Home Tênis Com coronavírus, tenista número 2 do Brasil é investigado pela polícia por fugir da quarentena, diz site

Com coronavírus, tenista número 2 do Brasil é investigado pela polícia por fugir da quarentena, diz site

Thiago Wild admitiu que saiu de casa, mas afirmou que manteve distância das pessoas e seguiu as recomendações médicas

Samuel de Brito
Colaborador do Torcedores.com.

O tenista brasileiro Thiago Wild está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado do Paraná, por supostamente ter quebrado a quarentena e saído de casa na cidade de Marechal Cândido Rondon, enquanto aguardava o resultado do teste para o novo coronavírus. Na última quarta-feira (25), o tenista divulgou que o resultado do exame foi positivo para Covid-19. As informações são do portal UOL Esporte.

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Thiago, número 2 do Brasil e 114 do mundo, realizou o teste ainda no Rio de Janeiro, onde mora, e depois viajou para a casa da família no Paraná, em 17 de março, antes de receber o resultado do teste.

Depois que o tenista revelou que está infectado pelo vírus, a Polícia Civil recebeu denúncias de que ele teria saído de casa e, portanto, quebrado a quarentena obrigatória. As acusações dão conta que Thiago Wild teria praticado exercícios na rua e ido a uma academia de tênis.

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O inquérito para apurar a acusação foi aberto na última quinta (26) e o atleta pode ser enquadrado no artigo 268 do Código Penal (infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa). A pena é de detenção de um mês a um ano, além de multa.

Thiago admitiu, em nota oficial, que saiu de casa, mas afirmou que sempre assegurou o distanciamento das pessoas, seguindo orientações médicas.

Confira a nota completa

“Eu, Thiago Seyboth Wild, venho através da presente nota, esclarecer alguns fatos que se tornaram alvo de mentiras, o que gerou proporções muito maiores de pessoas desocupadas, que sequer tinham qualquer conhecimento da realidade, que divulgaram inúmeros áudios no WhatsApp e em redes sociais.

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Primeiramente, quando no primeiro vídeo que postei sobre a minha situação, ao me referir que tenho levado uma “vida normal”, pretendi demonstrar que, o meu dia a dia, é como de qualquer outra pessoa em uma situação em quarentena, tomando os devidos cuidados e não expondo ninguém ao risco, diferentemente do que entenderam.

A minha vida, como atleta, tem rotinas diárias de treinamentos, resumindo-se a: acordar, me alimentar, treinar e voltar a me alimentar e novamente a treinar até o momento de repousar e iniciar tudo outra vez no dia seguinte, fato este que para mim, é uma situação normal e que apenas tem interrupções mediante torneios e férias.

Assim, quando apresentei o menor sintoma que pudesse caracterizar contágio por COVID-19, prontamente me isolei em casa e aguardei orientações médicas, isto ainda no Rio de Janeiro, dia 15/03/2020.

No dia 17/03/2020, não mais tendo a febrícula que havia apresentado (37,5°, quando o normal é entre 36,5 a 37°), em decisão conjunta com meu treinador e o médico particular que me atende no Rio de Janeiro, optei por me tratar juntamente a meus familiares, SEMPRE TOMANDO TODOS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS.

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Estando em minha cidade natal, não tive contato com qualquer outra pessoa, apenas necessitei ir ao cartório, onde foram tomados todos os cuidados necessários, tais como, utilização de álcool em gel e NENHUM CONTATO FÍSICO COM QUALQUER PESSOA.

Minhas rotinas do dia a dia passaram então a ser de alguém que possui uma vida normal no seu dia a dia de estar em casa (sem treinos), porquanto pessoas que desconhecem a realidade, não sabem o quanto é difícil o cotidiano de um atleta de alto rendimento.

Os treinos físicos e a corrida diária de 15 minutos na rua não são proibidos quando tomados os devidos cuidados e, até mesmo indicados, para que a saúde mental esteja em condições de fazer com que possa ser suportada a situação. EM NENHUM DESTES TREINOS TIVE CONTATO COM OUTRAS PESSOAS.

AINDA, O TREINO DE QUADRA SEMPRE FOI REALIZADO DE FORMA ISOLADA, NÃO HAVENDO CONTATO COM QUALQUER OUTRA PESSOA.

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Desta forma, NADA DAQUILO TUDO QUE FOI DITO POR CERTAS PESSOAS OPORTUNISTAS DE PLANTÃO EXPRESSA A REALIDADE. JAMAIS FIZ QUALQUER FESTA OU ESTIVE EM FARMÁCIA CONFORME DIVULGADO EM ÁUDIO FAKE. ASSIM TAMBÉM, É FALSA A AFIRMAÇÃO DE QUE ESTIVE ABRAÇANDO PESSOAS NA RUA OU NO REFERIDO ESTABELECIMENTO ANTERIORMENTE MENCIONADO, POIS, TENHO FEITO TODAS AS NORMAS DE CONDUTA DETERMINADAS.

Após o diagnóstico do exame, o qual ainda necessita de contraprova, mantive total isolamento, inclusive mantendo alimentação em pratos/talheres que não são misturados com os demais, coisa que já fazia antes do resultado e continuarei fazendo, por precaução e cuidado.

Ainda sim, conforme divulgou a Secretária de Saúde de Marechal Candido Rondon, Marciane Specht, PARA SER OBRIGATÓRIO O ISOLAMENTO, são precisos a partir de dois sintomas do Covid-19 como febre e um sintoma respiratório, o que não foi o meu caso.

As falácias contadas trouxeram aborrecimentos e humilhação para mim e minha família, por todas as mentiras inventadas e que jamais serão desfeitas, pois, pessoas que sequer me conhecem aumentam os comentários fakes, mas que ocorrem somente nesta cidade e não em âmbito nacional, onde ao invés de ser atacado, tenho recebido inúmeras mensagens de apoio, inclusive de pessoas que também não conheço, mas são mais esclarecidas do que estas pessoas que cuidam mais da vida alheia do que da própria.

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