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Dança das cadeiras marca gestão de José Luiz Moreira no Vasco

Dirigente contratou 12 treinadores em duas passagens como vice de futebol do Vasco

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

A era José Luiz Moreira começa nesta quinta-feira no Vasco. Em duas passagens como vice-presidente de futebol a gestão ficou marcada por dois motivos: a falta de títulos expressivos e a rotatividade de treinadores. Ele comandou o futebol do clube entre 2002 e 2008, e posteriormente teve breve passagem em 2015. Nesse ínterim, o Gigante da Colina venceu o Campeonato Carioca em 2003, 2015 e 2016 com Antônio Lopes, Doriva e Jorginho respectivamente.

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Agora, José Luiz Moreira procura o 13º comandante somando todas as passagens como dirigente do Vasco. Na última terça-feira, Abel Braga entregou o cargo após o clássico contra o Fluminense pelo Campeonato Carioca. Ele teve aproveitamento de 40,4%, com quatro vitórias, cinco empates, cinco derrotas e apenas oito gols marcados em 14 partidas. Posteriormente o presidente Alexandre Campello pediu ajuda ao Grande Benemérito para comandar o futebol do clube. Dos 12 técnicos da era Zé do Táxi, apenas um foi demitido: Celso Roth. Por outro lado, quem mais durou no cargo foi Renato Portaluppi que comandou o time entre 2005 e 2007.

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E o Torcedores.com fez um levantamento sobre o desempenho de todos os técnicos que passaram pelo Vasco.

Evaristo de Macedo (Vasco: 2002)

Evaristo de Macedo deixou o Vasco após “perder o vestiário”, como se diz na gíria do futebol, e entrar em rota de colisão com os principais jogadores do elenco. Era normal ver o treinador justificando frequentemente as derrotas colocando a culpa em medalhões como Romário, Felipe, Donizete Oliveira e Léo Lima. Foi responsável também pelas dispensas de Donizete Pantera e Alexandre Torres. Posteriormente, Evaristo entregou o cargo após ficar sem clima no clube. Enfim, ele ficou apenas seis meses no Vasco. Comandou o clube em 51 jogos e não conquistou títulos.

Antônio Lopes (Vasco: 2002 – 2003)

Antônio Lopes é o técnico mais vitorioso da história do Vasco. Foi o comandante do time nas conquistas do Brasileiro de 97, da Libertadores de 98 e do Rio-São Paulo de 99. Posteriormente voltou ao clube para conquista o Campeonato Carioca de 2003. Porém, pediu demissão após o time realizar fraca campanha no Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Lopes deixou o Vasco na 19ª colocação na competição nacional. Dessa forma, José Luiz Moreira teve de ir novamente ao mercado em busca de uma solução.

Mauro Galvão (Vasco: 2003)

Mauro Galvão, capitão do time campeão da Copa Libertadores da América de 98, treinou o Vasco interinamente até o fim do Campeonato Brasileiro. Nesse ínterim,  juntamente com Alcir Portela, o ídolo vascaíno comandou o time em 30 jogos, com oito vitórias, 10 empates e 12 derrotas. Apesar de ter livrado o Gigante da Colina do rebaixamento, o ex-zagueiro não seguiu em São Januário na temporada seguinte.

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Geninho (Vasco: 2004)

Em 2004, Geninho chegou ao Vasco com o status de ter conquistado pelo Athletico Paranaense o Campeonato Brasileiro de 2001. Porém, o treinador não teve vida fácil na Colina Histórica. Antes de mais nada, o treinador perdeu para o rival Flamengo o título do Campeonato Carioca de 2004. Além disso, o time foi eliminado pelo XV de Novembro (RS), em São Januário, na segunda fase da Copa do Brasil. Posteriormente entregou o cargo após o time sofrer goleada do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.

Joel Santana (Vasco: 2004 – 2005)

Joel Santana comandou o Vasco na reta final do Campeonato Brasileiro. Primeiramente conseguiu livrar o time do rebaixamento somente na penúltima rodada com uma vitória sobre o Athletico Paranaense em São Januário. No ano seguinte, o treinador pediu demissão após a equipe ser eliminada de maneira vexatória pelo Baraúnas nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Dário Lourenço (Vasco: 2005)

Foi contratado após comandar o Volta Redonda no Campeonato Carioca de 2005. O time da Cidade do Aço foi a grande surpresa da competição. Porém, ficcou com o vice-campeonato após perder o título para o Fluminense. No entanto, Dário Lourenço teve curta passagem por São Januário. Ele ficou apenas três meses. Em 12 jogos, foram apenas três vitórias, três empates e seis derrotas, o que levou o treinador a entregar o cargo.

