Com uma carreira já estabilizada, próxima do fim e com grandes clubes na trajetória, Alecsandro, 39 anos, fez bonito fora de campo em meio à crise do coronavírus. Ele acertou a renovação de contrato com o CSA quando os jogos retornarem e topou abrir mão dos salários durante a pandemia.
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Seu objetivo, segundo entrevista dada neste final de semana à Rádio Bandeirantes, era não prejudicar os funcionários mais humildes do clube, como os roupeiros:
“Foi uma atitude racional. Estávamos numa situação de redução de salário e não quis atrapalhar o pessoal de rouparia e outras funções”, destacou, antes de garantir que se sente bem para seguir jogando:
“Voltei bem de lesão, estou me sentindo muito bem. Marquei um gol no último jogo. Tudo o que me propus a fazer, de me esforçar, eu fiz e fui beneficiado. É esperar o campeonato voltar”.
Titular na derrota sobre o Mazembe
Alecsandro foi titular do Inter no fatídico dia 14 de dezembro de 2010. Nesta data, de maneira surpreendente, o colorado caiu por 2×0 para o Mazembe, do Congo, na primeira vez na história em que um sul-americano caía na semifinal do Mundial de Clubes remodelado pela Fifa.
Dez anos depois, ele tem uma visão bem clara sobre o jogo:
“Disseram que zombamos do Mazembe, mas não. Foi um jogo atípico. Tivemos uma chance no começo que, se entra, faríamos 5 a 0 no Mazembe. Se jogássemos outras dez vezes contra eles, ganhamos as dez”.
Fossati ou Roth?
Meses antes da disputa do Mundial, a direção do Inter fez uma troca na comissão técnica antes da semi da Libertadores contra o São Paulo. Tirou Jorge Fossati, a quem os resultados agradavam, mas o desempenho não, para a entrada de Celso Roth.
Com elogios ao uruguaio, o ex-camisa 9 colorado, que marcou mais de 50 gols entre 2009 e 2010, acredita que o Inter também seria campeão se Fossati ficasse naquele momento:
“Até hoje não entendi o porquê de o Fossati sair. Acredito que seríamos campeões com ele ou com Roth”, comentou, antes de finalizar demonstrando carinho pelo colorado:
“O clube que mais fiz gols na carreira foi o Inter. É um clube que me projetou um pouco mais no Brasil. Tinha vindo dos Emirados, jovem, não tão conhecido… O Inter foi para mim onde saiu o Alecsandro e virou Alecgol”.
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