Home Futebol Ronaldinho, Bruno Henrique e Luxemburgo: relembre outros boleiros descobertos por uso de documentos falsos

Ronaldinho, Bruno Henrique e Luxemburgo: relembre outros boleiros descobertos por uso de documentos falsos

Ronaldinho Gaúcho está detido no Paraguai

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Ronaldinho Gaúcho está sendo investigado pela polícia paraguaia por uso de documentos falsos. Além dele, Roberto Assis, irmão e empresário do craque, também na mira do Governo do Paraguai. Dessa forma, eles estão presos desde a última quarta-feira em Assunção onde foram promover uma clínica de futebol para crianças e o lançamento de um livro.

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Ronaldinho e Roberto Assis estão detidos na Agrupação Especializada de Assunção. O local é conhecido por abrigar criminosos de todo tipo de periculosidade: de narcotraficantes, sequestradores, integrantes do Primeiro Comando da Capital e do Comando Vermelho, além de políticos detidos por enriquecimento ilícito.

Apesar de ter pendurado as chuteiras após passagem sem brilho pelo Fluminense em 2015, Ronaldinho Gaúcho ainda é muito popular entre os torcedores do mundo todo. Ele, inclusive, tem recebido diversas manifestações de apoio de fãs e celebridades do esporte como Diego Armando Maradona mesmo estando preso.

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Além de Ronaldinho, na lista elaborada pelo Torcedores.com aparecem 11 jogadores e um treinador que atualmente comanda um time da Série A do Campeonato Brasileiro. Confira abaixo os nomes:

Bruno Henrique

No final de fevereiro, Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro. Ele apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo que não consta no sistema do Detran do Rio. A princípio, uma perícia está sendo realizada para saber se o documento é falso ou se houve um erro no banco de dados do departamento. A investigação está em curso. Caso seja comprovado o crime, ele pode ser indiciado por uso de documento falso. De acordo com o código penal, o craque pode ficar até seis anos preso.

Sandro Hiroshi

Fez com que o São Paulo perdesse quatro pontos no Campeonato Brasileiro de 1999. A transferência dele do Rio Branco para o clube do Morumbi estava irregular. Ele tinha o passe vinculado ao Tocantinópolis. Posteriormente, descobriu-se durante as investigações que o atacante também havia adulterado a idade para poder assinar contrato com o time de Americana. Logo depois, foi suspenso pela CBF. Porém, voltou a jogar em meados de 2000.

Rodrigo Gral

O atacante alterou a data de nascimento para ingressar nas divisões de base do Grêmio. A falsificação teria ocorrido em 1995. Porém, ele foi descoberto somente em 2000. Anteriormente, Rodrigo Gral conseguiu até disputar a Copa do Mundo Sub-20 pela Seleção Brasileira mesmo portando um documento falso. Porém, o jogador nunca foi punido pelas autoridades.

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Emerson Sheik

Campeão Mundial e da Copa Libertadores da América pelo Corinthians, Emerson Sheik na verdade se chama Márcio Passos de Albuquerque. O nome Emerson surgiu justamente da adulteração de documentos para reduzir em três anos a sua idade verdadeira. O crime foi descoberto pela Policia Federal somente em 2006. Na época, o ex-jogador tentava embarcar juntamente com seu empresário para os Emirados Árabes. Ele nunca foi preso pelas autoridades brasileiras. No entanto, teve de pagar R$ 70 mil em multa, além de prestar serviços comunitários por 18 meses.

Carlos Alberto

Revelado pelo Botafogo, Carlos Alberto tinha certidão de nascimento falsa. Ele diminuiu em cinco anos a idade e o documento também apontava que ele nasceu em São Matheus. Porém, a cidade não existe no estado do Rio de Janeiro. Com isso, o ex-volante perdeu a oportunidade de atuar pelo São Paulo em 2006. Apesar do problema, Carlos Alberto não foi preso por uso de documentos faltos. Por outro lado, na sequência da sua carreira conseguiu uma transferência para o Corinthians.

Elkeson

Atualmente no Guangzhou Evergrande, da China, Elkeson também teve problemas com documentos falsos no início da carreira. Nesse ínterim, ele alterou a documentação para jogar nas divisões de base do Vitória (BA). Nascido em 1989, ele apresentou uma certidão de nascimento registrada em 1991. Porém, Elkeson não foi punido e seguiu normalmente a sua carreira. Posteriormente, o jogador foi negociado com o Botafogo. Recentemente, Elkeson conseguiu a cidadania chinesa, e tem chance de disputar a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Leandro Lima

Cria do Grêmio, Leandro Lima adulterou sua certidão de nascimento e ficou dois anos mais “jovem”. Com isso, o jogador ficou apto para defender Seleção Brasileira no Mundial Sub-20, em 2007. Posteriormente, ainda sem ser descoberto, foi atuar no Porto. Ele dizia ter nascido em 1987. Porém, ele é do ano de 1985. O nome verdadeiro é George Leandro Abreu de Lima, enquanto o falso era Luis Leandro Abreu de Lima.

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Eriberto

Eriberto, como era conhecido no mundo futebol, foi descoberto em 2010. Ele foi condenado pela justiça a pagar R$ 100 mil de indenização a um ex-vizinho. Revelado pelo Palmeiras, o jogador fez carreira no futebol italiano onde defendeu o Chievo, Internazionale e o Parma. Luciano Siqueira de Oliveira foi acusado de usar indevidamente, pelo período de seis anos, o nome de Eriberto da Conceição Silva.

Maxwell

Revelado pelo Flamengo, foi campeão brasileiro ao lado de Bruno, Petkovic e Adriano Imperado em 2009, mas com o nome de Jorbison. O lateral-esquerdo tinha dois anos a menos do que o real. Ele confessou o crime três anos depois antes de se transferir para o Duque de Caxias. Além da data de nascimento adulterada, o jogador trocou o nome de Maxwell Batista da Silva para Jorbison Reis dos Santos.

Clayton

Natural de São Luiz, no Maranhão, Clayton, obteve a cidadania tunisiana. Além disso, ele também adulterou a idade original reduzindo para dois anos. Com isso, teria facilidade para ocultar o início de carreira. O lateral-esquerdo nasceu em 21 de março de 1974. Porém, o documento original tinha a data de 21 de julho de 1971. Posteriormente, o jogador foi atuar na Tunísia. Nesse ínterim, disputou as Copas de 1998 e 2002. No entanto, jamais foi punido pela Fifa.

Vanderlei Luxemburgo

Em 2000, foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de falsidade ideológica. Wanderley Luxemburgo, como era conhecido, admitiu em entrevista à “Folha de S.Paulo” que adulterou a idade para poder atuar pela base da Seleção Brasileira. Como jogador tinha um documento com data de nascimento em 10 de maio de 1952. Porém, ele usava uma identificação como treinador com data de 1955. A confusão surgiu quando Luxemburgo comandou o time do Brasil. Posteriormente foi demitido pela CBF.

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