Renato Portaluppi (Vasco: 2005 – 2007)

Renato Gaúcho livrou o Vasco do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2005. O treinador conduziu o time a 12ª colocação na competição. Na temporada seguinte, não conseguiu classificar o time para as semifinais das Taças Guanabara e Rio, foi vice da Copa do Brasil e ficou em sexto no Brasileirão. Em 2007, Renato pediu demissão para assumir o Fluminense onde foi campeão da Copa do Brasil.

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Celso Roth (Vasco: 2007)

Ficou apenas seis meses no Vasco. Ele pediu demissão quando o time ocupava a quarta colocação no Campeonato Brasileiro. Celso Roth comandou o time 11 partidas, vencendo cinco, empatando duas e perdendo quatro vezes. O “melhor momento” do gaúcho foi em 20 de maio, quando a equipe venceu o Sport por 3 a 1 em São Januário. O confronto ficou marcado após Romário marcar o milésimo gol da carreira.

Romário (Vasco: 2007)

O ídolo Romário foi técnico interino do Vasco num único jogo em 2007. O curioso é que o atacante acumulou a função jogador-treinador contra o América, do México, pela Copa Sul-Americana. Na ocasião, o Baixinho entrou no decorrer do segundo tempo, o clube venceu por 1 a 0, mas não conseguiu avançar de fase da competição continental.

Valdir Espinosa (Vasco: 2007)

Campeão do Mundo com o Grêmio em 1983, Valdir Espinosa comandou o Vasco na reta final do Campeonato Brasileiro. Ele conseguiu classificar o clube para a Copa Sul-Americana, com a 10ª posição no Brasileirão. No entanto, Espinosa não renovou seu contrato pata seguir comandando o time na temporada seguinte. O treinador acabou saindo por divergências com Eurico Miranda. Na época, Espinosa não ficou confortável com o convite para ser auxiliar-técnico de Romário na temporada seguinte.

Romário (Vasco: 2008)

Romário foi a grande aposta do Vasco em 2008. Ele foi efetivado na função após ser flagrado no exame antidoping na temporada anterior. O Baixinho fazia uso de um produto contra a calvice que tinha substâncias proibidas. A princípio, o ex-atacante ficaria apenas à frente do time no Campeonato Carioca. Por outro lado, Romário entregou o cargo após se sentir pressionado a escalar o atacante Alan Kardec. No total, comandou o time em oito jogos, com cinco vitórias e três derrotas.

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Alfredo Sampaio (Vasco: 2008)

Com a saída de Romário em fevereiro de 2008, Alfredo Sampaio, até então seu auxiliar, foi efetivado na função por Eurico Miranda e José Luiz Moreira. No currículo, o treinador acumula passagens por time de pequena expressão do futebol carioca como Bangu, Boavista, Cabofriense, Volta Redonda, entre outros. A passagem por São Januário durou apenas dois meses. Nesse ínterim, comandou o time em 12 jogos, com oito vitórias, um empate e três derrotas. Ele ficou marcado por derrotas nos clássicos contra Flamengo e Fluminense.

Antônio Lopes (Vasco: 2008)

Foi contratado por Eurico Miranda e José Luiz Moreira em meados de 2008. Antônio Lopes assumiu o time ainda no Campeonato Carioca. E não conseguiu classificar a equipe para as finais da Taça Rio e foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil. No Brasileiro, ficou à frente do time 18 partidas: cinco vitórias, quatro empates e nove derrotas. Mas deixou o time na 15ª colocação. Foi demitido por Roberto Dinamite e José Hamilton Mandarino em meio à guerra política que tomou conta do Vasco no final de 2008.

Doriva (Vasco: 2015)

Foi contratado com o status de ter conquistado, pelo modesto Ituano, o Campeonato Paulista de 2014. Ele venceu o Campeonato Carioca pondo fim a um jejum de 10 anos sem títulos do Vasco no Carioca. Porém, Doriva não suportou a pressão devido aos maus resultados do time no Brasileirão. Foram 33 partidas, com 15 vitórias, nove empates e nove derrotas. A passagem do treinador também ficou marcada após criar a “República de Itu” ao indicar o zagueiro Anderson Sales, o volante Jackson Caucaia e o atacante Rafael Silva, ex-jogadores do Ituano, para o Vasco.

Celso Roth (Vasco: 2015)

Assumiu o Vasco na última colocação do Campeonato Brasileiro, com apenas três pontos conquistado em oito partidas. Porém, Celso Roth não conseguiu mudar o panorama e viu o elenco acumular insucessos na competição. Com isso, a terceira passagem do treinador durou apenas dois meses. Foram 11 jogos, com três vitórias, um empate e sete derrotas. José Luiz Moreira pediu exoneração da vice-presidência de futebol imediatamente após a saída de Celso Roth.

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