Home Futebol De Lanzini a Michael Jackson: Por onde andam 11 ex-jogadores do Fluminense?

De Lanzini a Michael Jackson: Por onde andam 11 ex-jogadores do Fluminense?

Relembre alguns jogadores que passaram pelo Fluminense nesta década

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

O Fluminense fechou cinco contratações até o momento para a temporada de 2020. Alguns nomes são bem conhecidos do torcedor, como Egídio, Hudson e Henrique. Por outro lado, a diretoria também decidiu buscar nos países vizinhos o uruguaio Michael Araújo e o peruano Fernando Pacheco. Os gringos chegaram após serem analisados pelo Centro de Inteligência do clube.

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Esse tipo de contratação é bastante comum quando se trata do Fluminense. Afinal, também apostou alto na chegada de medalhões e de jogadores estrangeiros durante o período que a Unimed patrocinou o clube entre 2009 e 2014. Em 15 anos de parceria, o time venceu duas vezes o Campeonato Brasileiro (2010 e 2012), uma vez a Copa do Brasil (2007) e três vezes o Campeonato Carioca (2002, 2005 e 2012).

Nesse ínterim, o Fluminense investiu milhões nas contratações de Fred, Washington, Emerson Skeik, Thiago Neves, Conca, Thiago Silva, entre outros. Por outro lado, queimou dinheiro com atletas que deram pouco ou nenhum retorno esportivo ao clube como nos casos de Guilhermo De Amores, Luciano Monzón e Adriano Michael Jackson.

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As escolhas equivocadas ainda refletem na saúde financeira do Fluminense. Afinal, o clube acumula uma pilha de processos trabalhistas. Além disso, se tornou refém de contratos mal feitos em dólares com jogadores estrangeiros. Muitos, inclusive, sequer chegaram a disputar uma partida oficial pelo clube nos últimos anos. Veja abaixo a lista de alguns dos principais nomes que passaram recentemente pelo Tricolor das Laranjeiras, e como tem sido o desempenho deles em seus respectivos clubes. 

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Guillermo De Amores (Fluminense: 2018 – 2019)

O goleiro foi contratado no início de 2018, após ter se destacado pelo Liverpool-URU, em uma partida contra o Fluminense, pela primeira fase da Copa Sul-Americana. Ele cercado por muita expectativa por parte da torcida, porém nos primeiros treinamentos, não agradou o técnico Abel Braga. Nesse ínterim, as lesões também prejudicaram bastante De amores. Ao todo acumulou três: duas musculares na panturrilha direita e uma torção no joelho, lesionando o menisco, o que o fez passar por uma artroscopia. O uruguaio foi embora sem ter feito sequer uma partida com a camisa tricolor. Atualmente está no Boston River, do Uruguai, onde ainda não entrou em campo também por motivo de lesão.

Mirko Di Pierro (Fluminense: 2013 – 2014)

O italiano Mirko Di Pierro passou por um período de testes em 2013. Mas precisou de pouco mais de um mês em Xerém para o lateral-direito ganhar atenção da diretoria tricolor. Ele foi descoberto pelo gerente de futebol Marcelo Teixeira. Nesse ínterim, o dirigente comandou a negociação e sugeriu que o jogador passasse a atuar na lateral-direita. Ele chegou a participar de um treino entre os profissionais ao lado dos astros Diego Cavalieri, Deco, Thiago Neves, Rafael Sóbis e Fred. Porém, voltou para a base onde participou de algumas competições Sub-20. Pierro deixou o clube sem nunca ter atuado pelo time principal. Atualmente, defende o Monza, da Itália, que é presidido por Sílvio Berlusconni.

Ygor Nogueira (Fluminense: 2015 – 2017)

Cria de Xerém, Ygor Nogueira foi promovido aos profissionais pelo técnico Eduardo Baptista. Faz parte da geração que revelou Ayrton Lucas, do Spartak, Wendell, do Sporting, e Marcos Calazans, do São Paulo. Porém, o zagueiro não aproveitou as oportunidades que teve para seguir no Fluminense. Ele acumula passagens pelo Figueirense e CBR. Além disso, teve breve passagem pelo Gent, da Bélgica, onde também não se firmou. Atualmente está Gil Vicente. Foi emprestado ao clube português até o fim da temporada com opção de compra, mas com o Tricolor das Laranjeiras mantendo uma parte dos direitos do atleta. O atleta disputou 21 partidas nesta temporada.

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Fabian Monzon (Fluminense: 2013)

Fabián Monzon disputou apenas nove partidas. O argentino não agradou, entrando sempre no segundo tempo no lugar de Carlinhos, nos sete meses que vestiu a camisa tricolor. Dessa forma, acabou rescindido contrato antes de cumprir seu compromisso com o Fluminense. Nesse ínterim, o argentino acumulou uma série de problemas familiares que também contribuiu para o seu fracasso no futebol brasileiro. Na época, o jogador estava se separando da esposa e viva dias difíceis diante da possibilidade de perder a guarda dos filhos. Após deixar o clube, Monzón foi defender o Catania, da Itália. Atualmente é jogador do Atlético Tucumán, da Argentina, onde disputou 17 partidas e fez dois gols nesta temporada.

