Home Futebol Seleções da América do Sul se tornam dependentes de jogadores “estrangeiros” e passam por problema em crise de Covid-19

Seleções da América do Sul se tornam dependentes de jogadores “estrangeiros” e passam por problema em crise de Covid-19

Brasil e Uruguai convocaram 23 jogadores, mas todas as outras levaram número elevado de jogadores

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.
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As Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo começa nesta semana e os plantéis das equipes se mostram totalmente dependentes de “estrangeiros”, ou seja, de jogadores que atuam fora do país natal.

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Apenas a Bolívia tem maioria em atuação no país. Dos 31 convocados, 26 disputam o Campeonato Boliviano. Em contrapartida, a Venezuela, por exemplo, convocou 32 jogadores, sendo todos eles de fora do campeonato nacional. Os números foram publicados pelo Globoesporte.com.

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O Brasil e o Uruguai convocaram, respectivamente, 23 jogadores, sendo os países com o menos número de atletas para os jogos das Eliminatórias. O Brasil tem 18 atletas “estrangeiros”, enquanto o Uruguai tem 22. A equipe do atacante Luis Suárez perdeu dois jogadores diagnosticados com a Covid-19.

Caso diferente viveu a Argentina. Com medo de cortes na convocação após a FIFA liberar os clubes para não aceitarem chamados para seleções de outros continentes, o técnico Lionel Scaloni, que havia convocado todos os 23 jogadores do exterior, chamou mais dois atletas do Boca Juniores e três do River Plate, completando assim 28 convocados.

Se somadas todas as listas, são 274 jogadores que estarão envolvidos nos dois primeiros jogos das Eliminatórias da América do Sul, sendo 204 atletas “estrangeiros” e apenas 70 “nacionais”.

A única liga que tornou pública a decisão de não liberar jogadores para partidas de seleções foi a Major League Soccer (MLS), que defendeu seus clubes e garantiu que não haveria punições. Posteriormente a FIFA deu direitos às equipes e garantiu que ninguém seria obrigado a liberar atletas para os últimos quatro jogos de seleções em 2020. A obrigatoriedade deve retornar em 2021.

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