Home Opinião Iberê Riveras: O drama da Ponte, e um dérbi pra lá de nervoso

Iberê Riveras: O drama da Ponte, e um dérbi pra lá de nervoso

Às vésperas do dérbi 196, o clube mais antigo do estado de SP enfrenta uma das piores crises de sua história; Guarani não vence o rival há 8 anos

Iberê Riveras
Colaborador e colunista do Torcedores.com.

Quando Thonny Anderson cruzou da esquerda e Ytalo, de cabeça, fez o segundo gol do Red Bull Bragantino no Moisés Lucarelli, na última segunda-feira (9), a reação da torcida ponte-pretana foi imediata: no lugar do já aflito apoio, o desespero. Enquanto o time de Bragança Paulista comemorava aquele que seria o gol da vitória – a partida acabou 2 a 1 –, era possível ver no semblante dos jogadores do time campineiro um abatimento medonho. “Time sem-vergonha” começou a entoar parte dos presentes. A possibilidade de rebaixamento para a 2ª divisão do Campeonato Paulista, pela 4ª vez na história, tornou-se real.

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Guarani x Ponte Preta será na segunda-feira (16), às 20h, no Brinco de Ouro (com portões fechados em virtude do coronavírus)

Somente quem já morou em Campinas sabe o que significa o futebol na cidade. A rivalidade entre Ponte Preta e Guarani vai muito além do aspecto esportivo. Nem mesmo o fantástico Gre-Nal, com o Tricolor predominantemente elitista e o Colorado mais popular, escancara uma divisão de classes tão acentuada. Por circunstâncias históricas, relacionadas ao período da exploração do café, no início do século XX, o ‘miolo’ de Campinas – geograficamente falando – é rico, conservador e branco, enquanto o entorno periférico é pobre, excluído e negro – salvo exceções, é claro. O Guarani representa a primeira categoria – turbinada pelo título do Campeonato Brasileiro de 1978 –, ao mesmo tempo que a Ponte Preta simboliza a segunda classe. Na Macaca (apelido motivado pelo preconceito racial sofrido pelos seus seguidores), que nunca conquistou um título relevante em seus 120 anos de histórias – foi sete vezes vice-campeã paulista –, absolutamente tudo é sofrido, suado: uma das mais fiéis representações da camada menos abastada da sociedade. A história da Ponte Preta é linda, comovente, e será retratada outras vezes neste espaço.

Há, no entanto, um fator que afeta igualmente os dois clubes, que viveram o auge nas décadas de 70 e 80: a dificuldade de manter seus jogadores, fenômeno que se agravou neste século. Por serem clubes ‘de camisa’, conhecidos nacionalmente, mas não terem o mesmo apelo e estrutura dos gigantes das capitais, Ponte Preta e Guarani são vitrines perfeitas para os mais ricos capturarem aqueles que se destacam. A dupla campineira é um intermediário perfeito para jogadores talentosos saírem do anonimato e se candidatarem a jogar num grande centro, ideia compartilhada pelos empresários. A cada boa temporada, parte dos elencos é esfacelada sem piedade, numa clara demonstração da política predatória que esmaga o futebol na atualidade. Confeccionar novos plantéis a cada ano, ou semestre, é um trabalho delicado e que, definitivamente, não tem conseguido ser feito por Ponte e Guarani. Antes, eles se enfrentavam na Série A do Brasileirão. Hoje, é na Série B, e olhe lá.

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2019 – A temporada passada da Ponte Preta foi muito ruim e uma renovada no plantel se fazia necessária, de fato. Gilson Kleina, que voltou ao clube no começo do 2º turno da Série B, foi mantido pelo presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, que em novembro formou um colegiado para tocar o futebol. Foram eles os responsáveis pela formatação do atual elenco.

O jornalista Elias Aredes, do site Só Derbi e coordenador de esportes da Rádio Brasil de Campinas, ajuda a compreender o momento. “Muitas contratações foram bem recomendadas: o Safira, o João Paulo, o Wellington Carvalho, o Alison, os dois zagueiros. Mas a Ponte cometeu uma série de erros que desaguaram nesta situação. Primeiro: a Ponte não tem uma estrutura azeitada, o centro de treinamento dela é muito defasado em relação aos clubes médios do futebol brasileiro. O CT do Mirassol, por exemplo, dá de 20 a 0 no da Ponte. Segundo: a manutenção do Gilson Kleina, com o agravante de ter sido assinado um contrato apenas até abril, sendo que a prioridade era a Série B do Brasileiro [disputada de maio a novembro]. Não faz sentido. Outro detalhe mostra como a filosofia está atrasada: a ausência de um psicólogo do esporte; um profissional que faça um trabalho de maneira pormenorizada, detalhada, que trace o perfil do jogador, detecte as suas reações emocionais e acesse, de forma antecipada, como ele vai reagir à pressão, às características do clube. A pressão aqui é muito forte, não é qualquer jogador que está preparado.”

