Home Esportes Olímpicos 8 atletas que se tornaram símbolos da luta contra o racismo

8 atletas que se tornaram símbolos da luta contra o racismo

O racismo está em todo o lugar e o esporte é prova disso

Carlos Alberto Jr
Colaborador do Torcedores.com.

Há 52 anos era assassinado o pastor americano que fez da palavra sua arma contra o racismo e emocionou o mundo com seus discursos. Sua mensagem reverbera até hoje, em todas as camadas da sociedade. E como lembrança desse martir, o Torcedores.com relembra atletas negros que superaram o preconceito e levantaram a bandeira contra o racismo. Relembre:

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Tommie Smith e John Carlos

Tommie Smith ergue o braço direito, o punho cerrado. John Carlos, atrás dele, levanta o esquerdo. Ambos vestem luvas negras e inclinam levemente a cabeça para baixo. Apenas de meias pretas, os dois atletas dos Estados Unidos ouvem em silêncio a execução do hino de seu país.

O gesto consagrado pelo movimento dos Panteras Negras, grupo que combatia a discriminação racial nos Estados Unidos na década de 60, ficou marcado na história olímpica durante os Jogos de 1968, no México.

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Tommie Smith e John Carlos, atletas dos 200 metros rasos dos Estados Unidos, ficaram, respectivamente, com as medalhas de ouro e bronze da prova naquela edição. A cerimônia de premiação corria normalmente até que ambos usaram o gesto como forma de protesto durante a execução do hino nacional.

Jesse Owens

Um dos maiores atletas de todos os tempos, Jesse Owens entrou para a história ao conquistar quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Alemanha. Naquele período, o país europeu vivia regime nazista comandado por Adolf Hitler, mas Owens pouco se importou com a situação e, de maneira espetacular, trinfou na disputa dos 100m, 200m, 4×100 e salto em distância.

Muhammad Ali

O lendário boxeador Muhammad Ali foi um dos expoentes da luta contra o racismo nos Estados Unidos. Em 1967, Ali se recusou a fazer parte do exército norte-americano que iria para a Guerra do Vietnã e, posteriormente, justificou sua escolha: “não vou percorrer 10 mil quilômetros para ajudar a assassinar um país pobre simplesmente para dar continuidade à dominação dos brancos sobre os escravos negros”.

Reinaldo

Ídolo histórico do Atlético-MG, Reinaldo fez do punho direito cerrado para o alto a sua grande marca na hora de comemorar os gols que fazia. O gesto era a marca dos Panteras Negras e que foi eternizado nos 1968 Jogos Olímpicos de 1968 por Tommie Smith e John Carlos.

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Thierry Henry

Em 2005, o francês Thierry Henry, em parceria com a Nike, lançou um modelo de pulseira contra o racismo. Com tiras em preto e branco que se entrelaçavam, o objeto continha os dizeres “Stand up! Speak up”, algo como “Levantem-se! Protestem”. A pulseira não só fez enorme sucesso entre os jogadores de futebol, mas também entre pessoas comuns nas ruas.

Rafaela Silva

Em 2012, a judoca Rafaela Silva foi desclassificada durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres por uma pegada de perna ilegal na luta contra a húngara Hedvig Karakas. Pelo twitter, a atleta carioca, então com 20 anos de idade, foi vítima de diversos xingamentos, como “macaca”. Quatro anos depois, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, deu a volta por cima, conquistou a medalha de ouro da categoria até 57kg e desabafou: “o macaco que tinha que estar na jaula em Londres hoje é campeão olímpico em casa”.

Kobe Bryant

Dono de uma das mais brilhantes carreiras da história do basquete, Kobe Bryant levantou a bandeira contra o racismo em algumas oportunidades durante sua carreira. Em 2014, ao estourar o escândalo de comentários preconceituosos feitos por Donald Sterling, então dono do Los Angeles Clippers, o atleta, principal estrela do Los Angeles Lakers na época, lamentou a existência de “pessoas que continuam promovendo tal ignorância”.


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