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EXCLUSIVA: especialistas informam sobre atividades físicas em combate ao Coronavírus

Em tempos de quarentena contra o Coronavírus, OMS indica uma hora de exercícios para as crianças e 30 minutos para os adultos

Antonio Carlos Junior
Jornalista graduado pela UNIP e verdadeiramente apaixonado por esportes. Já escrevi sobre diversas modalidades como futebol nacional e internacional, basquete, futebol americano, automobilismo, tênis, rugby e muitas outras. Redator do Torcedores.com desde 2018, possuo mais de 1000 produções. Atuo também como comentarista de jogos do NBB no Jumper Brasil.
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No combate contra à COVID-19, é necessário – quando possível – ficar em casa. Isso não quer dizer trocar a cama pelo sofá e o sofá pela cama. Os novos tempos trazem médicos engajados. A reumatologista Juliana Garrido está intensificando o contato com seus pacientes afim de sanar dúvidas e incentivar os cuidados dentro de casa. A médica está alinhada com o posicionamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na última sexta-feira: a saúde física e mental podem ser essenciais nesse combate.

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Elo mais fraco

Para entender como se previnir, é necessário entender primeiro que o COVID-19 pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade, sexo ou cor. Diante disso, o Torcedores.com entrou em contato com a Dra Juliana Garrido, reumatologista. Em entrevista exclusiva para Camila Thomazette, a médica relata que pacientes imunossuprimidos (dentre eles: idosos, diabéticos, obesos ou pacientes com doenças pulmonares) correm maior risco de desenvolver a forma mais grave do coronavírus. Assim, quem possui imunidade mais baixa, pode sofrer mais com a pandemia. Os exercícios podem ser um ótimo aliado no combate ao vírus.

O fisioterapeuta esportivo Bruno Teodoro Diniz esclareceu: exercícios físicos não impedem a contaminação. O que eles fazem, de forma comprovada por estudos, é melhorar a nossa reserva imunológica. Bruno ressalta que as atividades devem ser feitas sim, porém, utilizando o bom senso para que sejam feitas de forma moderada. Chegamos a velha história: nada é benéfico em excesso. Assim, uma boa e moderada rotina de exercícios, pode ser uma ótima aliada na batalha contra o coronavírus.

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Usando a criatividade dentro de casa

“A primeira questão é que habitualmente quem pratica atividade física regular tem uma qualidade de vida mais saudável. Com isso, já se têm menos doenças como por exemplo diabetes e obesidade. Então, habitualmente quem pratica atividades físicas regularmente são pessoas fora do grupo de risco para a forma mais grave da doença.” explica a Dra. Juliana.  A reumatologista reuniu em um grupo de WhatsApp pacientes e interessados em informações sobre a COVID-19. Através do grupo, postou ideias de como se exercitar com itens comuns como cabo de vassoura. Subir e descer escadas também foi uma das sugestões para não ficar parado.

Saúde física e mental

O stress e a ansiedade podem atrapalhar neste momento. “Quem pratica atividade física normalmente fica menos ansioso e tem uma melhor imunidade. O stress e a ansiedade, diminuem a imunidade. Assim, quando se faz atividade física, controla-se o stress e com isso melhora-se a capacidade de defesa em relação a infecção por liberação hormonal – todos esses sistemas estão interligados (chamamos de imuno-neuro-endócrino)”, explica Dra Juliana.

A reumatologista se aprofunda ainda na relação dos exercícios com as funções cardiorespiratórias. “Outra questão é que as pessoas que fazem atividade física têm uma capacidade cardiorespiratória melhor, então teoricamente um pulmão melhor. Assim, essas pessoas podem ter uma resposta melhor durante um infecção pulmonar grave. Não dá pra dizer que a resposta é melhor em comparação à população saudável ou um jovem atleta. Agora, é lógico que se eu comparar à pessoas que tem doenças pulmonares, essa pessoa com pulmão saudável vai ter uma capacidade melhor de combate à infecção. Então basicamente os benefícios são: melhor capacidade cardiorespiratória, menor stress, melhor qualidade de vida e melhor imunidade.”

Atividades à distância

A fisioterapeuta Marilia Jardim mudou a didática de suas aulas para atender em isolamento. Com sua clínica própria na Zona Norte de São Paulo, Marilia conta que a quarentena afetou seus pacientes de fisioterapeuta pois não encontrou uma forma de fazer os atendimentos com a clínica fechada. Já para os alunos de pilates, houve salvação. Para não prejudicar os alunos e incentivar os exercícios em casa, Marilia mudou a dinâmica das aulas. O WhatsApp, que já era ferramenta de agendamento, ganhou uma nova função. Em chamada de vídeo com até quatro alunos por vez, Marilia continua ministrando as aulas de pilates (com autorização da Crefito).

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