Home Futebol Ídolos que se tornaram técnicos: Ramon Menezes tenta reescrever a história no Vasco

Ídolos que se tornaram técnicos: Ramon Menezes tenta reescrever a história no Vasco

Ramon Menezes foi contratado para substituir Abel Braga no Vasco

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

A torcida do Vasco está se preparando para voltar a gritar o nome de Ramon Menezes em São Januário. Só que ele não estará em campo usando a camisa número 11, dando passes milimétricos e nem cobrando faltas. Para vê-lo em ação, será preciso olhar onde pouco ficou na trajetória vitoriosa no clube: o banco de reservas.

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A princípio, o contrato de Ramon será até dezembro deste ano. Se não atingir as metas, ele pode deixar o clube sem multa rescisória. De acordo com a diretoria, o ex-jogador exigiu que fossem retiradas cláusulas que pudessem prejudicar financeiramente o clube no futuro. Por outro lado, se o técnico atingir ou até superar as expectativas, terá bonificações e aumentos.

Considerado um dos maiores jogadores da história do Vasco, Ramon Menezes teve incentivadores dentro de São Januário para aceitar o novo desafio da carreira. No ano passado, ele foi contratado pelo presidente Alexandre Campello para ser auxiliar-técnico fixo do clube. Nesse ínterim, o ex-meia trabalhou com Alberto Valentim, Vanderlei Luxemburgo e Abel Braga.

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Após a saída de Abelão do Vasco, Ramon conversou com Alexandre Campello sobre suas ideias e conceitos de futebol. Ele, inclusive, valorizou a experiência que havia adquirido e expôs como gostaria de colaborar na reconstrução do clube para a sequência da temporada de 2020. Posteriormente o presidente confidenciou para alguns dirigentes que ficou bem impressionado. Com isso, o dirigente desistiu de contratar técnicos com mais rodagem para apostar em Ramon.

Ramon Menezes defendeu o Vasco em três oportunidades entre 1996 e 2006. Nesse ínterim, foram 154 jogos e 49 gols. Além disso, ele conquistou a Copa Libertadores da América (1998), Campeonato Brasileiro (1997), Torneio Rio-São Paulo (1999) e o Campeonato Carioca (1998).

Como técnico, ele vai comandar o Vasco em quatro frentes: Copa Sul-Americana, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e no Campeonato Carioca. Sua estreia em jogos oficiais será no Estadual, contra o Macaé, em São Januário, pela 4ª rodada da Taça Rio. Porém, a partida não tem previsão de ser realizada devido a pandemia do novo coronavírus.

Antes de mais nada, vale lembrar que Ramon Menezes não é o primeiro ex-jogador a ter o privilégio de comandar o Vasco. Antes dele, vários profissionais com profunda identificação com a torcida desempenharam a função. Por outro lado, poucos conseguiram levantar um caneco. E o Torcedores.com relacionou todos os ex-jogadores que comandaram o Vasco nos últimos anos.

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Confira os antecessores de Ramon Menezes no Vasco:

Abel Braga

O ex-zagueiro teve duas breves passagens pelo Vasco. Em 2000, ele trocou o clube pelo Olympique de Marselha, da França, durante a disputa do Campeonato Carioca. Voltou São Januário nesta temporada, foi demitido após três meses, com 14 jogos, quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas.

Valdir Bigode

Tricampeão Carioca (1992, 1993 e 1994), Valdir Bigode foi auxiliar técnico permanente do Vasco entre 2015 e 2018. Comandou interinamente o time em seis oportunidades. Foram três vitórias e três empates. Foi demitido por Alexandre Campello em dezembro de 2018. Posteriormente comandou a Cabofriense (RJ) e o Vitória (ES).

Jorginho

O ex-lateral foi campeão da Copa Mercosul e Brasileiro pelo Vasco em 2000. Comandou o time em duas oportunidades. Em 2015, ele reconduziu o clube a Série A do Campeonato Brasileiro. Três anos depois, sua passagem por São Januário durou apenas 10 jogos. Foram quatro vitórias, um empate e cinco derrotas.

Joel Santana

O ex-zagueiro foi Campeão Brasileiro pelo Vasco em 1974. Após pendurar as chuteiras, comandou o time em cinco oportunidades. Venceu a Copa Mercosul (2000), o Campeonato Brasileiro (2000) e o Campeonato Carioca (1992 e 1993). É considerado um dos maiores treinadores da história do clube.

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Gaúcho

Foi técnico do time Sub-20 do Vasco durante a gestão Roberto Dinamite. Foi acionado pelo ex-presidente para o comandar o time em quatro oportunidades. Ele substituiu Vágner Mancini, Paulo César Gusmão, Cristóvão Borges e Marcelo Oliveira.Campeão Brasileiro em 1974, o ex-zagueiro nunca conseguiu ter uma grande oportunidade para comandar o clube de São Januário.

Paulo César Gusmão

Revelado pelo Vasco, o ex-goleiro foi reserva de Acácio entre 1982 e 1988. Integrou o elenco na conquista do Bicampeonato Carioca 1987/1988. Posteriormente teve breve passagem como técnico do clube. Após três derrotas em três jogos para Resende, Nova Iguaçu e Boavista Estadual de 2011, foi demitido por Roberto Dinamite.

Tita

Foi o primeiro técnico da era Roberto Dinamite no Vasco. Campeão Brasileiro em 1989, o treinador deixou o clube após disputar nove partidas. Foram três vitórias, um empate e cinco derrotas. Ele assumiu a equipe após a demissão de Antônio Lopes. O ex-jogador foi um dos símbolos do primeiro rebaixamento do Gigante da Colina no Brasileirão.

Romário

O Baixinho comandou interinamente o Vasco entre 2007 e 2008. Nesse ínterim, dividiu-se nas funções de jogadores e treinador. Foram 15 gols em 19 partidas antes de ser suspenso por doping. Ficou à beira do campo no Campeonato Carioca de 2008. Porém, Romário entregou o cargo após o time acumular maus resultados na competição.

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Mauro Galvão

Capitão do Vasco nas conquistas da Copa Libertadores da América em 1998 e Campeonato Brasileiro em 1997, Mauro Galvão comandou o time em 2003. Foi acionado por Eurico Miranda para substituir Antônio Lopes. No Brasileirão daquele ano, ele ficou à frente do time em 30 oportunidades, com oito vitórias, 10 empates e 12 derrotas.

Alcir Portela

Campeão Brasileiro em 1974, Alcir Portela defendeu o Vasco entre 1963 e 1975. Nesse ínterim, foi capitão por 12 anos seguidos e jamais foi expulso em campo. Após se aposentar, o ex-volante foi coordenador técnico das divisões de base do clube. Nesse ínterim, comandou diversas vezes o time interinamente. A última vez que Alcir ficou à beira do campo foi no Campeonato Carioca de 2001.

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