, emprestado ao América-MG, voltou ao clube no início do ano. Após 18 jogos pelo Vasco, renovou contrato até dezembro 2020 e passou a ganhar R$ 25 mil mensais, mesmo sendo reserva. Em dezembro, o clube tentou envolve-lo em negociações com outros clubes, mas o atleta voltou machucado de Belo Horizonte.

Ramon

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O lateral-esquerdo, que é agenciado por Carlos Leite, chegou sem custos ao Vasco após passagens pelo Besiktas e Antalyaspor, ambos da Turquia. Ele recebe cerca de R$ 120 mil. Desde a sua contratação, em junho de 2017, nunca se firmou. Ramon disputou 31 partidas e marcou dois gols. Atualmente, o jogador está entregue a preparação física após um período machucado.

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Rafael Galhardo

O lateral-direito foi contratado em janeiro de 2018, só fez 22 jogos e foi emprestado ao Grêmio no ano passado. Tem vínculo até janeiro de 2021, mas não está nos planos do técnico Abel Braga. Ele ganha R$ 90 mil por mês. O jogador recebeu sondagens no início da temporada de clubes da Grécia e Turquia, mas nenhuma delas sensibilizou o atleta. O empresário Xande Bastos, que cuida da carreira de Galhardo, disse que vem sendo procurado por alguns clubes, mas por enquanto nada de concreto.

“Chegaram algumas situações, mas nada que agradou ao Galhardo. Então estamos esperando ainda. Jogou bom jogos no Grêmio, foram mais de 20 jogos, jogou a Libertadores. Então estamos esperando alguma coisa que seja interessante. Vamos aguardar alguma coisa boa”, disse ao Torcedores.com.

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Breno

Contratado após passagem pelo São Paulo, em 2017, o zagueiro teve mais lesões do que jogos pelo Vasco. Disputou 33 partidas e fez um gol pelo clube. Tem contrato até dezembro deste ano. Treina e faz tratamento em horários diferentes do grupo. Tem a recuperação acompanhada por integrantes da comissão técnica. Ele tem salário na ordem de R$ 200 mil. Apesar de não entrar em campo desde agosto de 2018, Breno recebe normalmente seus vencimentos sem jogar pelo Vasco.

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Cláudio Winck

Revelado pelo Internacional, o sobrinho do ex-jogador do Vasco Luis Carlos Winck, nunca conseguiu se firmar em São Januário. Ele em nenhum momento conseguiu tirar a titularidade de Yago Pikachu e Raúl Cáceres em 2019. Tem contrato dezembro deste ano. Em janeiro, recebeu sondagens de clubes dos Estados Unidos e México. Porém, mas a questão financeira dificultou o acertou, uma vez que o jogador não aceitou reduzir seus vencimentos. Atualmente, Winck ganha R$ 70 mil. O lateral recebeu sondagem do Vancouver Whitecaps e do Seattle Sounders, mas as negociações não foram à frente.

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Bruno César

Dos seis jogadores encostados, é o que tem o maior salário. Bruno César, que já foi até convocado por Mano Menezes para a seleção brasileira, em 2011, não correspondeu às expectativas e terminou a temporada na reserva. Está afastado, mas tem vínculo até dezembro. Ele ganha R$ 380 mil por mês. Se não for negociado, sairá de graça no final do ano. O ex-camisa 10 é o que tem o caso mais complexo. Afinal, tem atrasados a receber, e os valores, incluindo impostos, podem superar R$ 1 milhão. A ideia da diretoria do clube é equacionar a situação antes de sair do Vasco.

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