Como não poderia deixar de ser, a política interna do clube contribui, e muito, para os maus resultados dentro de campo. Para compreendê-la melhor, é preciso voltar ao ano de 1995, quando a Ponte Preta amargou dois rebaixamentos (para a Série C do Brasileiro e para a A2 do Paulista) e viu crescer um controverso personagem que está fortemente ligado ao clube até hoje: o empresário Sérgio Carnielli. Mergulhada em dívidas, a Ponte chegou ao ponto de ter um sofá penhorado e a conviver com ratos em seu refeitório. Carnielli assumiu o cargo de presidente interino em 96 e, após a renúncia do então presidente Nivaldo Baldo, foi eleito para o seu primeiro mandato em janeiro de 97. Saneando as contas do clube – inclusive com recursos próprios –, iniciou um ciclo altamente positivo que durou até meados de 2002.

1997 – 1º acesso à Série A do Brasileiro
1999 – 3º acesso à Série A1 do Paulista
2001 – Semifinal do Paulistão – perdeu para o Botafogo de Ribeirão
2001 – Jogadores como Mineiro e Washington convocados para a Seleção Brasileira

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“Foi o período em que a Ponte deu um ‘boom’, o objetivo dele era fazer da Ponte campeã”, explica Carlão de Freitas, comentarista da Rádio CBN Campinas. “Não chegou às finais de campeonatos brasileiros, mas montou bons times e obteve feitos, como a quebra do tabu contra o Guarani [14 jogos, entre maio de 87 e outubro de 2002].”

A grande fase acabaria em 2003, quando o empresário teve o seu nome envolvido na CPI do Banestado. Seus bens foram bloqueados e a Ponte Preta, por tabela, entrou em crise. Carnielli seguiu como presidente, mas o seu vice Marco Antônio Eberlim foi quem passou a tocar o dia-a-dia. Após desvencilhar-se da denúncia – nunca foi condenado –, Carnielli retomou a sua cadeira principal no Majestoso – apelido do estádio Moisés Lucarelli – e foi acumulando reeleições, mesmo sem os bons resultados do final dos 90 e início dos 2000.

2003 – Ano em que Abel Braga foi o técnico e até salário de jogador ajudou a pagar
2006 – 1º rebaixamento na ‘Era Carnielli’ – para a Série B do Brasileiro
2006 – Rompimento de Carnielli com Marco Antonio Eberlim
2008 – Vice-campeã paulista – derrotada pelo Palmeiras
2011 – 2º acesso à Série A do Brasileiro

Em 2011, um fato importante: a chapa encabeçada por Sérgio Carnielli mais uma vez venceu as eleições, porém, uma liminar que o acusava de ter descumprido a Lei Pelé ao ter contratado uma auditoria que tinha entre seus membros um suplente de diretor, o impediu de tomar posse. Em seu lugar, assumiu o vice Márcio Della Volpe. O imbróglio político foi parar na Justiça.

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2013 – Vice-campeã da Copa Sul-Americana – derrotada pelo Lanús (ARG)
2013 – 2º rebaixamento para a Série B do Brasileiro
2013 – Rompimento de Carnielli com Márcio Della Volpe
2013 – Primeira sentença sobre a cassação de direitos políticos de Carnielli (desfavorável)
2014 – Braço direito de Carnielli, Vanderlei Pereira assume a presidência
2014 – 3º acesso à Série A do Brasileiro
2015 – Sai a sentença definitiva e Carnielli perde os direitos políticos pelo período de 5 anos

2015 – Carnielli é nomeado ‘presidente de honra’; na prática, nunca deixou de atuar nos bastidores
2017 – Vice-campeã paulista – derrotada pelo Corinthians
2017 – 3º rebaixamento para a Série B do Brasileiro
2018 – Apoiado por Carnielli, José Armando Abdalla Júnior assume a presidência
2018 – Rompimento de Carnielli com Abdalla Júnior
2019 – Renúncia de Abdalla Júnior
2019 – Sebastião Arcando, da chapa de Carnielli, assume a presidência
2020 – Fim da suspensão de Carnielli, que poderá concorrer às eleições em 2021

“Toda essa disputa diretiva que envolveu a Ponte Preta nos últimos anos, notadamente em 2019, em que atos de corrupção foram indicados nos bastidores, acaba se refletindo dentro de campo”, aponta Carlão de Freitas. “É a soma de tudo: o modo patronal com que Carnielli administrava, depois a sua própria ausência, a entrada de diretores que não conhecem o clube, tudo isso acabou afetando o lado financeiro. Na hora de contratar, você não tem caixa e, com o dinheiro escasso, contrata jogadores de uma terceira linha. Acaba refletindo numa campanha horrorosa, fracassada, como esta do Campeonato Paulista de 2020.”

