Home Vida Saudável Coronavírus: diabéticos devem ter um cuidado especial durante a quarentena?

Coronavírus: diabéticos devem ter um cuidado especial durante a quarentena?

Devido ao sistema imunológico enfraquecido, diabéticos ficam mais suscetíveis à doença

Adriano Oliveira
Sou colaborador do Torcedores.com desde 2018, com mais de 3.600 textos publicados, porém escrevo sobre futebol há mais de 15 anos. Mas é claro que a paixão por este esporte começou bem antes disso. Hoje, aos 51 anos de idade, o futebol ainda me faz sentir a mesma coisa que eu sentia aos 10.

Nesta terça (31), o Ministério da Saúde divulgou o quadro atualizado do surto de coronavírus no Brasil. São 5.717 casos confirmados, com 201 vítimas fatais, o que representa uma taxa de letalidade de 3,5%. O novo balanço também mostra um aumento de 24% no número de casos em relação ao dia anterior e um crescimento de 26% para os óbitos.

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Dessa forma, a resposta para a pergunta do título desse artigo é, evidentemente, sim. Diabéticos pertencem aos chamados grupos de risco, assim como idosos, hipertensos e pessoas com problemas cardíacos, renais e respiratórios, além de outras doenças crônicas.

No caso dos diabéticos, o excesso do nível de glicose no sangue e maior tendência a inflamações são fatores que afetam o sistema imunológico do organismo, deixando-o mais suscetível à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

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A quantidade elevada de açúcar no sangue dificulta as ações orgânicas no combate à infecção e os processos de inflamação tornam-se mais fortes e resistentes devido à imunidade enfraquecida das pessoas com diabetes. Portanto, todos os cuidados devem e precisam ser redobrados neste período de quarentena.

Reforçar o controle da glicemia (nível de açúcar no sangue), adotar uma dieta balanceada, praticar atividade física de maneira constante e se prevenir com aplicações de vacinas contra outras infecções virais e bacterianas são cuidados imprescindíveis.

Por conta do sistema imunológico enfraquecido, a doença geralmente atinge de forma mais “silenciosa” os diabéticos, que podem não apresentar sintomas claros, sendo que o mais agudo é a dificuldade para respirar. O infectado começa a perceber a necessidade de fazer inspirações mais profundas e passa a sentir-se mais ofegante e cansado, porém o quadro pode evoluir rapidamente para uma condição severa de insuficiência respiratória.

“O excesso de açúcar causa um atordoamento do sistema imunológico. Ele altera a atividade cardiovascular e faz com que o organismo não combata ameaças”, disse ao portal “G1.com.br” o alergista Marcelo Bossois.

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“Diabéticos têm o processo inflamatório mais exacerbado e ativo, principalmente pacientes com obesidade, o que também sobrecarrega a resposta imunológica”, também declarou ao “G1” o endocrinologista João Eduardo Nunes Salles, da Sociedade Brasileira de Diabetes.

“Esses vírus não vão dar febre com intensidade nos diabéticos. A doença vai penetrar de forma mais grave e silenciosa (…) Toda vez que o paciente tem uma infecção aguda, na fase da convalescênça, com toda a atenção da imunoglobulina combatendo um agente agressor, o paciente fica mais suscetível a ter uma dupla infecção”, destacou ainda ao portal a médica infectologista Rosana Richtmann.

De modo a conter a disseminação do contágio por coronavírus e se prevenir da doença, a orientação de médicos e profissionais de saúde é pelo isolamento social, ou seja, permanecer em casa o máximo de tempo possível, sempre mantendo o ambiente ventilado e limpo, lavando as mãos constantemente e não tocar o rosto sem higienizá-las. Para os diabéticos, os cuidados devem ser redobrados e, ao sinal de sintomas mais intensos, é necessário procurar atendimento médico urgente.

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