Maurício (Fluminense: 2005 – 2009)

Cria de Xerém, o volante ficou apenas três anos nas Laranjeiras. Ele deixou o clube após a chegada de Muricy Ramalho que comandou o Fluminense na conquista do Campeonato Brasileiro de 2010. Maurício atuou por nove anos no futebol russo onde vestiu as camisas do Terek Grozny e Zenit. Nesse ínterim, o presidente Vladmír Pútin concedeu cidadania russa para o brasileiro. O jogador, inclusive, esteve próximo de disputar a Copa do Mundo de 2018. Mas uma grave lesão muscular impossibilitou que ele defendesse a Rússia. Atualmente joga no PAOK, da Grécia, onde é ídolo. O volante foi peça importante na conquista da Copa da Grécia. Recentemente foi especulado no São Paulo.

Cláudio Aquino (Fluminense: 2016)

O argentino chegou ao Rio de Janeiro com um histórico para lá de polêmico. Conhecido pelas noitadas, o gringo foi apelidado de “Caipirinha Aquino” pela imprensa argentina. Em um dos casos, Claudio Aquino envolveu-se em um acidente automobilístico em Mendoza por estar embriagado. Porém, a fama de baladeiro não impediu sua ida para o Fluminense. O ex-camisa 10 do Independiente teve uma passagem discreta pelas Laranjeiras. Contratado em 19 de julho de 2016, não agradou ao técnico Levir Culpi: disputou apenas dois jogos do Brasileirão, totalizando 105 minutos em campo. Posteriormente acionou o Fluminense na justiça afim de cobrar R$ 1,2 milhão por causa do descumprimento de cláusulas contratuais. Atualmente é jogador do Cerro Porteño. Ele disputou apenas quatro partidas nesta temporada.

Carlos Eduardo (Fluminense: 2009)

Capitão do Al Hilal, Carlos Eduardo enfrentou o Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes da FIFA de 2019. Ele fez parte do elenco que livrou o Fluminense do rebaixamento e ficou conhecido como Time de Guerreiros. Em 2009, participou somente de 11 partidas e marcou um gol, vitória por 5 a 1 sobre o Sport, no Maracanã. Após deixar o futebol brasileiro, Carlos Eduardo teve passagem destacada pelo Estoril e Porto, ambos de Portugal. Posteriormente, defendeu o Nice, da França. Desde 2015 é jogador do Al Hilal onde conquistou a Liga dos Campões da Ásia (2019), Liga da Arábia Saudita (2016/2017 e 2017/2018), Copa do Rei (2017) e a Supercopa da Arábia Saudita (2018). Nesta temporada disputou 21 jogos e marcou 12 gols.

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Manuel Lanzini (Fluminense: 2011 – 2012)

Em 2011, Lanzini foi contratado junto ao River Plate com o rótulo de “novo” Conca que havia trocado o Fluminense pelo Guangzhou Evergrande, da China. O gringo chegou junto com Alejandro Martinuccio e Rafael Sóbis. O argentino, porém, fez 22 partidas e foi titular apenas 13 vezes. Ele integrou o elenco que venceu o Campeonato Brasileiro em 2012, mas não conseguiu convencer a torcida. O jogador que não conseguiu se firmar no Brasil hoje é um dos destaques do West Ham, da Inglaterra. Ele anda jogando tão bem que times ainda mais poderosos na Inglaterra já pensam em sua contratação. Segundo o Mirror, um deles é o Everton. Nesta temporada, Lanzini disputou 21 partidas pelo clube inglês.

Adriano Michael Jackson (Fluminense: 2010)

Foi contratado pelo Fluminense junto ao America após o Campeonato Carioca de 2010, mas nunca vestiu a camisa tricolor. Foi emprestado ao Bahia e Palmeiras na negociação que envolveu a ida do volante Edinho para as Laranjeiras. No final da temporada, Adriano Michael Jackson para o Dalian Shide, da China, por aproximadamente 3 milhões de dólares (R$ 4,5 milhões). O jogador está há sete temporadas no futebol da Coréia do Sul. Nesse ínterim, defendeu o Daejeon Citzen, Jeonbuk Motors e o FC Seoul.

Alejandro Martinuccio (Fluminense: 2011 – 2015)

Depois de despontar no Nueva Chicago, da Argentina, Martinuccio foi negociado com o Peñarol onde viveu o melhor momento da sai carreira quando foi vice-campeão da Copa Libertadores da América de 2011. Chegou ao Fluminense com status de craque e para atuar ao lado do ídolo Darío Conca. Sem se firmar nas Laranjeiras, foi emprestado ao Coritiba, Cruzeiro, Avaí e Chapecoense. Porém, acumulou uma série de lesões no joelho direito e não conseguiu dar sequência a carreira no futebol brasileiro. Foi dispensado recentemente do modesto Deportivo Móstoles, da terceira divisão espanhola, após o clube decretar falência. Atualmente, Martinuccio encontra-se sem clube.

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