O detalhe é que, oficialmente, a Ponte Preta deve R$ 100 milhões a Sérgio Carnielli, que segue apostando suas fichas na construção de um novo estádio para a Ponte. O ‘acerto de contas’ seria facilitado com a venda do terreno onde se situa o estádio Moisés Lucarelli. Há um mês, o Conselho Deliberativo iniciou o debate para transformar o atual modelo de gestão em clube-empresa.


Há mais de 30 anos ligado ao clube, Sérgio Carnielli divide os torcedores ponte-pretanos | Foto: Arquivo/AA Ponte Preta

A CAMPANHA
O Paulistão é um campeonato traiçoeiro em termos de rebaixamento. Seu formato esdrúxulo permite discrepâncias incompatíveis com o atual estágio do futebol paulista. Cada uma das 16 equipes disputam 12 jogos na 1ª fase. Desta forma, os adversários de um clube não são os mesmos do outro, o que fere qualquer princípio de igualdade.

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Todos os clubes enfrentam três dos quatro gigantes do estado. A Ponte venceu o Corinthians (2 x 1 em casa), e perdeu de Palmeiras (0 x 1 em casa) e São Paulo (1 x 2 fora) – o Santos, no mesmo grupo da Ponte, não será adversário, pelo menos nesta fase.

Os outros nove adversários (de 11 possíveis) foram escolhidos de maneira aleatória, no sorteio dos grupos. A Ponte perdeu em casa de Santo André (2 x 3) e Bragantino (1 x 2) e fora de Inter de Limeira (1 x 2) e Ituano (0 x 1). Empatou em casa contra a Ferroviária (1 x 1). Venceu apenas o Botafogo em Ribeirão Preto (1 x 0). Falta jogar contra Guarani e Mirassol (fora) e Novorizontino (casa). A Ponte não irá enfrentar dois clubes dos clubes de pior campanha, concorrentes diretos contra o rebaixamento: Oeste e Água Santa.

Com Gilson Kleina no comando, a Macaca estreou perdendo para o Santo André, mas recuperou-se vencendo o Botafogo. A vitória contra o Corinthians deu pinta de campanha boa, mas o time não voltou a vencer nas seis partidas seguintes. Vieram as derrotas para Inter de Limeira, Palmeiras e Ituano e o empate contra a Ferroviária, que derrubou o apático Gilson Kleina. O ex-goleiro João Brigatti comandou o time nas derrotas para São Paulo e Red Bull Bragantino. Depois do dérbi contra o Guarani, no Brinco de Ouro, a Ponte recebe o Novorizontino – único invicto da competição – e vai a Mirassol, enfrentar outra pedreira.

OS REBAIXAMENTOS
1960 – Para a 2ª divisão do Campeonato Paulista (ficou 9 anos)
1987 – Para a 2ª divisão do Campeonato Paulista (ficou 2 anos)
1995 – Para a 2ª divisão do Campeonato Paulista (ficou 4 anos)
1995 – Para a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro (cancelado graças à exclusão do Barra do Garças-MT)
2006 – Para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro (ficou 2 anos)
2013 – Para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro (ficou 1 ano)
2017 – Para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro (está há 2 anos)

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O DÉRBI
Ponte Preta 66 x 64 Guarani, além de 64 empates*
*O primeiro dérbi da história, ocorrido em 24 de março de 1912, é o único sem o resultado conhecido

1912 a 1948 (58 jogos) – Era ‘Campeonato Campineiro’
1948 a 1951 (10 jogos) – Era ‘Campeonato Paulista – 2ª divisão’
1951 a 1976 (58 jogos) – Era ‘Campeonato Paulista – 1ª divisão‘
1976 a 2009 (57 jogos) – Era ‘Campeonato Brasileiro – 1ª divisão’
2009 a 2020 (12 jogos) – Era ‘Campeonato Brasileiro – 2ª divisão’Neste século, foram 25 dérbis: PON 10 x 6 GUA – 9 empates

No século XXI
2001 – GUA/empate
2002 – empate/PON
2003 – GUA/GUA/PON
2004 – PON/empate
2005 – empate
2006 – empate
2008 – PON
2009 – empate/GUA/GUA
2011 – PON/PON
2012 – empate/GUA
2013 – PON
2018 – PON/empate
2019 – PON/PON/empate

Carlão de Freitas: “É uma rivalidade maravilhosa, um negócio maluco. Torcedor fica doido, uma semana antes o cara não trabalha mais, só pensa nisso.”

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Ao final da partida de quinta-feira (12), contra o Afogados da Ingazeira, pela Copa do Brasil, a torcida da Ponte cantou:

“Olelê
Olalá
O dérbi vem aí
O bicho vai pegar!”

Vai mesmo. Que venha o dérbi 196!

A bola do Paulistão é feita de PET reciclada. Se liga na S11

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COPA DO BRASIL
A Ponte Preta passou fácil pelo Afogados da Ingazeira no jogo de ida da 3ª fase: 3 a 0, no Moisés Lucarelli. Na semana que vem, vai ao interior pernambucano em busca da confirmação da vaga para a 4ª fase, quando dez clubes disputarão as cinco vagas restantes para as quartas-de-final. A Macaca pode ter pela frente Ceará ou Vitória.
A Ferroviária não passou de um empate por 0 a 0 contra o América-MG, na Fonte Luminosa. Agora, terá de arrancar um bom resultado no Horto, casa do Coelho. Vasco da Gama ou Goiás está na rota desta dupla para a 4ª fase.
Os cinco heróicos sobreviventes, que terão derrubado 75 concorrentes, se juntarão a Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Santos, Athletico-PR, Corinthians, Internacional, São Paulo, Fortaleza Cuiabá e Red Bull Bragantino para a disputa das oitavas de final.

CAMPEONATO BRASILEIRO – Confira os primeiros jogos dos clubes do interior paulista nas quatro séries:

SÉRIE A
Red Bull Bragantino: Santos (F), Botafogo (C), Bahia (F), Fluminense (C), Coritiba (C)

SÉRIE B
Guarani: CSA (F), Cruzeiro (C), Botafogo-SP (F), Paraná (C), Chapecoense (F)
Ponte Preta: América-MG (C), Brasil-RS (F), Vitória (C), Oeste (F), CSA (C)
Botafogo-SP: Cruzeiro (F), Confiança-SE (C), Guarani (C), Avaí (F), Figueirense (C)

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SÉRIE C
São Bento: São José-RS (F), Brusque-SC (C), Criciúma-SC (F), Ypiranga-RS (C), Londrina-PR (F)
Ituano: Tombense-MG (C), Volta Redonda-RJ (F), Londrina-PR (C), Brusque-SC (F), São José-RS (C)

SÉRIE D
Novorizontino: Joinville-SC (F), Pelotas-RS (C), Tubarão-SC (C), Marcílio Dias-SC (F), São Caetano-SP (F)
Mirassol: Bangu-RJ (C), Cabofriense-RJ (F), Toledo-PR (C), Cascavel-PR (F), Ferroviária (C)
Ferroviária: Nacional-PR (F), Portuguesa-RJ (C), Cascavel-PR (C), Toledo-PR (F), Mirassol (F)

CAMPEONATO PAULISTA A1 – Clique aqui para ver a tabela detalhada
Dos 16 participantes, nove são do interior: Botafogo, Ferroviária, Guarani, Inter de Limeira, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Ponte Preta e Red Bull Bragantino. Corinthians, Palmeiras, São Paulo (capital), Santos (litoral), Santo André e Oeste (Grande São Paulo) completam a lista.

CAMPEONATO PAULISTA A2 – Clique aqui para ver a tabela detalhada
Dos 16 participantes, dez são do interior: XV de Piracicaba, Taubaté, Atibaia, Monte Azul, Penapolense, Red Bull Brasil, Sertãozinho, São Bento, Rio Claro e Votuporanguense. Portuguesa e Juventus (capital), Portuguesa Santista (litoral), São Bernardo FC, São Caetano e Osasco Audax completam a lista.

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CAMPEONATO PAULISTA A3 – Clique aqui para ver a tabela detalhada
Dos 16 participantes, 13 são do interior: Batatais, Barretos, Capivariano, Comercial, Desportivo Brasil, Linense, Marília, Noroeste, Olímpia, Paulista, Primavera, Rio Preto e Velo Clube. Nacional (capital), EC São Bernardo e Grêmio Osasco (Grande São Paulo) completam a lista.

CAMPEONATO PAULISTA DA 4ª DIVISÃO – Clique aqui para ver a tabela com os 42 clubes participantes e aqui para acessar o regulamento da competição.

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